Para criar, manter ou recriar a intimidade em seu relacionamento amoroso
Olá amigos, tudo bem?
Certa vez eu li em um livro que a essência de um relacionamento amoroso positivo é a sensação de estar a vontade. Esta é a melhor definição de intimidade para mim, que vai se refletir na capacidade de se abrir e contar as suas coisas mais secretas para o parceiro ou parceira ou conseguir ficar do lado horas em silêncio, sem se sentir desconfortável.
Evidente que cada relacionamento é único e cada um pode ter uma definição própria do que é intimidade. Mas para simplificar, vou dizer que as dicas a seguir são úteis para criar, manter ou recriar a intimidade em seu relacionamento amoroso
Dica 1) Lembre-se do passado
Em relacionamentos mais longos é comum que a intimidade possa decair com o tempo em virtude da rotina. Lembrar o passado é tão simples quanto responder a perguntas como:
– Como vocês se conheceram?
– O que mais te atraiu nela / nela?
– Aonde vocês iam no começo?
Uma forma também muito interessante é dar uma boa olhada nas fotos deste começo. Na grande maioria dos casos, responder as perguntas e ver fotos antigas traz de imediato a sensação do começo, o que, por si só já e útil para animar os sentimentos e motivar a mudança de comportamento. Comece lembrando-se do começo, do bom começo.
Dica 2) Faça algo especial
Esta segunda dica é praticamente uma decorrência da primeira. Fazer algo especial, entretanto, não precisa ser planejar uma viagem para Paris ou comprar um presente caro. Pense no que é especial como uma música, um bombom, um perfume, um filme. Pequenos detalhes e pequenos gestos muitas vezes terão mais efeito de trazer o sentimento de intimidade do que planos elaborados e dispendiosos.
Um outro jeito de pensar em fazer algo especial é considerar o que você pode fazer para que a outra pessoa se sinta especial… afinal, cada pessoa sente-se especial de uma maneira. Alguns gostam de ser bem recebidos quando voltam para casa, outros gostam de ser elogiados por uma atividade cotidiana como cozinhar e outros apreciam a lembrança de uma ligação, de um bom dia.
Dica 3) Tenha honestidade e abertura para ser e dizer
Muitas pessoas compartilham tudo o que pensam e sentem nas redes sociais. Embora isso possa ser um exercício válido para criar relacionamentos virtuais, na maioria das vezes, as pessoas não querem ou não se interessam por saber de tudo o que os seus amigos estão vivendo.
De toda forma, é sempre bom deixar um espaço de intimidade reservado apenas para o seu relacionamento. Como diz Marisa Monte: “o meu melhor amigo é o meu amor”, o que é também uma ótima forma de definir a intimidade.
Sendo assim, procure reservar detalhes especiais para a pessoa com quem você está, como uma área secreta de suas vidas destinada e acessada apenas por vocês.
Dica 4) Demonstre real interesse
Para criar intimidade, ou recriar, uma das formas mais simples e certas é demonstrar interesse no que para si não é tão interessante. Por exemplo, pode ser que você não goste de vídeo-game ou de motos ou futebol ou de esmaltes ou tipos de sapatos… Mas quando você demonstra real interesse, você está se aproximando e a tendência é que a outra pessoa também faça o mesmo no futuro com o que você gosta.
Querer que a outra pessoa goste sempre do que você gosta é uma limitação que pode vir a ser extremamente sufocante e que, no final das contas, faria com que não houvesse nenhuma aprendizagem.
Quer dizer, ao estar junto com o parceiro(a) e compartilhar uma parte do seu mundo, você estará enriquecendo o seu. Se eu não tenho nenhum apreço por comida japonesa e a outra pessoa tem, porque não aprender o que é tão gostoso na comida oriental e enriquecer a minha visão de mundo?
A ideia, então, é ouvir, acompanhar, estar junto também no que não é a nossa praia.
Dica 5) lembre-se do porque você gosta dele/dela
Segundo a psicologia cognitiva, o que muda em um relacionamento com o tempo não é tanto o jeito alheio, mas a interpretação de cada um sobre o comportamento do outro.
Por exemplo, no começo ser pontual pode ser um ponto a favor. Passado um tempo, a pontualidade e a sua exigência pode vir a ser interpretada como irritante ou até insuportável. Portanto, lembre-se porque você gosta da pessoa com quem está e porque as suas características são desejáveis. Porque foram desejáveis no começo? Você sentia que estas características te completavam? Você conseguiu viver um outro lado de você mesmo que você não tinha vivido ainda?
