Olá amigos!
Recebi por email a pergunta de uma querida leitora sobre dificuldades no relacionamento amoroso por cada um ter adotado (ou ter nascido com) religiões diferentes. Neste texto, vamos falar sobre este tema e também dar dicas de como lidar com estas situações de diferenças nas crenças e nos comportamentos diários.
Definição de religião
Antes de tudo, penso ser interessante definirmos o que é religião. Uma das melhores formas é buscar na etimologia da palavra, ou seja, na origem do termo. Curiosamente, não existe uma palavra equivalente no grego antigo. Religião é, portanto, uma palavra latina. E em sua origem há duas possibilidades:
1) Religião como relegere. É a hipótese de Cícero. Relegere significa, literalmente, ler de novo. No sentido mais geral, significa observar cuidadosamente os preceitos, os ritos, as práticas ritualísticas.
2) Religião como religare. É a hipótese de Agostinho. É também a versão mais conhecida. A religião como religião do homem com Deus (nas religiões monoteístas) ou com os deuses (nas religiões politeístas).
De certa forma, as duas possibilidades etimológicas representam aspectos importantes do que é ter uma religião ou do que é ser uma pessoa religiosa.
A possibilidade 1) define que, para ser religioso, a pessoa tem que seguir certos preceitos comportamentais e repeti-los em períodos determinados. Por exemplo, um muçulmano deve rezar cinco vezes ao dia: ao alvorecer, depois do meio-dia, entre o meio-dia e o pôr-do-sol, logo após o pôr-do-sol e aproximadamente uma hora após o pôr-do-sol. Um católico pode ir à missa todos os domingos. Um budista pratica meditação às seis da tarde.
Em suma, para ser religioso devemos fazer algo religiosamente, ou seja, realizar certos atos (visíveis aos demais se estiverem por perto) com uma frequência recomendada pelo grupo social.
A possibilidade 2) exprime um aspecto mais interior e introspectivo do que é adotar uma religião. Apesar as diferenças notáveis entre um e outro credo, todas as religiões não são materialistas. Em outras palavras, todas elas argumentam que existe algo mais do que conseguimos ver, tocar, sentir, cheirar e degustar, mais do que está à frente dos nossos cinco sentidos. É a presença de um fator transcendente: ideias como alma, espírito, seres incorpóreos positivos (anjos, arcanjos, devas, djins…) ou negativos (demônios, encostos, almas-penadas, kama-rupas…)
Independente do universo transcendente – que extrapola os cinco sentidos – é função da religião unir o homem com o lado positivo deste mesmo universo. Para Agostinho, religião é a religião do homem com Deus; de igual modo temos no conceito de Yoga a religião do homem com o seu Atman.
Assim, temos dois sentidos para religião:
1) Externo: o comportamento esperado ou exigido pelo grupo social (igreja, congregação, templo, terreiro, etc);
2) Interno: o comportamento interno que o sujeito deve acreditar mas igualmente se esforçar para realizar em seu íntimo, a religação com o que é tido como superior.
Dificuldades de relacionamento devido à religião
Apesar de que a separação entre o sentido interno e externo seja mais didático do que prático, a ideia nos ajuda a compreender as facetas das dificuldades que podem existir em um relacionamento amoroso (ou familiar) entre uma pessoa que tem uma religião e outra que tem outra ou não tem.
O sentido interno, das crenças da religião com o superior, acabam por criar um significado sobre toda a realidade. Por exemplo, penso que não estou enganado ao afirmar que toda religião tem um cosmos espiritual no qual existe algo semelhante ao inferno e ao céu. Os nomes mudam, mas a crença central é idêntica. No pós-morte, o indivíduo bom (e que acreditou e seguiu os preceitos) vai para um lugar bom (como o Deva-loka, o local dos devas, anjos e deuses hindu ou o céu cristão) e, por outro lado, quem foi mal e vil vai para um lugar terrível, por um período ou por um período tão longo que parece eterno.
Se pararmos para pensar, veremos que a única certeza totalmente certa é a de que morreremos. Saber o que virá depois da morte, então, dá à quem acredita uma orientação sobre como viver enquanto um ser na terra. Por isso, a religião acaba sendo um horizonte de perspectiva – para usar o termo de Gadamer – que produz um significado sobre todos detalhes da vida cotidiana.
