Quado uma parte ou faceta de nossa personalidade entra em conflito com outra parte de modo que começa um processo de auto-interrupção ou auto-sabotação, nós acabamos criando uma luta entre estas duas partes.
Frequentemente, as pessoas vivem anos ou até a vida inteira com este conflito interno. Isto, é claro, causa uma grande perda de energia, sabota a eficiência, e cria incongruência.
A técnica para colocar as duas partes em negociação nos dá uma tecnologia maravilhosa para mudar este conflito. Com ela, podemos dar um fim no conflito e negociar um acordo de paz. Com a técnica, nós passamos a perceber em cada parte um valor e um propósito, e a partir disto, criar harmonia entre as duas partes.
A técnica
1) Identifique as partes: “Que parte de você cria este comportamento?” “Que parte cria esta emoção ou pensamento”. Você pode designar um número, por exemplo, a parte 1 diz ou pensa isto, enquanto a parte 2 o contrário. Ou então, dar nomes. A parte crítica contra a parte confiante, etc.
2) Determine o desejo visado: “O que cada uma das partes quer obter?” O que cada uma das partes quer ou deseja? Por exemplo, uma parte pode estar querendo evitar um problema ou nos defender, enquanto a outra quer novas experiências, etc.
3) Case as partes. Veja se cada uma das partes entende e valoriza o papel e a função da outra parte. Ajude cada parte a perceber porque há a interrupção, porque há o conflito.
4) Determinando a intenção positiva. Se a parte 2 não conseguiu ajudar na identificação dos valores positivos de cada parte, então continue buscando: “A que função positiva esta parte busca?” Para que ela existe? Com qual finalidade? Faça este questionamento até descobrir.
5) Negocie um acordo. “Ponha as duas partes para conversar. Tente chegar no seguinte acordo: “Você, parte X, valoriza a sua função em minha vida, de forma que se a outra parte concordar em não interromper você, você também fará o mesmo?” Tente perceber se há um sentimento interno de acordo, com a sensação de que as duas partes conseguiram se harmonizar. Continue de forma a fazer com que as duas partes cheguem a um acordo.
6) Estabeleça um contrato. Pergunte a cada parte se ela vai realmente cooperar por um período de tempo significativo, ou seja, se haverá cooperação no longo prazo e não apenas agora. Se cada parte estiver insatisfeita por algum motivo, deixe em aberto para que esta parte X possa lhe mostrar momentos específicos em que será necessário novamente negociar um novo acordo.
7) Faça o teste da ética. “Alguma outra parte de mim mesmo concorda com o acordo? Alguma outra parte poderá entrar em conflito ainda?” Se sim, reinicie o processo até conseguir chegar a um acordo entre todas as partes por um período longo de tempo.
Uma outra maneira de conseguir fazer com que as duas partes cheguem a um acordo é personificá-las, por exemplo, dando nomes próprios a cada uma das partes. Por exemplo, a parte que está sempre criticando será chamada então de João e a parte confiante de Fulano. (Melhor escolher nomes que não sejam de ninguém próximo ou mesmo conhecidos).
Depois de nomear cada uma das partes, dê características a cada uma Como João seria, falaria, andaria? Como seria o seu rosto? A sua voz?
Tentar criar realmente um personagem como no teatro ou em um romance. Depois de elaborado o personagem, coloque os dois (ou as duas) para conversar sobre a perspectiva de cada uma. Você também poderá entrar no debate, ora concordando com um, ora com outro, ou então em uma posição imparcial, distanciada.
Leve a conversa pelo tempo que for necessário até que a negociação e a harmonia entre as partes seja estabelecida.
Texto Original – L. Michael Hall
Livro – NLP – The sourcebook of magic
Tradução – Felipe de Souza
TUDO A VER…
GOSTEI MUITO
Olá Talita!
Obrigado! Ficamos muito felizes que tenha gostado!
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Gente isso aqui ta bom demais, parabéns Dr. Felipe, por essa iniciativa de compartilhar esses conhecimento com a gente , estou descobrindo muitas coisas boas, ou melhor excelente muito obrigada por esses momentos.
Matéria interessantíssima. Vou tentar colocar em prática esses ensinamentos, para ver se consigo resolver os conflitos que tenho e assim tentar seguir em frente mais feliz com as minhas escolhas.
