Autores: Charlene Gomes, Emanuele Viera, Fernando Tarvenaro, Júnia Alves, Wellington Luiz Oliveira Amaral
Este texto tem por objetivo traçar um esboço entre a linguagem, cultura e a psicanálise na construção social do sujeito. A linguagem é um dos ramos de estudos mais antigos de investigação sistemática. A linguagem é o sistema através do qual o homem comunica suas ideias e sentimentos, seja através da fala, da escrita ou de outros signos convencionais. Cultura significa cultivar, e vem do latim colere. Genericamente a cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo homem não somente em família, mas enquanto parte de uma sociedade. Na psicanálise Lacan traça um caminho ao retornar aos textos Freudianos, fazendo uma leitura a partir da linguística de Ferdinand de Saussure e Roman Jakobson; produzindo a partir daí uma subversão para o campo analítico, ao afirmar que o inconsciente tem uma estrutura de linguagem. O presente texto abordará a linguagem como estrutura simbólica que constitui o sujeito, analisando o meio cultural e suas relações com a psicanálise.
Palavras chave: Linguagem. Psicologia do sujeito. Cultura. Psicanálise.
As Formas de Linguagem
A Linguagem é um sistema de sinais empregado pelo homem para comunicar suas idéias e sentimentos, seja através da fala, da escrita ou de outros signos convencionais.
Cotidianamente, o homem faz uso da linguagem verbal e não-verbal para se comunicar. A linguagem verbal integra a fala e a escrita (diálogo, informações no rádio, televisão ou imprensa, etc.). Todos os outros recursos de comunicação como imagens, desenhos, símbolos, músicas, gestos, tom de voz, etc., fazem parte da linguagem não-verbal.
A linguagem corporal é um tipo de linguagem não-verbal, pois determinados movimentos corporais podem transmitir mensagens e intenções. Dentro dessa categoria existe a linguagem gestual, um sistema de gestos e movimentos cujo significado se fixa por convenção, e é usada na comunicação de pessoas com deficiências na fala e/ou audição.
Linguagem mista é o uso da linguagem verbal e não-verbal ao mesmo tempo. Por exemplo, uma história em quadrinhos integra, simultaneamente, imagens, símbolos e diálogos.
Dependendo do contexto social em que a linguagem é produzida, o falante pode usar a linguagem formal (produzida em situações que exigem o uso da linguagem padrão, por exemplo, salas de aula ou reuniões de trabalho) ou informal (usada quando existe intimidade entre os falantes, recorrendo a expressões coloquiais).
As linguagens artificiais (que são criadas para servirem a um fim específico, por exemplo, a lógica matemática ou a informática) também são designadas por linguagens formais. A linguagem de programação de computadores é uma linguagem formal que consiste na criação de códigos e regras específicas que processam instruções para computadores.
A linguagem não é estática, é um elemento vivo em constante transformação; varia de geração para geração, grupo social para grupo social, situação de comunicação para situação de comunicação.
A Linguagem humana serve, não só para a comunicação, mas também para expressar sentimentos como a raiva, alegria, tristeza e praticamente todos os demais sentimentos, e esta habilidade faz parte da função emocional da linguagem.
A linguagem humana é ainda, uma manifestação cultural, pois se relaciona com padrões de comportamentos, crenças, conhecimentos, realizações, costumes que podem ser transmitidos de geração para geração. O homem imprime sentido às linguagens que cria. Ele cria palavras, gestos, símbolos, formas de expressar suas ideias.
A língua (idioma) é uma forma de linguagem, é um dos instrumentos de interação sócio-comunicativa e, assim como as religiões, a culinária, as vestimentas, integra-se na cultura dos povos.
O Cultural e a Linguagem
John B. Thompson (1988), distingue dois tipos de uso básico da palavra cultura, que ele define como “concepção descritiva” e “concepção simbólica”.
Na concepção descritiva a cultura é um conjunto inter-relacionado de crenças, costumes, formas, de conhecimento, artes, etc., que são adquiridos pelos sujeitos enquanto membros da sociedade particular e que podem ser estudadas cientificamente. Essas crenças e costumes formam o que é característico de uma determinada sociedade. Na concepção simbólica as ciências e a cultura são vistas através do uso de símbolos, sendo este o traço distintivo do ser humano. A cultura designa uma ordem de classe distinta de fenômenos que dependem do exercício de uma habilidade mental, peculiar à espécie humana, que se denomina simbolização. As palavras e os gestos dos sujeitos são dotados de significados simbólicos. Nasce então uma relação dinâmica entre o sujeito e a cultura.