De forma que, em última instância, a crença interna vai se refletir no comportamento externo. E o comportamento externo (orar, rezar, comungar, meditar, ir até à comunidade religiosa) vai reforçar as crenças internas.
Note que não digo isto com julgamento de valor. Cada um decide o que acredita e como deve viver a sua vida. Acontece que, para quem está perto de uma pessoa religiosa e tem outra religião ou não tem religião alguma começam a aparecer problemas no convívio.
Por exemplo, imagine um casal no qual o homem é evangélico e a mulher é Hare-Krishna. Não só todos os deuses e devas hindus parecerão para o homem demônios sem sentido como as práticas diárias não se casarão. Seria o mesmo de um homem muçulmano e uma mulher católica ou de um homem budista e uma mulher xintoísta.
Em nosso país, predominantemente cristão (86% da população segundo o IBGE), as diferenças sutis entre as igrejas cristãs (católica e protestantes) acabam ocasionando o mesmo que entre religiões totalmente distintas. Quem já estudou a história da Igreja Católica e das Igrejas advindas do protestantismo luterano terá certamente notado que as interpretações e dogmas não são substancialmente diferentes. Entretanto, na prática, um casal no qual o homem é batista e a mulher católica pode dar ensejo a tantas brigas como um casal no qual o homem é umbandista e a mulher testemunha de Jeová.
O que fazer para ter um relacionamento harmônico
Bem, quando os pais do casal observam que o casamento será entre religiões diferentes, não raro aparece o não consentimento ou as precauções porque, mais experientes, os pais sabem que as concepções distintas no que tange à religião serão fonte de brigas e de desentendimentos.
Entretanto, se o casal decidir continuar junto apesar das diferenças religiosas, existem 3 dicas básicas para ter um relacionamento mais harmônico:
1) Entender o ponto de vista alheio
Um estudo muito interessante que poderia ser feito (e que daria um livro ou vários livros) é de onde surgem as crenças mais íntimas de alguém. Pois não é só uma questão de ter tido a influência da família, de amigos ou de um determinado grupo.
Alguém pode estar na fileira de uma igreja e, no fundo, no fundo, não acreditar em nada daquilo. E, o oposto, alguém pode não ir à nenhuma igreja e ser um religioso fervoroso.
Cada um terá a sua visão de mundo e, em um relacionamento amoroso ou familiar, devemos silenciar um pouco as nossas crenças e opiniões e passar a entender melhor o ponto de vista da outra pessoa. Afinal, de acordo com a PNL, na maioria das vezes, a finalidade de um comportamento é positiva.
2) Respeitar as crenças e comportamentos
Depois de tentar compreender melhor o ponto de vista alheio, é fundamental aprender a respeitar as suas crenças e comportamentos. Qualquer relacionamento no qual se tente mudar o outro é praticamente certo de falhar porque não podemos mudar o outro. Quando muito, conseguimos melhorar a nós mesmos, mas o outro, só muda se quiser.
Por isso, a melhor estratégia é sempre respeitar as crenças e comportamentos. Se alguém está de jejum pelo Ramadã (رَمَضَان) ou se não come carne de porco por ser judeu ou se não faz nada aos sábados, porque não deixar que assim seja?
Querer ou esperar que seja diferente só vai causar brigas e desentendimentos.
3) Não mudar pela outra pessoa
E, por fim, também não se deve mudar para uma crença – ou não crença – apenas porque assim seria exigido ou mais fácil. A não ser que seja uma mudança real, deixar algo que se acredita de verdade por algo em que não se acredita apenas para agradar alguém é uma semente para um sofrimento futuro. Seria como enganar a si mesmo e enganar ao outro (e toda a sua comunidade religiosa).
Conclusão
Sabemos que em um relacionamento amoroso, um dos fatores que mais nos permite predizer a longevidade do relacionamento é terem os dois um olhar sobre o futuro que seja comum. Se um quer ter filhos e o outro não, isto pode não ser nada hoje, mas no futuro irá pesar e talvez seja a causa do rompimento.
De igual forma, as diferenças nas crenças espirituais pode vir a ser uma fonte de conflitos tão grande que chegue a provocar o término.
