Olá amigos!
Recebi a pergunta do título de um querido leitor e gostaria de comentar com vocês o que eu penso a respeito deste tema. Quando entramos em uma livraria e vamos até a Seção de Psicologia, vamos nos deparar com livros muito variados. Entre eles, é praticamente certo, que vamos encontrar títulos de autoajuda.
Veja – Diferença entre psicologia e autoajuda
Creio que por isso, há esta dúvida: será que o pensamento positivo faz diferença? Será que tanto faz pensar positivamente ou negativamente? Será que o pensamento positivo tem o poder de nos fazer atingir o sucesso? Ou será tudo isto apenas um tanto de literatura barata (vendida cara) para enganar as pessoas?
O que é o pensamento positivo?
Em primeiro lugar, é importante tentar definir um pouco melhor o que é pensamento positivo. Não há um consenso ou um conceito fechado, mas podemos dizer que o pensamento positivo consiste em ter e manter pensamentos que são afirmativos, com a crença de que os resultados serão melhores.
Por exemplo, vou começar uma dieta para perder X quilos. Ao invés de pensar que vai ser difícil, complicado, estressante ou um fracasso, passo a mentalizar que dará tudo certo, que será fácil e divertido. Passo a fazer afirmações positivas, de que estou emagrecendo. Talvez, melhor, começo a pensar todos os dias que já sou magro e saudável.
Ora, é tranquilo de observar que ter pensamentos positivos trará mais motivação, não é mesmo? Se a pessoa, por outro lado, começa a pensar na dificuldade, no peso (!) de perder peso, começa a se criticar, ver os defeitos, a motivação e logo se esgota e a situação permanece na mesma.
Portanto, todos acabam concordando que o pensamento positivo é útil e ajuda na mudança comportamental, no estabelecimento de novos projetos, na realização de sonhos e tudo mais. Então, qual é o problema com o pensamento positivo, porque é tão criticado?
O pensamento contra o pensamento
Por estar no doutorado, eu conheço muitas pessoas brilhantes intelectualmente. Na verdade, desde antes da faculdade, eu tive muitos contatos com intelectuais, grandes conhecedores da filosofia e das diversas ciências. E é frequente ver nestas pessoas o chamado “desencanto do mundo”, segundo o qual não existem deuses, nem deusas. O universo é um lugar extremamente grande, infinito, que nos coloca em uma posição pequena e miserável. Sem ideais políticos ou tendências místicas, utilizam a sua energia psíquica para criticar e criticar, adotando uma posição cética. Para este tipo de pessoa, o pensamento positivo não passa de uma bobagem que não considera a tragédia do mundo, televisionada nos jornais.
Mas, como sabemos, a inteligência amoral é burra eticamente. Muitas destas brilhantes pessoas acabam tendo empregos tão miseráveis quanto suas pequenas ideias, o que, em um círculo vicioso, parece comprovar que tudo dá errado e que o negativismo concorda com os fatos.
Ora, considerando este tipo de crítica ao pensamento positivo, penso que seria mais prudente ser pragmático. Funciona ou não funciona? É útil ou é inútil?
A inutilidade do pensamento positivo
É necessário deixar claro que, realmente, existe um tipo de pensamento positivo que é um pouco ingênuo. Pensar que as coisas vão dar certo e que vamos conseguir atingir os nossos objetivos é uma coisa. Agora, outra, é considerar que os eventos vão necessariamente concordar com o que pensamos, como uma lei da atração que vai mexer, como marionete, nos outros para que tudo convirja para a realização de nossos desejos.
Em outras palavras, pensar positivamente é apenas o começo. No meio do caminho, muita coisa pode dar errado. Mas se há a continuidade, não só do pensamento, como da ação, chances existem de, no final, tudo acabar conforme o planejado.
Por exemplo, Freud hoje é considerado um gênio que explica tudo. Mas nem sempre foi assim. Judeu em um ambiente contrário aos judeus e defendendo teses pouco ortodoxas sobre a etiologia sexual das neuroses, ele teve muitos problemas no começo de sua carreira. Um fato que me chamou a atenção, ao estudar sua biografia, foi que ele tinha um intenso desejo de ser bem sucedido e passou anos tentando, primeiro como médico neurologista, (ele quase descobriu o neurônio), depois estudando os efeitos da cocaína, e, finalmente, com a criação da psicanálise.
