Um dos homens mais sábios que já viveu nesse mundo, chamado Epiteto, nos alertou que sofremos não pelas coisas, mas pelo modo como vemos as coisas. Ou seja, sofremos não pelo que aconteceu ou acontece, mas pelo modo como a gente pensa, pelo modo como conduzimos nossos pensamentos.

O que você está pensando?

Quanto tempo dura uma briga? Uma discussão? Um problema?


Na realidade talvez alguns segundos ou minutos. No pensamento pode durar uma vida inteira…


Seria muito interessante se pudéssemos gravar os nossos pensamentos e depois ouvir o que pensamos em um cd, mp3 ou ipod. O que você ouviria?


Reclamações, preocupações, problemas?

Histórias de suas perdas ou ganhos, sucessos ou fracassos passados?


É muito interessante este espírito de olimpíada que herdamos dos gregos, com suas lutas, campeonatos de todos os tipos, copas do mundo… Se há um lado muito bom no esporte, há também algo que se for levado para outras àreas da vida pode ser muito prejudicial.


O que pode ser prejudicial é a comparação ou competição com os outros. Você fica se comparando com as outras pessoas? Tentar superar, ser melhor, vencer alguém próximo?


Essa ideia é o que Adler chamou de complexo de inferioridade. No fundo, a pessoa se sente inferior, e a pessoa se sentindo inferior quer superar essa inferioridade sendo melhor ou tentando ser melhor do que os outros.


Não é um pensamento muito saudável…


Então, se os pensamentos que você está tendo, não estão sendo legais para você, você pode fazer esta atividade, sugerida por Jack Kornfield:


“Se você for uma pessoa que tem pensamentos destrutivos e repetidos e regulares, julgamentos a seu próprio respeito, críticas, vergonha ou desmerecimento, trabalhe com esta prática por uma semana, ou melhor ainda, por um mês.


Em primeiro lugar, tome uma consciência mais cuidadosa do conteúdo e ritmo das vozes internas…


Agora, crie um verdadeiro antídoto, uma frase, ou duas, ou três, que transformem completamente a falsidade desses pensamentos não saudáveis. Deixe que as frases sejam mais saudáveis que você encontrar, mesmo se não acreditar nelas no início.


Elas podem ser simples como “A vida é preciosa” ou “Eu vou usar bem este dia”. Ou elas podem exprimir o oposto saudável dos pesamentos de vergonha: “Eu viverei com nobreza e dignidade.” Ou o oposto da ansiedade: “Viverei minha vida com confiança”.


Agora comece a trabalhar durante uma semana com as frases que você escolheu. Preste uma atenção especial àquelas situações que precipitam padrões dolorosos.


Todas as vezes que você percer os pensamentos destrutivos e não saudáveis, mesmo que esteja acontecendo por certo tempo, faça uma pausa e sinta a dor deles. Respire, olhe para a sua dor com bondade.


Então, recite internamente as suas frases, de modo firme e deliberado. Faça isso diversas vezes. Não importa que elas pareçam falsas, que você não acredita nelas. Diga-as de qualquer maneira, por compaixão, como um antídoto par ao sofrimento. Você pode precisar dizê-las mil vezes antes de perceber que estão funcionando. E elas irão funcionar”


Lembre-se do seguinte: dá tanto trabalho cultivar bons pensamentos quanto maus pensamentos…