Era uma vez um rapaz que vivia em Isfahan como criado de um rico mercador. Uma bela manhã, despreocupado e com a bolsa cheia de moedas retiradas dos cofres do mercador para comprar carne, frutas e vinho, ele cavalgou até o mercado; aí chegando, deparou-se com a Morte, que lhe fez um sinal como que para dizer alguma coisa.
Aterrorizado, o rapaz fez o cavalo dar meia-volta e fugiu a galope, pegando a estrada que levava a Samara. Ao anoitecer, sujo e exausto, chegou a uma estalagem dessa cidade e, com o dinheiro do mercador, alugou um quarto. Nele entrando, prostrou-se na cama, entre fatigado e aliviado, pois lhe parecia ter conseguido lograr a Morte. No meio da noite, porém, ouviu bateram à porta, e no umbral ele viu a Morte parada, de pé, sorrindo amavelmente.
– Porque você está aqui? – perguntou o moço pálido e trêmulo. Eu só a vi esta manhã na feira, em Isfaham.
E a Morte respondeu:
– Ora, eu vim buscá-lo, conforme está escrito. Pois quando o encontrei esta manhã na feira, em Isfahan, tentei lhe dizer que nós tínhamos um encontro esta noite em Samara. Mas você não me deixou falar e simplesmente fugiu em disparada.
Referências:
Extraído do Livro – Astrologia do Destino, de Liz Greene
Este conto, que retirei do livro Astrologia do Destino, fala sobre o inevitável. Não apenas a morte, penso eu.
Hoje em dia não falamos mais em destino. No conto a Morte diz: "Como estava escrito".
Mas será que não existem fatores, cenas, eventos, doenças já pré-determinadas? Momentos em que não temos escolhas?
Ou será que nossa liberdade é soberana?
O que vocês acham? Comentem a vontade!
Muito legal!
É essencial darmos ouvido a algumas coisas.
Creio que fazemos escolhas e dependendo da essência desta escolha, ou mesmo da nossa intenção, podemos chegar à glória ou à miséria.
E sim, quando é para acontecer, acontecerá.
Não somos nós, meros humanóides que fugiremos deste momento. É a vida… estamos predestinados à morte.
Um forte abraço,
Lucas Neves.
Olá, Felipe!
Acabo de visitar o blog e já o estou seguindo.
Espero vc no meu blog, combinado?
Paz e bem!
Lu (http://tende-animo.blogspot.com/)