Entretanto, isto não é a regra. Se cada um passar a entender melhor o ponto de vista alheio e respeitar as suas crenças e comportamento, ao mesmo tempo em que mantém o que acredita, é possível sim ter um relacionamento saudável e feliz.
Somente um exemplo para concluir. Em minha família, tive a oportunidade de observar o casamento da minha tia-avó (católica) com o seu marido (externamente tido como um ateu por não adotar o catolicismo na época, mas internamente um maçom). As diferenças nas crenças não foram de forma alguma um empecilho para o relacionamento, que flui muito bem ao longo dos anos até o final.
Dúvidas, sugestões, comentários, por favor, escreva abaixo!
Religião é um acessório, cada um carrega o seu. Religiões diferentes não se combinam é melhor que não haja relacionamentos amorosos entre pessoas de religiões diferentes. Não dá certo.
Olá Josefa!
Obrigado por comentar!
Olá Felipe!
Estou já formada em administração, e já inclusive faço MBA em Projetos. Minha carreira está indo muito bem, salário alto, multinacional e já sou sênior. Gosto muito da psicologia mas por medo de baixos salários acabei indo pra área administrativa. Sinto-me frustrada todos os dias com o que faço, pois não vejo sentido.
Existe alguma forma de eu entrar nessa área apenas com especializações? É realmente necessário fazer uma nova graduação?
Não gostaria de atuar como clínica e sim em áreas mais acadêmicas.
Obrigada!
Olá Raquel,
Existem áreas que reúnem os conhecimentos da psicologia e da administração, não é mesmo?
Partindo desse ponto, podemos dizer que é possível sim que você atue na área da educação – com psicologia – desde que faça pós-graduações, sabendo que mestrado e doutorado tem mais peso para lecionar.
O que sempre digo é que para dar aulas no ensino privado é mais fácil ter uma formação em áreas diferentes (primeiro em administração e depois em psicologia). Para conseguir passar em um concurso público, entretanto, já fica um pouco mais complicado pois o padrão é que a graduação e a última titulação (doutorado) sejam na mesma área. Mas ainda assim podemos encontrar editais de federais e estaduais que abrem para formandos de áreas afins.
Por exemplo, seria teoricamente possível encontrar um edital para professor em uma federal que pedisse:
ou – graduação em psicologia ou áreas afins e mestrado/doutorado em psicologia organizacional ou RH
ou – graduação em administração e doutorado em administração ou áreas afins (psicologia).
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Professor Felipe boa tarde, gostei muito do seu ponto de vista sobre religião. Jeová Deus não quer que os casais briguem e muito menos briguem por religião, Ele está fazendo propósito para um futuro não tão distante que toda humanidade terá uma só religião espere e verá (1corintios1:10) Obrigada pelas suas expressões
Olá Denise!
Fico muito feliz que tenha gostado!
Obrigado por comentar! Adorei o trecho que você nos trouxe de Coríntios!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá professor!
Um tema que seria interresante você poderia explicar para seu leitores amados, é como a pessoa pode sair da ” Depre” de um termino de um relacionamento amoroso.
Tenho certeza que, muitos sofrem com isso, e, muitas vezes ficam sem uma solução pratica..
Espero que tenha gostado do meu palpite…
Atenciosamente,
Amanda
Olá Amanda!
Já temos um texto! Veja aqui – https://psicologiamsn20220322.mystagingwebsite.com/2012/09/o-fim-de-uma-relacao-tecnica-para-superar-pnl.html
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Felipe! A Correria é tanta que as vezes não tenho conseguido ler seus textos, mas bateu a saudade e eu estou de volta. rsrs
Parabéns pelo texto! Muito bom! Se alguém não consegue ter harmonia com uma pessoa de religião diferente, então não adianta acreditar que só porque se gostam as diferenças religiosas não vão atrapalhar, porque vão sim atrapalhar. Eu sou evangélica e meu namorado não, no entanto, nós temos gostos parecidos. A maioria dos ambientes que ele frequenta eu também frequento, então quando ele não quer ir a igreja comigo nós vamos para outro lugar. Estamos sempre procurando um acordo. Mas mesmo assim as vezes ainda é complicado, porque tem vezes que o que eu mais queria era ir a igreja, mas como eu não devo ser injusta, já que ele vai sempre comigo a igreja, eu tenho que abrir mão do meu querer em prol do dele. Então fica a dica: se vocês frequentam lugares(religião ou outros) que um não gosta ou não pode frequentar, ou então não quer abrir mão do que gosta uma vez ou outra pelo outro, não insista!! Só vai gerar briga e sofrimento!