Entretanto, como disse, a psicanálise não foi um sucesso imediato. Muito pelo contrário. Foi alvo de tantas e tantas críticas que ele só obteve sucesso por ter perseverança em seu propósito. Creio que, neste sentido, Freud acaba sendo um excelente exemplo de alguém que confiou em suas próprias ideias (no seu taco como dizemos aqui em Minas) e acreditou que daria certo, que conseguiria obter sucesso e, mesmo tendo muitos problemas no meio do caminho, continuou a sua luta e não desistiu até que ficasse famoso e rico.
Conclusão
Eu gosto muito da frase de Henry Ford: “If you think you can, or if you think you can’t, either way, you’re right.” Em tradução literal: “Se você pensa que pode, ou se você pensa que não pode, de todo jeito, você está certo”.
Esta frase é simplesmente fantástica porque concorda com os dois pontos debatidos neste texto. É verdade que o pensamento positivo funciona, mas também é verdade que o pensamento positivo não funciona. O pensamento positivo não funciona para as pessoas que não o utilizam e não funciona no sentido de atrair, sem esforço, uma realidade externa conforme os nossos desejos, como se fosse apenas um passe de mágica.
Mas o pensamento positivo funciona sim. É verdade que existe algo como “o poder do pensamento positivo”.
Mais dois exemplos para concluir. Se você vai tentar vender um produto e não acredita em sua qualidade, provavelmente você não vai conseguir vendê-lo, certo? Porque você vai pensar, internamente, que o produto é horrível, que seria como que enganar o seu cliente e, na hora de conversar com ele, você vai passar a impressão (ainda que tente esconder) de que o produto realmente não é bom.
Quer dizer, neste caso, a venda já começa com a ideia de que não vai haver venda. Não há, portanto, nenhuma motivação para ir além, para superar os próprios limites. Aliás, não haveria nem motivação para tentar vender. Ou seja, você pensa que não pode vender, e estará certo: não venderá.
Isto é válido para todas as áreas. Se você pensa que vai mal em uma prova, que não adianta estudar, você não vai estudar e o resultado vai concordar com sua opinião inicial: você vai mal na prova…
E você, o que pensa sobre o pensamento positivo? Comente abaixo!
Adoro seus textos. Você sempre trazendo temas interessantes e muito bem escritos.
Um forte abraço!
É ótimo quando pensamos e acreditamos positivamente sobre os eventos que acontecem e poderão nos acontecer, é como se o nosso alicerce mental ficasse mais sólido e assim, nos conduzirá com mais motivação e determinação para alcançar nossos objetivos. Quanto ao pensamento negativo e desestimulador, pensamento positivo nele.
Olá Rafaela!
Obrigado querida!
Gosto muito de escrever, então, acho que acaba refletindo no resultado…
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Muito bom o texto, PARABÉNS POR TODOS OS QUE VOCÊ PUBLICA, SEMPRE ME AJUDAM BASTANTE.
Digamos que o pensamento positivo funciona como uma motivação não é mesmo? Um desejo que temos coragem de desejar e lutar por ele. Felipe, parabéns pelos textos.
Olá Helen!
Obrigado!
Fico muito feliz que esteja gostando!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Justamente Raquel,
Também ajuda porque a partir do momento que conseguimos visualizar um objetivo, confiamos que vai acontecer e temos perseverança, é muito provável que consigamos, independe das dificuldades ou do tempo que leve para atingir.
Um exemplo é aqui do site. Quando comecei tinha o objetivo de atingir 1 milhão de acessos. Mas como era o começo, não entendia nada. Levei um ano para atingir 10.000 acessos, ou seja, depois de um ano, faltava atingir 990.000 acessos! Mas perseverei e continuei estudando (não só psicologia como wordpress, SEO, Email Marketing) e depois de três anos consegui atingir a meta inicial. Hoje, em mais um ano, estamos chegando no segundo milhão!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Oi, Felipe gosto muito dos seus textos,.
Ah e acredito em pensamentos positivos…
Grande abraço…
Olá Patrícia!
Obrigado querida!
Fico muito muito feliz que esteja gostando!
Mesmo quem não acredita, deveria fazer um teste e ver a diferença no resultado de utilizar o pensamento positivo!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Ana Cecilia!
Verdade!