Conclusão
C. G. Jung tem uma frase fantástica no seu Livro Vermelho, que estudo no doutorado: “Ainda há duas coisas a serem descobertas. A primeira é o abismo infinito que separa as pessoas umas das outras. A segunda é a ponte que poderia ligar duas pessoas entre si” (JUNG, 2013, p. 282-283).
Dá para interpretar este trecho de diversos modos. Para o nosso texto, achei válido para concluir, porque é sempre bom lembrar que as pessoas são diferentes, muito diferentes, na maioria das vezes excessivamente diferentes (o abismo infinito que separa as pessoas). Porém, é possível criar, manter e recriar a intimidade, a ligação, a ponte se houver vontade.
O texto começa falando do começo do relacionamento, porque no começo existe sempre vontade de criar esta ponte. Alguns dizem que são os hormônios da paixão, mas independente deles, a intimidade, a ponte pode manter-se de pé se ambos quiserem.
A dica que creio ser fundamental é a dica 4: demonstre real interesse no que a outra pessoa tem interesse.
Caro, professor!
São dicas importantes para quem acredita em relacionamentos.
Eu não acredito em relacionamentos e prefiro afastar-me e viver só comigo mesmo. A experiência é muito boa, pois, no momento que afasto-me de tudo e todos, esqueço que o mundo exite aos conflitos existenciais, assim eu posso perceber que o amor é fácil de esquecer e o ódio fácil de alimentar. agora porquê o ódio, hein? No momento que descobre-se a ambiguidade, o paradoxal, então, é comum interpretar que o ser humano não é carente e sim dependente de dicas para enganar-se. Não estou a ser desairoso com o seu texto. Apenas sou conciso do que penso.
Grato,
Sérgio Gaiafi
Dicas importantíssimas! Podem parecer simples/banais, mas fazem uma grande e boa diferença em um relacionamento, principalmente, que está “morno”, precisando de uma revitalização.
Tbm n acredito em relacionamentos.N é pela minha parte.É q os homens n querem nd serio. :(
Mas msm assim, ameeei seu texto!vc escreve mtmt bem.Vc ja escreveu algum livro??
Olá Suzan!
Obrigado pelo elogio!
Ainda não… estou terminando o meu doutorado agora, que deve virar livro no ano que vem ;)
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Samuel!
Obrigado!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Quando vc lançar, vou comprar.rsrs sucesso!
Felipe gosto muito de suas publicações, te admiro como pessoa e sei que Deus te usará para ajudar a muitas pessoas a superarem suas dificuldades.
Achei interessante o texto, e “ainda” acredito no amor. Algumas coisas mudaram e mudam constantemente, mas percebo que as pessoas desistem umas das outras facilmente. Dão mais credibilidade aos defeitos do que as qualidades. Querem ser amadas, mas não querem amar na sua totalidade. Esquecem que o amor tem que ser alimentado diariamente, com pequenos gestos. Que precisa ser reinventado todos os dias. Precisa de espaço para o diálogo, brincadeiras, reflexões para tornar e contornar a vida a dois. Já passei por algumas experiências que não deram certo, contudo não deixo de acreditar que o amor é a essência da vida. E àqueles que passaram na minha vida, e que não souberam cultivar o melhor que há em mim, uma pena! Porque eu posso amar a outros como eu os amei( ou gostei) mas jamais serão amados como eu os amei.
Viva o amor, a vida, quem se ama, quem ama o outro e deseja ser amado!
Olá Aurilene!
Obrigado!
Fico muito feliz que esteja gostando das nossas publicações!
Também lhe desejo todo sucesso, paz e felicidade!
Atecciosamente,
Felipe de Souza
Olá Leda!
Este é um tema muito interessante – as pessoas desistirem dos relacionamentos muito facilmente. Veja aqui – Um relacionamento que dura menos que a recarga de um celular
E você tem razão: azar de quem não deu valor, rs.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Não conheço nenhuma forma de felicidade que não exija sacrifício.
Por isso acredito no amor e que podemos encontrar felicidade ao nos esforçarmos para isso.
Obrigado pelos textos.
Ola Felipe , amei o seu texto interessante
Abraço