Um abraço, Felipe!
Essa questão de religião é muito delicada. No meu caso, por exemplo, abri mão de casar na Igreja católica justamente por meu marido não ser católico. Até aí, tudo bem, pois também não sou católica fervorosa. Mas agora, ele diz que não irá batizar nosso filho, quando tivermos um. Mas isso eu não abro mão. Fico pensando que no futuro, quando tivermos um filho isso poderá gerar um conflito entre nós.
Olá Miriam!
Que bom que você está de volta!
:)
Muito bom seu comentário!
O Jung tem uma frase que ilustra o que você disse: “Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder predomina, há falta de amor. Um é a sombra do outro”. Quer dizer, em um relacionamento não temos que tentar mandar, nem temos que ser mandados. É uma relação na qual cedemos e o outro cede também.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Cristina!
O futuro é só uma questão de possibilidades e probabilidades. Como pode acontecer – ou não – não é o ideal nos preocuparmos antecipadamente.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Muito obrigada pela comentário!
Adorei seu site, admiro seu trabalho de ajudar os outros orientando e dando atenção pra tantas pessoas diferentes…
Quanto ao que vc comentou, minha preferência realmente é ensinar no ensino privado porém não poderia largar tudo pra fazer um mestrado, que exige uma dedicação que um trabalho de 8 horas por dia não permite…Pelo que li as bolsas são muito baixas.
Vc acredita que exista alguma pós-graduação que me gabarite a dar aulas?
Caso você possa, consegue também me indicar outras áreas da psicologia que eu poderia me encaixar? Tirando atendimento, estou aberta a todas as outras áreas.
Muito obrigada!!
ps: Desculpa usar um post sobre outro assunto pra tirar dúvidas mas tentei escrever no mais recente rs
Oi Raquel,
Então, as faculdades particulares são muito diversificadas. Algumas tem nível de excelência reconhecida já há muitos anos e outros são pequenas e regionais (ou de cidades pequenas). Por exemplo, uma amiga minha formada em Letras fez uma pós em sistemas de informação para dar aulas na faculdade aqui (em diversos cursos). Portanto, vai realmente depender do tamanho e da exigência da faculdade, ok?
Sobre pós em psicologia vai muito do seu interesse, no que estudar, pois ter a pós não te permitirá atuar como psicóloga (a não ser dar aulas de psicologia).
Não sei se você já viu o post – https://psicologiamsn20220322.mystagingwebsite.com/2013/07/que-pos-graduacao-devo-fazer.html
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Obrigado, Felipe, pelo envio deste texto e outros que recebo! Gosto de psicologia, apesar de ser formado em filosofia já há muito tempo. E os textos são de uma qualidade excelente e bem a propósito. Basta ver os comentários. Acredito que o amor supera tudo em qualquer relacionamento, mas, refiro-me no amor verdadeiro e não a paixões. Quanto a um casal dar ou não dar certo se forem de religiões distintas, onde temos os comentários de duas pessoas com opiniões contrárias, acredito que a prerrogativa será sempre do casal concordar ou não. Tenho o exemplo em minha família, onde minha tia é católica e foi casada há mais de 50 (cinquenta) anos com meu tio que era espírita (já falecido). Podem dizer que há semelhanças, mas não é a mesma coisa (religião).
Verdade Irineu!
Dependendo das pessoas envolvidas, a religião pode vir a ser apenas um detalhe. Mas para outras, esse detalhe será tão fundamental que poderá prejudicar a relação.
Obrigado pelos elogios!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Felipe, gostaria de compartilhar uma reflexão breve. Penso que o mair importante para a relação dar certo é, por mais que pra você o que você acredita tem um baita valor de verdade, é preciso ser humilde no sentido de que na condição de humanos não é possível ter certa absoluta da verdade. É isso que vai permitir sermos afetados pelo outro, dialogar sem discutir, e também respeitar o ponto de vista do outro….
Verdade Kelly!
