Olá amigos!
Acabo de publicar um novo vídeo em nosso Canal do Youtube! É a 1° Parte da nossa 1° Lição do Curso Psicologia Cognitiva da Depressão, que terá início no próximo dia 26/07. Veja o vídeo abaixo e, se tiver interesse, se inscreva!
Quero me inscrever – Curso Psicologia Cognitiva da Depressão – Causas e Tratamentos
Na sequência do vídeo, veja também o conteúdo dos slides, nos quais eu descrevo os Critérios Diagnósticos da Depressão.
O que é depressão?
Um primeiro ponto, fundamental, quando vamos começar a estudar a depressão é que a depressão não deve ser confundida com tristeza. Embora no senso comum, no dia-a-dia a gente fale como se fosse sinônimo, por exemplo “Ele está meio triste, meio deprimido hoje”, este não é o caso do transtorno mental conforme estudamos na psicologia clínica e na psiquiatria.
Desde o tempo de Hipócrates, o pai da medicina, que casos de depressão são estudados pela medicina. Antigamente, entretanto, a palavra utilizada era melancolia ou temperamento melancólico. Melancolia (μελαγχολία) é uma palavra que grega que vem de μέλας – mélas, “negro” e χολή – cholé, “bílis”, ou seja, significa literalmente bílis negra e era associada com o elemento terra, segundo a antiga concepção.
A palavra melancolia ainda era utilizada no início do século passado. Freud, por exemplo, escreveu o famoso texto Luto e Melancolia, que você pode conhecer melhor aqui – Psicanálise: Depressão e Melancolia
Bem, apesar de não ser mais utilizada a palavra melancolia, o conceito de um temperamento, de um tipo de personalidade ainda existe e foi incluído no chamado transtorno distímico.
Então, o que é depressão? A depressão é um transtorno do humor, cuja característica é a existência de um ou mais episódios depressivos (isto é, ao menos duas semanas de humor deprimido ou de perda de interesse acompanhados por ao menos quatro sintomas adicionais de depressão).
Por sua vez, o episódio depressivo maior consiste nos seguintes critérios:
Critérios para o Episódio Depressivo, segundo o DSM-IV
A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de 2 semanas e representam uma alteração a partir do funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda do interesse ou prazer:
(1) humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, indicado por relato subjetivo (por ex., sente-se triste ou vazio) ou observação feita por outros (por ex., chora muito). Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável
(2) interesse ou prazer acentuadamente diminuídos por todas ou quase todas as atividades.
(3) perda ou ganho significativo de peso sem estar em dieta (por ex., mais de 5% do peso corporal em 1 mês), ou diminuição ou aumento do apetite quase todos os dias. Nota: Em crianças, considerar falha em apresentar os ganhos de peso esperados.
(4) insônia ou hipersonia quase todos os dias.
(5) agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por outros, não meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento).
(6) fadiga ou perda de energia quase todos os dias.
(7) sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada (que pode ser delirante), quase todos os dias (não meramente auto-recriminação ou culpa por estar doente).
(8) capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se, ou indecisão, quase todos os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outros).
(9) pensamentos de morte recorrentes (não apenas medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.
Critério B) Os sintomas não satisfazem os critérios para episódio misto.
Critério C) Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes.
Critério D) Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por exemplo, uso de droga de abuso ou medicamento) ou uma condição médica geral (por exemplo, hipotireoidismo).
Critério E) Os sintomas não são bem explicados por Luto, isto é, após a parda de um ente querido, os sintomas persistem por mais de dois meses ou são caracterizados por acentuado prejuízo funcional, preocupação mórbida com desvalia, ideação suicida, sintomas psicóticos ou retardo psicomotor.
Conclusão
A depressão é um transtorno do humor que deve ser diferenciada do transtorno distímico e dos outros transtornos de humor, a saber:
– Transtornos Bipolares (Bipolar I, Bipolar II, Transtorno Ciclotímico, Transtorno Bipolar sem outra especificação);
– Outros Transtornos de Humor (Transtorno de Humor devido a uma condição médica geral, Transtorno de Humor induzido por substância, Transtorno de Humor sem outra especificação).
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Informação importante, vou repassar para outras pessoas.
Olá Raquel!
Obrigado querida!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Felipe parabéns pelo seu trabalho!
Acompanho sempre seus textos e vídeos por aqui. Como estou estudando pra concurso, minha dúvida é sobre as alterações no DSM V a respeito da depressão. Houve alguma alteração ?
Um abraço
Sirley
Olá Sirley!
Na semana que vem nós vamos lançar um Super Curso sobre o DSM-V e falaremos mais sobre todas as mudanças, ok?
Houve mudanças importantes no DSM-V com relação à depressão, tanto a inclusão de novas terminologias como Transtorno de Desregulação do Humor Disruptivo e Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (antes estava dentro de Outros Transtornos Depressivos), quanto as depressões crônicas receberam uma redefinição: transtorno depressivo persistente, que inclui portanto a depressão crônica e o que era chamado até recentemente de distimia.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá, Felipe de Souza, é uma grande satisfação em comentar em sua página. Em relação a mudanças importantes no DSM-V, com relação à Depressão!
Boa noite Gercina!
Nós temos um Curso Completo sobre todas as mudanças do DSM-IV para o DSM-5:
https://psicologiamsn20220322.mystagingwebsite.com/produto/dsm-5-introducao-e-principais-modificacoes-dsm-iv
Atenciosamente,
Felipe de Souza