Olá amigos!
Não sei se todos conhecem a chamada “Lei de Murphy”. Basicamente, o que esta Lei descreve é o seguinte: “Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível”. O melhor exemplo, em minha opinião, é o da cena do supermercado. Você termina as compras e escolhe entre 2 filas que estão menores. Resultado, você escolhe a fila que, embora menor, vai ser mais lenta.
Existem muitos exemplos do que ficou conhecido popularmente como Lei de Murphy. Outro que é bastante interessante é o do pão com manteiga. Se você passa manteiga em apenas um lado do pão e o pão cai, o lado que vai ficar virado para baixo vai ser o lado da manteiga.
A ideia de uma Lei do erro, do equívoco, do desastre, do inconveniente é que em uma situação de probabilidade, em uma situação em que há possibilidades (de dar certo ou dar errado), é mais provável que dê errado.
Claro que tudo isso é uma brincadeira e, em termos científicos, não há uma lei como essa. Por isso, é uma lei que apenas vê o que está dando errado, quando está dando errado, mas não observa o contrário: os momentos em que as coisas dão certo.
Irritação
Eu comecei este texto falando sobre a Lei de Murphy porque, psicologicamente, nós podemos sentir momentos, dias, semanas (ou anos!) em que nada parece dar certo. Por exemplo, alguém está desempregado, veste a melhor roupa e, em um dia ensolarado, sai para a entrevista de emprego que pode mudar o rumo da sua vida. Resultado: inesperadamente, começa a chover, a roupa molha inteira, o celular não pega e a oportunidade da entrevista passa.
Mas não é necessário que aconteça uma sequência de eventos desastrosos como estes para que fiquemos irritados, não é mesmo?
Derrubar um copo e quebrá-lo, a internet cair, tropeçar no pé da cama, levar um tombo em público, etc e etc são situações (entre milhares de outras) que nos irritam. E o engraçado é que por trás disso, acabamos pensando na Lei de Murphy, quer dizer, porque que isto está acontecendo? Porque está dando tudo errado? Porque comigo? Justo eu!
O que fazer para diminuir a irritação
Em primeiro lugar, é importante observar a realidade. O mundo não gira ao nosso redor e a chuva não cai para atrapalhar a nossa entrevista de emprego. Os eventos vão acontecendo no mundo e nos afetam de muitos e variadas maneiras. Algumas vezes de forma positiva, algumas vezes de forma negativa.
Em segundo lugar, temos que ver que, já que o mundo não gira ao nosso redor, também não controlamos todos os eventos do mundo. Com isso, notícias ruins podem chegar, fenômenos contrários aos que queremos podem acontecer, mas temos que saber ver a diferença entre o que podemos e o que não podemos controlar.
Veja aqui – O que você pode e o que você não pode controlar
Em terceiro lugar, temos que fazer a grande, a grandíssima diferença entre o que acontece e a nossa reação. A nossa reação face a um acontecimento é tão rápida (às vezes acontece em menos de um segundo!) que não percebemos que existe uma grande diferença ali no meio.
Pense bem:
Acontecimento – …depois… – Reação
Como esta ligação entre o acontecimento e a nossa reação é instantânea, praticamente, não vemos que existe um espaço entre um e outro. Em outras palavras, a reação não é determinada pelo acontecimento. Se você cai no meio da rua, com um tanto de gente te olhando (acontecimento) não necessariamente você tem que sentir vergonha (reação), certo? A sua reação pode não ser vergonha. Pode ser raiva… ou, quem sabe melhor, pode ser de surpresa e riso.
Uma pequena história para ilustrar
– É mesmo?
Todos os moradores da aldeia se revoltaram contra ele e começaram a agredi-lo com xingamentos grosseiros e jogando-lhe pedras quando ele passava pelas ruas.
Quando a criança nasceu os pais da moça voltaram à casa de Hakuim e entregaram-lhe o filho.
Hakuim apenas disse:
– É mesmo?
O monge acolheu a criança cuidando dela com todo o carinho, pedindo esmolas para comprar o leite para o menino e desdobrando-se em atenção com o pequeno. Um ano havia se passado e a moça aflita com aquela situação resolveu revelar a verdade, dizendo que o verdadeiro pai não era Hakuim e sim o açougueiro. Os pais da moça voltaram envergonhados à casa de Hakuim, explicaram-lhe toda a verdade, desculpando-se, e pediram a criança de volta.
Hakuim escuta toda a história atento e devolve-lhes o menino dizendo:
– É mesmo?
Conclusão
Este é um texto dentro da categoria aqui do site que eu chamo de Dicas Práticas. A ideia é passar uma pequena dica que seja fácil de usar e possa mudar um pouquinho as atitudes negativas que temos no dia-a-dia.
As coisas vão continuar dando errado?
Às vezes.
As coisas vão continuar dando certo?
Às vezes.
Se fizermos a nossa parte, com ética e honestidade, podemos esperar que as coisas deem mais certo do que errado. Podemos ter mais confiança e mais otimismo. Porém, é importante pensar que nem sempre as situações estão sob o nosso controle.
