Conta a história que Lucullus – um general romano que realmente existiu – era um sujeito riquíssimo. Em virtude de sua riqueza, dava muitas festas, banquetes e jantares em seu palácio.

Certa noite, chegando de um passeio, viu que a sala onde costumava realizar suas festividades não estava preparada e belamente enfeitada. Apenas havia na mesa um prato.

Imediatamente, ele chamou seus serviçais e perguntou porque não haviam preparado a mesa como de costume. Os serviçais responderam que não a haviam preparado pois não haveria festa. Lucullus iria jantar sozinho naquela noite.

O general romano então responde: – Mas você não sabe que Lucullus vem jantar com Lucullus?

Pense comigo: por que arrumamos a mesa da melhor maneira quando recebemos visitas ou quando temos companhia e não o fazemos quando estamos sozinhos?

O elogio é um reforçador positivo para o comportamento. Ou seja, ao nos autoelogiarmos – ou elogiarmos outras pessoas – elevamos a probabilidade daquele comportamento aumentar de frequência.
Por que não podemos nos autoelogiar? Fazemos tantas ações corretas e perfeitas em um dia! O elogio, portanto, nos ajuda a continuar agindo com perfeição. Quando erramos, podemos ficar atentos apenas para não errarmos da vez seguinte. Mas, mesmo quando erramos, podemos nos elogiar pelo que fizemos corretamente.
Como escreveu Machado de Assis em uma crônica: “Eu não sou homem que recuse elogios. Amo-os; eles fazem bem à alma e até ao corpo. As melhores digestões da minha vida são as dos jantares em que sou brindado.”
Para saber mais: O pacto autobiográfico, de Rousseau à internet. Philippe Lejeune. Editora UFMG.
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FELIPE DE SOUZA
Psicólogo Clínico e Consultor de Rh
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