O sujeito se constitui através das relações sociais, através da apropriação das significações de suas ações e inter-relações, nos contextos onde estão inseridos. Este conteúdo apropriado é resultante de um processo cultural. Nesse processo cultural a linguagem tem um papel fundamental como instrumento de comunicação e transmissão de significações.
Para Barkhtin (1990, p. 66) a palavra e a cultura relacionam-se no momento de suas expressões como o produto das interações sociais. Para o autor a língua é inseparável do fluxo de comunicação verbal e, portanto, a língua é transmitida não como um produto acabado, mas como algo que se constitui mutuamente na corrente da comunicação verbal.
A língua nunca está completa, ela é uma tarefa, um projeto sempre caminhando e sempre inacabado. A interação verbal constitui assim a realidade fundamental da língua. Barkhtin, fala ainda que as condições de comunicação e as estruturas sociais estão muito ligadas. Cada época e cada grupo social têm seu próprio repertório de formas de discurso que funciona como um espelho que reflete o cotidiano. A palavra é a revelação de um espaço na qual os valores fundamentais de uma dada sociedade se exprimem e se confrontam. O conhecimento é socialmente construído, como a mediação de outros sujeitos, através de diferentes formas e interações verbais.
As contribuições da Linguagem para o modo de vida na sociedade
Desde tempos imemoriais que o homem, movido pela necessidade de sobrevivência, viveu em grupos, e para que isso fosse possível, a comunicação era imprescindível. O homem primitivo precisava repassar informações e conhecimentos adquiridos entre eles e a seus descendentes, administrar seus temores, angústias diante de toda adversidade inexplicável para eles; deixar uma marca no mundo que transcendesse a transitoriedade de sua existência.
Antes mesmo que a linguagem conseguisse se organizar de forma abstrata através da escrita, o homem já lançava mão da arte como instrumento de comunicação e organização emocional, com atestam os milhares desenhos rupestres encontrados mundo afora.
Vigotsky, em sua teoria, propõe que o ser humano constitui-se como tal na sua relação com o outro social. A cultura torna-se parte da natureza humana num processo histórico que, ao longo do desenvolvimento da espécie e do indivíduo, molda o funcionamento psicológico do homem. Para ele, o acesso ao conhecimento se dá através de instrumentos e símbolos sociais. Ainda segundo este autor, linguagem humana possui duas funções básicas: de comunicação social e de pensamento generalizante, ou seja, além de permitir a comunicação entre as pessoas ela simplifica, generaliza, cria categorias conceituais e assim facilita o processo de abstração, generalização e transmissão de conhecimento. Segundo ele, o pensamento verbal não é inato. Os conceitos são construções culturais, internalizadas pelo indivíduo ao longo do seu processo de desenvolvimento e os atributos necessários para definir um conceito, advém das características dos elementos encontrados no mundo real, e considerados relevantes pelos diferentes grupos culturais.
John Donne (1572-1631), poeta inglês, se notabiliza por duas célebres citações contidas em seu “Meditation XVII”, publicado em 1623, onde diz (…) “nenhum homem é uma ilha”, e mais adiante (…) “por quem os sinos dobram?”.
Utilizando-se da linguagem poética, Donne atenta para o mesmo ponto que Lacan: o da influência que o homem recebe de todo o contexto que o cerca, da influência que exerce em sua interrelação em sociedade e mesmo daquilo que continua, após a sua morte, influenciando e sendo influênciado por sua existência. Tanto Lacan quanto Donne se utilizaram da linguagem para exprimirem suas percepções, falaram de instâncias que transbordam as margens das meras palavras em si, embora o tenham feito de forma bastante distinta quanto à escolha das palavras e da forma de organizá-las.
