A pergunta quem sou eu é uma pergunta muito interessante de ser feita. É, na verdade, uma das perguntas mais importantes para a psicologia e para a psicologia clínica.
Talvez a resposta mais comum seja: “eu sou meu corpo”. Este corpo que você vê à sua frente. E com isso, o corpo se torna importante… temos que cuidar do corpo, fazer ginástica ou musculação, manter o peso, a aparência o melhor possível, vestir roupas da moda…
Mas aí surge uma outra pergunta: você é só o seu corpo?
Se você for somente o seu corpo, você muda todos os dias, com a saída e entrada de moléculas… você muda com o envelhecimento. Você envelhece e seu corpo envelhece. Pode-se esconder isso com plásticas e botox, mas é um processo inevitável.
Aí pode surgir uma outra resposta: eu sou meu corpo, mas também eu sou minha alma (ou psique – que vai dar a palavra psicologia, estudo da alma). Com a minha alma, eu sinto, tenho emoções e sentimentos. Eu fico feliz e fico triste. Eu penso na vida… e o modo como eu sinto e penso é a minha alma.
Com isso, podemos também cuidar da nossa alma, buscar a felicidade, praticar ter bons pensamentos e sentimentos, conviver com pessoas boas e inteligentes e assim por diante…
E aqui também surge um outro tipo de questão: a alma é mortal ou imortal? Ela envelhece e morre como o corpo ou a alma continua vivendo em outro plano ou mundo?
Estas são questões para a espiritualidade responder. Espiritualidade vem de espírito e o espírito sempre foi considerado, em nossa tradição, uma outra coisa, além do corpo e da alma.
Por exemplo, na definição: o homem possui um corpo, uma alma, um espírito.
A diferença entre alma e espírito não é muito clara. Algumas pessoas falam como se fosse uma coisa só, outros já fazem a distinção, dizendo que a alma é a responsável pela emoção e pelo pensamento, enquanto o espírito é ligado a Deus. É a parte divina no homem.
Falar de Deus na psicologia é, de certa forma, um tabu. Porque a psicologia quer ser uma ciência e, em nossa cultura, nós temos o conflito entre ciência e fé, ciência e religião.
Porém, a psicologia também estuda a religião. Pensar a história da humanidade sem a religião é algo impossível. O homem sempre cultivou sua relação com os deuses ou com Deus. Mesmo nos dias atuais, onde se esquece dessa dimensão, a ausência é percebida no vazio, na falta de um sentido para a vida.
De qualquer modo, psicologia da religião não é psicologia religiosa. Um pesquisador da psicologia que estude os fenômenos religiosos não necessariamente é religioso ou vai querer fazer com que os seus pacientes sigam esta ou aquela religião.
O que quero dizer, neste texto, é que responder à pergunta quem sou eu não é tão simples quanto parece. Se o corpo é algo aparente, algo que você pode pegar e tocar e ver, com a alma (e o espírito) não acontece o mesmo…
Você já viu a sua alma? O seu espírito?
É como aquela pergunta oriental, como era o seu rosto antes de você nascer? Quem é você?
Felipe de Souza
Psicólogo Clínico
Muito bom. Parabéns
interessante abordagem vindo de um psicologo
Excelente colocação! Obrigada!
O problema é que se vê o que é natural do homem, Espírito como religião. O Espírito é algo da natureza da formação natural do homem, não se pode separa Espírito , alma e corpo . Estão interligados. Não é religião énatureza imutável do Homem.
É um tema bastante complexo , uma vez que está diretamente ligado à fé e a ciência , o que dificulta pra dar uma opinião pessoal , mas que deve ser mesmo debatido sempre.
Na minha mente não conflito entre Deus e Ciência. Exatamente porque Deus é o maior cientista
Ele as três mais importantes ciências:
Biologia; física e química
As demais ciências ele permite que o homem crie para entender as três primeiras. Pense nisso
Quem determinou que o encontro de um espermatozoide é um óvulo gere um indivíduo?
Quem determinou que dois átomos de H e um de oxigênio formasse água?
Quem determinou a presença dagravidade e a ausência? E sua aceleração, que determinou sua existência?
Obrigado por comentar Josival! Abraços