Os filhos nascem, e aqueles jovens pais que se sentiam tão despreparados para aquele momento, perceberam que havia uma grande responsabilidade em suas mãos, uma vida, um filho. Com o passar do tempo, se acostumam com a idéia de guiar essa criança no mundo, objetivando prepará-los para serem auto-suficientes e trilharem seu próprio caminho. Um dia os filhos se tornam adultos, independentes, e chega o dia: “Até que os filhos saem de casa!”
Para os filhos, é um momento marcante, mas tratado com certa naturalidade, pois é assim que acontece com a maioria das pessoas; foi assim com os pais, com os avós, e assim por diante. Casamentos, novas experiências, até mesmo morar sozinho, ou se arriscar em novos horizontes, outros estados, países. Não é que os filhos não gostem de morar com os pais, mas existe uma sensação quando se mora com os pais, de que eles continuam sendo responsáveis por esses filhos, e por mais que esses filhos trabalhem e cuidem de suas próprias vidas, a casa dos pais será sempre a casa dos pais.
Por outro lado, encontram-se os pais; aqueles que não sabiam bem se saberiam exercer essa função de educar, orientar. Eles ficam felizes quando conseguem cumprir a missão de criar uma pessoa independente, como muitos dizem, “prontos para o mundo e para a vida”, mas a separação inevitável nesse “sair de casa” é muito mais dolorosa para os pais. Basta imaginar, coloca-se um filho no mundo, e assim, forma-se uma família; a vida desses novos pais muda completamente, e eles passam a viver o tempo inteiro com os filhos. E ficam morando juntos até o dia dessa saída do ninho, pois após os cuidados, os filhotes, agora crescidos aprendem a voar e fazem seus voos de forma independente.
A diferença é que quando os filhos partem, eles querem e precisam dessa nova etapa, mas geralmente, os pais nunca querem que seus filhos saiam de casa, no sentido de desejarem e sonharem com isso. Os pais querem o melhor para os filhos, e o melhor é que eles sigam suas próprias vidas, mas isso não significa um desejo para que eles saiam de casa. Para os filhos, é uma etapa cheia de esperança, realizações, de amadurecimento total; para os pais, é a certeza de que a velhice está chegando, que aquelas crianças cresceram, rápido demais, e se tornaram pessoas adultas; é um ponto crucial, onde você pensa, e agora, o que resta já que os filhos foram embora?
É uma sensação estranha para esses pais, já não são responsáveis pela vida dos seus pequenos, mas se sentem ainda responsáveis pelos filhos. É impossível olhar para um filho, e não ver aquela criança que ele já foi um dia. Ao mesmo tempo, percebe-se que mudanças significativas aconteceram, os filhos cresceram, os pais envelheceram.
A verdade, é que os laços de amor e de família, continuam intactos. O fato de sair de casa, não significa um esquecimento dos pais, da antiga casa, muito menos um rompimento no carinho enorme que existe de ambas as partes. É comum os filhos darem uma fugida para a casa dos pais de tempos em tempos, e os pais também irem para o novo lar dos filhos, para dar uma palpitada. Não é o fim de nada, é apenas um novo ínicio, um recomeço, de uma história que muda apenas os personagens. Um dia os que hoje são os filhos, serão os futuros pais, e o fluxo vai seguir. E o que foi vivido, nunca irá se apagar, vai continuar guardado a sete chaves, no coração, lugar de onde jamais tudo isso sairá.
A saída da casa dos pais realmente é um marco na vida. Essa saída, dependendo da forma como ela se dá, pode causar ainda mais angústias. Atendo uma mãe que se sente extremamente magoada pelo fato da filha ter saído de casa de uma forma abrupta. Ela relata que se sente como traída, não pelo fato da filha ter saído de casa, mas pela forma como ela saiu.
A saída de casa deve ter lugar nas conversas entre pais e filhos. É preciso tratar desse assunto, levantar as expectativas, os medos, as preocupações. Então, juntos, pais e filhos podem ir trabalhando esse momento, e quando ele chegar, tudo correrá com mais tranquilidade.
Ótimo artigo!
Abraço.
Olá Anderson!
Obrigado pelo comentário!
Vou avisar ao autor, Victor Neves, para ele dialogar contigo.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Anderson!
Primeiramente, agradeço pelas palavras e por compartilhar conosco sua experiência pessoal. Apesar de ser um marco na vida das pessoas e normalmente, uma etapa complicada para ambas as partes (pais e filhos), concordo que o diálogo ajuda a elaborar essa informação internamente, para que esse momento ocorra da melhor forma possível, sem que existam mágoas ou ressentimentos como no caso da sua cliente.
No mais, nós do site Psicologia.msn agradecemos pela sua visita, pelo comentário e principalmente por dividir conosco a sua prática profissional. Para nós, é sempre um motivo de felicidade essa troca de idéias, e essa exposição dos diversos pontos de vista que se apresentam no site. Apareça sempre para trocarmos uma idéia.
Um abraço!
Olá !
Estou passando por esse problema , se é que é um problema …. rs , não tenho o que reclamar , crie meus filhos eduquei , e sempre soube que um dia isso ia acontecer , porém o que não sabia era que ia SOFRER , ta difícil, muito difícil mesmo , gostaria de me comunicar com vocês , um abraço , aguardo retorno .
Olá Linda!
Bem, toda mudança pode causar sofrimento. Caso esteja precisando podemos agendar uma Orientação Online.
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Atenciosamente,
Felipe de Souza