Um ser humano, seja enquanto indivíduo ou enquanto membro da sociedade, uma vez privado da linguagem, perde aquilo mesmo que mais o distingue e localiza perante si mesmo e o mundo. O caso de Helen Keller (1880-1963), escritora, filósofa, ativista social e conferencista reconhecida mundialmente, ilustra muito bem esta condição. Com poucos meses de vida, sofreu um severo epsódio febril (provavelmente causado por escarlatina), do qual saiu cega e surda. Cresceu como uma criança “retardada e inábil” para o convívio social e quase foi enviada a um sanatório. A partir dos sete anos de idade, passou a receber a intervenção de uma cuidadora, de nome Anne Sullivam, (também portadora de severa limitação visual), que lhe ensinou a linguagem de sinais. A partir de então, foi se reorganizando emocional e intelectualmente até chegar a expressar todo seu potencial intelectual e humanitário, que de outra forma estariam perdidos e desorganizadores em seu mundo interno. (vide o filme “O Milagre de Anne Sullivan”, 1962).
Outra forma de linguagem muito importante para a vida em sociedade é a Arte. O artista plástico, suíço-alemão, Paul Klee (1879-1940), colocou em poucas palavras aquilo que para ele era a função primordial da arte: – “A Arte não tem a intenção de refletir o visível, mas de tornar visível o invisível”.
Sobre esta questão, debruçou-se Claude Lévi-Strauss, que tinha reconhecido apreço pelas diversas formas de manifestação artística. Para ele, o mito e a música possuem características comuns, e seriam linguagens que transcendem, cada uma à sua maneira, a linguagem articulada, e que exige uma dimensão temporal para se manifestarem. O mesmo não ocorre com a pintura que pode prescindir desta prerrogativa. Ainda segundo Lévi-Strauss, a obra de arte é signo do objeto e não uma reprodução literal (assim como em Paul Klee); “manifesta algo que não estava imediatamente dado à percepção que temos do objeto e que é sua estrutura, porque a característica específica da linguagem da arte é que existe sempre uma homologia muito profunda entre a estrutura do significado e a estrutura do significante (…) ao significar o objeto [como fazem os surrealistas com objetos do cotidiano] o artista consegue elaborar uma estrutura de significação que mantém uma relação com a estrutura mesma do objeto” (Lévi-Strauss, 1968, p. 80, apud NOVAES). Mesmo quando um artista é dotado de uma habilidade técnica que o torna capaz de reproduzir perfeitamente a realidade (como Ingres), ele consegue evidenciar uma significação que vai muito além da percepção e que chega à própria estrutura do objeto da percepção (p.81). Assim sendo, a obra de arte não é um simples documento; “os documentos fotográficos me provam sua existência, sem testemunhar a seu favor, nem torná-los sensíveis a mim” (Lévi-Strauss, 1994, p. 9). O pintor por sua vez, dispõe e pode “desfrutar da mão, do olho e do espírito”.
Para ele a arte ainda deve ser compreendida a partir de seu papel de selecionar e ordenar as informações do mundo exterior, que nos chegam através dos sentidos. A arte é para Lévi-Strauss também uma linguagem; mas que se diferencia da linguagem articulada num sistema de signos arbitrários, sem relação sensível com os objetos que se propõe a significar. A arte estabelece relação sensível entre signo e objeto e esta é precisamente a sua função. A arte é, além disso, um guia, um meio de instrução, quase que de aprendizagem da realidade ambiente (Lévi-Strauss, 1968, p. 120, apud NOVAES).
A linguística de Sausurre
Saussure, em seu trabalho com a linguística preocupou-se não com o discurso próprio, mas com as regras e convenções subjacentes que permitiam a língua operar: qual a lógica que subjaz e permeia da fala das gentes. Para melhor analisar a dimensão social ou coletiva da língua, ele distinguiu langue (língua, o sistema formal da linguagem que governa os eventos da fala) e parole (palavra propriamente dita, o discurso, ou os eventos da fala). Saussure estava interessado na infraestrutura da língua, aquilo que é comum a todos os falantes e que funciona em um nível inconsciente. Ocupava-se principalmente das estruturas mais profundas da língua, não fazendo nenhuma referência à evolução histórica dos idiomas.
O que é construção social
As explicações sobre o mundo são resultados da coordenação da ação humana, dos significados construídos a partir do laço social, partilhado entre os sujeitos. As diferentes formas de se descrever o mundo implicam diferentes formas de ação social. Nightingale e Cromby (1999) dizem que nós procuramos explorar aspectos do nosso mundo, de forma especifica, e assim o fazendo criamos conhecimento, o qual então tomamos como verdades sobre o mundo. A construção social se da quando entramos em contato com este mundo, quando interagimos com o outro, quando usamos a linguagem para encontramos significados através de relacionamentos.