Logo mais vou escrever um outro texto, ligado a este, sobre a magia de pensar grande!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Conhecendo um pouco melhor as psicologias essenciais pra nossa direcao de decisoes, funciona como uma lupa. O senso psicologico e uma visao microscopica. Dai concluimos que as coisas em geral nao sao como parecem ser. Pensamento e algo livre e involuntario; a diferencia estar em acreditar naquilo que se pensa, sempre com prudencia de nao estar buscando objetivos infundados, baseados apenas na vontade. E que as nossas idealizacoes tem que serem equivalente ao que o nosso ambiente proporciona em termos de indicios justificaveis onde nos certificamos de que somando nossa vontade as condicoes ambietais favoraveis, os desejos ao de serem concretizados. Tenho essa vontade de ser psicologo, e as vezes acabo ousando comentar assuntos complexos nos quais reconheco a inconstancia no domnio literario. Mas sei que mi autodesafiar pode tornar meu conhecimento mais abrangente. Nisso, sua participacao tem sido muito oportuna com seus textos que certamente reconfigura uma mentalidade rude sobre a complexidade do entendimento do invisivel em nosso meio. Obrigado por fazer valer o que seu positivismo proporcionou.
Podemos dizer que seria como a lei de ação e reação, tudo vai de acordo com a intensidade com que você envia??
Olá Maria,
Em certo sentido sim, porque você envia uma mensagem de pensamento do cérebro para os seus órgãos para que eles possam agir no mundo.
Porém, não quer dizer que apenas pensando positivamente e ficando em casa vendo TV as coisas vão mudar, não é?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Domingos!
Obrigado!
Fico muito feliz com a sua avaliação!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
acredito sim , que o pensamento positivo muda muita coisa em nossas vidas!
Olá Vilma!
Obrigado por comentar querida!
Será sempre um prazer contar com sua participação por aqui!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Gasparetto diz que quando queremos algo, por ex: ser respeitado, devemos enviar ao cérebro mensagens, como “eu me respeito” . Assim estamos criando em volta de nós um campo energético de respeito e naturalmente isso acontece.
Felipe,bom dia!
Gostaria se possível que me ajudasse ,estou passando por um diagnóstico de depressão e uma das coisas que me aflige é a mudança de profissão sou técnica de enfermagem à mais de 15 anos ,tenho 38 de idade e venho há algum tempo tentando mudar de profissão.Entrei em uma faculdade de engenharia umas cinco vezes ,sempre desistindo e colocando desculpas,enfim não conclui.Há dois meses procurei ajuda psicológica e tento seguir o tratamento,mas os conflitos continuam sobre a escolha da nova profissão ,pois quando jovem tinha o sonho de me tornar médica ,contudo com o falecimento do meu genitor de forma precoce que deixou minha mãe viúva com três filhos me levou a fazer escolhas práticas na vida tendo que escolher algo que me dessa logo uma independência me tornando adulta logo cedo me fazendo desistir dos meus sonhos ou desconhecê-los ,porque hoje já não sei com o que me identifico mais e o que consegui perceber na terapia é que algo não me faz bem quando sei que tenho que ir para o hospital onde trabalho ,mas não discernir se é o ambiente que já não me deixa feliz ou se a posição que ocupo ,devido alguma frustração por não estar ocupando a de médica.Hoje tenho estabilidade ,sou concursada pelo Estado,já tenho minha casa própria, etc ,mas me falta algo que atribuo a realização profissional.Tenho ansiedade em resolver logo isso porque acho que meus problemas acabaram quando resolver e por questões de idade,mas um amigo psicólogo me pergunta se esse não seria o momento de apenas me conhecer e fico achando que estou perdendo tempo que devo fazer logo alguma coisa , não sei como fazer isso de me perceber.
Jacqueline,
Segundo o psicólogo C.G. Jung, é muito comum que entre os 35 aos 40 anos (mais ou menos) nós temos uma fase de reflexão sobre o que fizemos e deixamos de fazer. Nesse sentido, é realmente muito fazer uma avaliação com um profissional da psicologia de confiança, ok?
Jung chama esta fase de metanoia.
https://psicologiamsn20220322.mystagingwebsite.com/2014/04/crise-da-meia-idade-metanoia-mudancas-entre-os-35-aos-45-anos.html
Atenciosamente,
Felipe de Souza