O problema é que a religião sempre tende a um pensamento absoluto sobre o mundo. E é preciso não só acreditar, mas desenvolver aspectos positivos como caridade, humildade e amor para ter este tipo de compreensão mencionada por ti!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Felipe, gostaria de saber a sua opinião sobre casais de diferentes religiões e a criação de filhos. Deve ser muito difícil para um religioso fervoroso se relacionar com alguém de religião diferente e querer ter um filho. Mas fica a pergunta: que religião vai prevalecer na formação do filho? Acredito que em relação a isso, apenas amor e entendimento sobre a religião do outro não bastam. Há algo superior, que é a fé dos dois, e são fés diferentes. Como conciliar isso?
Obrigada.
Então Juliana, esta é uma questão que realmente vai ter que envolver bastante diálogo entre o casal.
Muitos estudiosos acreditam que a escolha de uma religião deve partir de dentro do sujeito. Entretanto, o sujeito tem que conhecer as possibilidades para poder escolher. Então, o ideal seria que a pessoa (o filho ou filha) não fosse privado da possibilidade de frequentar as religiões diferentes para que, quando puder tomar decisões por si, possa fazê-lo com discernimento.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Felipe!
Obrigada pelo texto e pelos comentários, que nos levam à reflexão.
Atualmente, estou nessa situação.
Sou católica e namoro um rapaz testemunha de Jeová há 8 meses.
Eu o amo muito e acredito no amor sincero dele por mim.
Na maioria das vezes conseguimos nos entender, porém, quando o assunto é costumes religiosos, acabamos sempre entrando em conflito, e isso me magoa muito.
A religião dele tem costumes que, para mim, são muito diferentes e sinto bastante dificuldade em aceitar.
Por exemplo, eles não podem comemorar aniversário. Já para mim, essa é uma data especial, na qual tenho a oportunidade de agradecer a Deus por mais um ano de vida. E, pensar que por toda minha vida, não terei a presença do meu futuro esposo nas comemorações de aniversário, me deixam muito triste.
No entanto, nosso amor é tão lindo, que me impede de deixá-lo.
Tenho medo de sofrer agora, ao deixá-lo. Mas temo também, sofrer depois, se continuarmos juntos :(
Olá Ana,
Eu gosto de pensar nas diferenças culturais e religiosas em um relacionamento como diferenças quaisquer. Sei que podem ser mais fortes do que outras, mas não poderemos encontrar nenhum relacionamento no mundo em que o casal não apresente diferenças. Afinal, as pessoas são muito diferentes uma das outras, certo?
No final das contas, é sempre uma escolha diária (isso mesmo!) se vamos querer ou não continuar com o nosso parceiro ou parceira.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá! Ótima abordação.
Tenho uma relação parecida, sou cristã e meu namorado não, namoramos há 2 anos e nessa caminhada sempre que entramos no assunto de religião tentamos nos entender e cada um partilhar do que acha.
Mas quando o assunto fica mais sério em questão futura (casamento, filhos) sempre temos um desentendimento maior e nisso damos uma pausa e “jogamos pra baixo do tapete” o assunto.
Não sei se seria o certo fazer isso mesmo, mas acredito que se há amor e respeito, não tem porque não lutar e enfrentar as diferenças.
Prefiro fazer dar certo, como no ditado “difícil junto, pior ainda separado”
Obrigado pelos conselhos, me valerão muito!!! Abraços
sou cristão e ela é católica,infelismente terminamos e,para me confortar estava procurando algum artigo e, o seu tem muito a ver com o que eu estou passando no momento.adorei a matéria foi muito boa,me ajudou a me entender,pena que já é tarde de mais.acho que agora posso dizer que amadureci um pouco mais e,aprendi à lidar com futuras situações.
Muito obrigado!
Olá, gostei muito da matéria . Estou casada a mais de 10 anos e acho que meu casamento está chegando ao fim. Sou católica, mas não pratico e meu esposo veio de uma família com uma religião cristã ultraconservadora que se acham os únicos escolhidos por Deus. Não consigo mais lhe dar com a família e me sinto muito infeliz no momento. São pessoas irredutíveis e na minha visão um pouco hipócrita. Ainda por cima tem a diferença cultural em meu casamento. Meu esposo não é brasileiro.
Excelente texto! Vou usá-lo na aula de Ensino Religioso.