Olá Maria Helena!
Obrigado!
Fico muito feliz que tenha gostado!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Clayton!
Obrigado!
Fico muito contente que tenha sido de ajuda.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Tenho um problema sério, tenho câncer (metástase na cervical facial), terminei a faculdade de direito em 2008, não tenho coragem de enfrentar a prova da OAB, e sempre que começo com aquela vontade de estudar, acontece alguma coisa com minha saúde, e sempre desanimo, achando que vou morrer amanhã… Sou totalmente frustada por fazer uma faculdade e não poder exercer a profissão, porque não tenho forças para lutar pelos meus sonhos.
Olá Vanessa,
Bem, neste caso eu recomendaria que você fizesse terapia com um profissional da psicologia.
Mas o que eu diria, assim, rapidamente, é que a sua situação não é diferente da de todos nós. Todos nós sabemos que não vamos viver eternamente. Mesmo qeu você tenha este problema (que você considera sério), você não pode prever quanto tempo terá pela frente, assim como eu ou qualquer um dos leitores…
Quer dizer, saber a respeito da própria mortalidade não deve ser impedimento para viver da melhor maneira possível.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Felipe, estou adorando ler seus textos, comentários e tudo que você posta em seu site… Isso esta me ajudando muito, gostaria de fazer uma terapia com você, tenho conta na caixa federal, como faço para pagar a terapia pelo débito automático?… Eu tenho convênio da Unimed ela é nacional, vale para o brasil todo. Não sei se é conveniado por algum convênio!?… Muito obrigada pela sua atenção… resposta imediata!
Olá Vanessa,
Tudo bem, querida?
Fico feliz que esteja adorando os textos!
Eu já lhe respondi por email. Caso não tenha recebido, por favor, envie email para psicologiamsn@gmail.com
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Bom dia Felipe, parabens pelos textos. Gostaria de saber se tem algum texto sobre atuacao do psicólogo dentro da empresa
Olá Lyene,
Sim, veja aqui – Papel do Psicólogo Organizacional
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Muito obrigado por você tentar ajudar as pessoas. Me identifiquei com o seu texto. sempre falo que há várias eus em conflito dentro de mim e as pessoas não entendem. As minhas partes não se entendem , não sei nem quantas elas são. Tenho conflitos em todas as áreas da minha vida, sou muito tímida, tenho medo de tudo, mas oq mais me incomoda é ter cursado ciências biológicas e não estar nem lecionando, nem pesquisando. Tem uma parte de mim que diz “vc pelo menos conseguiu fazer uma facul, se não conseguiu atuar td bem” a outra não se conforma e me critica a cada vez que tenho notícias de meus colegas indo pro doutorado, defendendo teses e tal, a terceira diz que eu sou uma pessoa do interior e que gosto disso, a outra não se conforma por eu não ter tido o sucesso que almejei, e assim vai… parece que tem uma discussão constante na minha cabeça e eu não sei pra onde ir, nem sequer consigo identificar se ainda tenho algum sonho, algum objetivo nessa vida.
Olá!
Então, quando o conflito persiste indicamos a terapia, ok?
A terapia com um bom profissional da psicologia vai lhe ajudar a entender estas “partes” e dar voz e vez para cada uma.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Boa tarde, Felipe!
Nos últimos anos da minha vida tenho conhecido e me relacionado com muitos homens, pode-se dizer que estou, de certa forma, à procura de alguém que permaneça na minha vida; porém, nenhum fica. Isso tem me deixado louca e fere meus princípios e tudo o que aprendi sobre afeto… Sinto um bombardeio dentro mim neste momento. A ideia de que devo ficar quieta e aguardar a “pessoa certa” vai de encontro com a de que devo continuar “conhecendo”, assim como vem acontecendo… Preciso de ajuda! Não sei como lidar com essa situação. Desde já, agradeço!
Olá Sarah!
Bem, não existe uma resposta correta para a sua questão no momento.
Entretanto, muitos profissionais da área salientam que é mais provável encontrar a pessoa ideal depois de conhecer mais pessoas. Ou seja, se conhecermos 10 pessoas, vamos ter uma chance. Se conhecermos 100 termos 10 vezes mais probabilidade…
Mas como disse, é uma questão ética e te que ser analisada cuidadosamente.
Atenciosamente,
Felipe de Souza