A construção social a partir da psicanálise
A teoria psicanalítica sobre o inconsciente descentra o humano de uma noção psicofilosófica centrada no consciente, e ao mesmo tempo em que inclui a desrazão, compreendendo o inconsciente, como uma instância a qual esse sujeito se sujeita. O inconsciente arca com a proposta de compreender as causas e os fatores que determinam a experiência subjetiva e a estruturação do sujeito. Essa estruturação se da a partir de um Outro, que é sempre social e externo, mas que se inscreve neste contexto imediatos e primordial, pela via do cuidado.
Freud, em “Psicologia das massas e analise do eu” (1920-21), afirma que todos os processos histórico-sociais, grupais incidem diretamente no interior do sujeito e que na vida anímica aparece sempre, efetivamente, o “outro”. Decorre daí uma construção do sujeito que é em parte consciente e de outra parte inconsciente, reprimida e distanciada desse eu consciente.
É impossível se pensar em estruturação do sujeito na psicanálise sem se estar aberto a relações com um exterior que lhe é constituído. Neste processo, trata-se de um exterior que é alienado e “esquecido”, pelo sujeito, que passa-se perceber.
Na perspectiva lacaniana, o homem é um sujeito tomado e constituído na e pela linguagem. É a linguagem, portanto que faz essa torção dentro-fora no sujeito, exterior- interior constitutivo. O inconsciente é estruturado como uma linguagem, tal é o axioma com o qual Lacan inaugura seu ensino.
Jacques Lacan (1999), afirma que a estrutura do sujeito é um conjunto incompleto, sendo assim, trata-se de uma estrutura aberta, referenciada à linguagem e aos efeitos significantes. Portanto, o sujeito é constituído a partir desses efeitos.
A linguagem e a psicanálise: o inconsciente sendo estruturado como uma linguagem
Jacques Lacan trouxe a psicanálise de volta a seu campo específico, o da linguagem, e do qual os analistas pós-freudianos se afastaram. Lacan destaca na obra de Freud a relação ineludível entre as diversas formações do inconsciente e a linguagem.
Na leitura lacaniana dos textos de Freud, os ensinamentos do suíço fundador da ciência da linguística, Ferdinand de Saussure, e os estudos do antropólogo Claude Lévi-Strauss tiveram grande importância.
Saussure faz uma relação do que pode ser o significante e o significado das palavras. Para Lacan o significante é o que procede e determina o significado. O significante é a unidade mínima do simbólico e tem como característica o fato de jamais comparecer isolado, mas sempre articulado com outros significantes. A significação surge através da articulação entre os significantes, constituindo, assim uma cadeia. Significante é o que representa um sujeito para outro significante. Sem que o sujeito se dê conta, ele esta sendo comandado pelo significante. A estrutura e a linguagem correspondem com o que Lacan denomina simbólico. Para Lacan, linguagem e estrutura são sinônimas.
A linguagem é a cadeia simbólica, que determina o homem antes mesmo do seu nascimento. O bebê vem ao mundo marcado por um discurso, no qual se escreve a fantasia dos progenitores, a cultura, a classe social, a língua, a época etc. Podemos dizer que tudo isso constitui o campo do Outro, lugar onde se constitui o sujeito. Lacan não só insiste na exterioridade do simbólico em relação ao homem, mas supõe que esse mesmo homem se assujeita ao discurso, tornando-se sujeito nessa operação de alienação na linguagem. Lacan propõe, dessa forma, a psicanálise como uma experiência da palavra plena, que venha substituir a palavra vazia do discurso neurótico. (JORGE E FERREIRA, P.45).
Considerações finais
A dimensão social, para a psicanálise, encontra seu fundamento constitutivo na linguagem. A análise é feita através da palavra, do relato do analisando ao analista. Sem a linguagem seria impossível essa interlocução e não existiria a psicanálise. Não só o inconsciente é estruturado como uma linguagem, como os pensamentos conscientes, as ações, o modo de viver, a experiências com o mundo e o outro, determinam o sujeito. Também são tributárias dessa estrutura, aquilo que foi recalcado, pois constitui o inconsciente, estruturando-o através da linguagem. A linguagem, que está estruturada entre o significante e o significado, é a estrutura básica para formação desse sujeito, seja a linguagem verbal, não verbal, corporal ou mista, entre outros diversos tipos. A linguagem é a condição básica em que nasce a cultura, os modos de pensar; é o que constrói o homem, tornando-o sujeito.
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