Por exemplo, na última vez que viajei de avião fiquei exatamente 5 horas esperando pelo voo, de madrugada, em Guarulhos. 5 horas! Bem, é um tipo de situação que não dependia de mim. E o que eu posso fazer em uma situação, normalmente tão estressante?
Eu posso ficar me lamentando e dizendo para mim mesmo (“Porque isto sempre acontece comigo” – o que é muito provável dê me dar uma dor de cabeça e baixa auto-estima), eu posso ficar muito irritado e até agressivo e querer quebrar o guichê da companhia aérea ou eu posso pensar como o monge zen: “-É mesmo?”
Para muita gente este tipo de atitude seria vista como conformismo, como aceitação incondicional do que não deve ser aceito. O que eu quero frisar é que não é isso. No caso da companhia aérea do voo atrasado, o que eu vou controlar é a minha reação. Uma reação depressiva ou agressiva, só irá piorar a situação. Eu posso controlar a minha reação e ficar tranquilo e, ao mesmo tempo, processar a empresa, por uma questão de justiça.
O que está em jogo aqui é a reação emocional a um estado aversivo, a um estado em que tudo parece dar errado.
E a dica final é: a tranquilidade vem da compreensão de que a situação X vai passar. Se a situação ruim vai passar, porque tudo passa, e se ter uma reação emocional negativa não vai adiantar de nada… porque não simplesmente deixar passar?
Parabéns! Aprendo muuiiiiiiito com seus textos, obrigada!
Bom dia,
Estou adorando os textos enviados diáriamente.
Parabéns!
Susane
Caro Felipe, tenho 48 anos e pode imaginar quantas protelações, alguns não precisam de sugestões, outros como eu sim, estou contente, me sinto determinada porem consciente dos imprevistos que possam vir, pra ter uma ideia estou tirando carteira de primeira habilitação(automotiva), iniciando um curso técnico de massagem e tentando uma vaga numa faculdade para cursar psicologia ou pedagogia, tudo isso depois que passei a ler seus textos, Já tinha intenção de cursar aquela que foi o que me levou a ler teus escritos, parabéns espero poder continuar contando contigo.
Olá Salete!
Obrigado querida!
Fico muito feliz que esteja gostando!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Susane!
Bom dia para você também!
Fico muito muito feliz que esteja gostando dos textos!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Aparecida!
Nossa, que fantástico!
É muito bom saber que estou ajudando (pelo menos um pouquinho) na criação de novos comportamentos e na motivação para novas atividades!
É como digo no texto que acabei de publicar, é melhor fazer cem comportamentos do que três, não é mesmo?
Por isso, vamos que vamos!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Realmente, parando pra pensar é assim mesmo….Felipe não to conseguindo abrir o artigo sobre “Sindrome de gostar de ficar em casa” … da uma olhada pf….bj.
Olá Rejane,
Aqui está normal. Clique no link – Síndrome de Isolamento em casa
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Quanto mais nos aprofundamos em psicologias, podemos concluir o grau de incertezas sobre determinados aspectos estudados e comprovados. percebemos que nenhuma conclusao do mundo pisiquico e conclusiva para todos os casos. Por isso conhecemos varias respostas para apenas uma pergunta. Sabemos que tranquilidade e a solucao da irritacao. A quesrao e: Qual alimento poder nutrir a manutencao da aparente aceitacao do problema em vista? Eu diria que o senso de humildade poderia contribuir significativamente. Devemos imaginar que somos apenas moradores de um mundo que nao pertence a ninguem de modo particular, que nada nem ninguem conseguirar nos atender sempre de maneira satisfatoria. No mundo, somos francos desafiantes das causas, sem acreditarmos que imperfeicao e anormal. E curioso vermos alguem bem sucedido financeiramente,descontente com o que tem conseguido; enquanto um catador de papel estar com fome, sob sol forte, carregando peso… mas… “sorrindo”. Quando nos preparamos para os erros dos outros somos mais capaz de perdoar; e consequentimente seremos mais tolerantes com os erros dos outros no sentido de nao deixar que nada nem ninguem pertube a paz interior, sem deichar de buscar o que e nosso por direito.
sou assistente social, fiz um curso de psicopedagogia clínica,e acabei gostando da área, e gostaria de me especializar em psicologia clínica, você pode me dizer se eu vou pagar o conselho de psicologia também ou não.
Olá Elizabeth,
Veja aqui – Graduação em Serviço Social, Pós em Psicologia
Leia também os comentários, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Felipe.
Antes de ler o seu texto me considerava uma pessoa um pouco mais conformista do que otimista, procurando sempre o lado positivo das situações ruins do meu dia-a-dia. Suas explicações me fizeram acreditar que minha reação não trata-se de um conformismo tolo, mas um olhar confiante sobre como posso controlar o estresse da vida.
Parabéns pelo site. Abraços.
Elisangela.
Olá Elisangela!
Fico muito feliz que o texto tenha lhe trazido esta nova informação!
:)
Atenciosamente,
Felipe de Souza