Frequentemente vemos em jornais, revistas e na TV falarem sobre surto psicótico. Creio que a maior parte das pessoas sabem mais ou menos o que significa, porém, é sempre bom entender com clareza o que quer dizer o termo, de acordo com a psicologia, não é mesmo?

No termo surto psicótico temos o termo psicose, que é uma doença mental  descrita e classificada pela psiquiatria, pela psicanálise e pela psicologia.

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Bem, e o que é psicose?

Dizendo de uma forma bem simples, podemos entender a psicose como a loucura. Quando pensamos em uma pessoa louca, geralmente estamos pensando em uma pessoa psicótica. Quando vemos em um filme, um sujeito no hospício dizendo ser Napoleão, podemos ter certeza de que se trata de um sujeito psicótico.

A principal característica da psicose é a incapacidade da pessoa distinguir entre o surto (irreal ou fantasia) e a realidade. Ela acredita no surto, no exemplo, ela acredita que é Napoleão. E além de não conseguir fazer a diferença entre a realidade e a fantasia interna, ela acredita piamente que a fantasia é realmente real.

Por exemplo, no filme Uma Mente Brilhante o personagem central possui um tipo de psicose, que é a esquizofrenia. Durante o filme, vamos descobrindo que pessoas próximas a ele são, na verdade, produtos de sua imaginação, de sua fantasia. Ou seja, uma parte do seu mundo – que para ele era verdade – não é. Ou, em outros termos, é real, mas apenas em sua mente. 

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Em outras palavras, quando a pessoa tem uma alucinação, visual ou auditiva, ela acredita que o que escuta ou vê é verdadeiro. Ela não duvida do que vê ou escuta. Não trata aquelas manifestações como partindo de seu interior.

Um surto psicótico é um dos possíveis sintomas de quem esta doença mental, a psicose. Quando a pessoa surta, toda a sua consciência se perde, de modo que ela perde as referências de seu mundo, podendo cometer atos violentos ou não reconhecer parentes próximos ou a si mesmo.

No estado de surto psicótico a pessoa, se ficar comprovado o fato por especialistas, se cometer um ato violento, poderá ter a sua responsabilidade reduzida, pois neste estado, como dissemos, ela perde totalmente a consciência, o seu eu, a sua capacidade de avaliação e orientação.

Mas, caso cometa um assassinato, por exemplo, poderá – ao contrário de quem é “normal” e é assassino – o psicótico poderá ficar internado em um hospital de custódia por toda a vida e não apenas por 30 anos, no máximo, como nas cadeias.