Olá amigos!
Em nossa fanpage no facebook, nós postamos essa semana uma dinâmica simples e interessantíssima que é um desafio semelhante ao título: “Se você pudesse enviar uma mensagem de duas palavras para si mesmo quando mais jovem, o que escreveria?” Tivemos mais de 80 respostas e cada uma mais curiosa que a outra. Neste texto, gostaria de falar sobre este tema, que aprofundarei em outro texto: a relação da psique com o tempo. Afinal, e se pudéssemos falar com o nosso eu do passado? E se o nosso eu do futuro pudesse falar conosco agora?
Antes de começar a ler o texto, procure responder à pergunta: “O que o seu eu do passado ouviria de você hoje? O que você escreveria para si mesmo, quando mais jovem?”
Apesar de o facebook ter mudado o algoritmo e, com isso, o alcance dos posts em uma fanpage tenha diminuído absurdamente, esta postagem teve mais de 7.000 visualizações (orgânicas, sem promoção) e mais de 48 compartilhamentos. O que eu penso que chamou a atenção de tanta gente foi uma pergunta aparentemente estranha, que parece dar um nó na nossa cabeça.
Ao invés de perguntar o que você faria de diferente em seu passado, a pergunta diz, o que você diria para si mesmo? Só por conter esta última parte, a pergunta é reflexiva e cria um distanciamento entre o eu que observa e o eu que vive. Em outras palavras, dá margem para a criação da autoconsciência, a consciência de si mesmo.
Aproveite mais!
Na maioria das respostas, podemos ver que as pessoas estão considerando que poderiam ter aproveitado mais, no passado. Em todos os sentidos: poderiam ter ido mais à praia, poderiam ter tido mais coragem para viver um grande amor, poderiam ter aproveitado mais as oportunidades de estudar e de trabalhar. O que isto demonstra é que as pessoas frequentemente tem a impressão de terem deixado passar diversas possibilidades por medo, receio, timidez ou pela opinião alheia.
Veja também o texto – 5 maiores arrependimentos
O que é muito interessante na pergunta é que podemos parar por um momento de olhar para trás mas também podemos olhar para frente. Será que daqui a cinco, dez, quinze anos o eu do futuro vai olhar para o eu de hoje e dizer a mesma coisa? Aproveite mais?
Como aquela música Epitáfio, dos Titãs, “Devia ter…amado mais…ter chorado mais…ter feito o que eu queria fazer”.
Escolha melhor
Uma das pessoas que comentou lá no post no facebook disse que diria a si mesmo: “Obedeça papai”, dando a ideia de que os conselhos paternos – ou maternos – teriam sido muito úteis se tivessem sido seguidos. É parecido com outro leitor que disse, em resumo: “Escolha melhor”.
Uma das vantagens de ir ganhando experiência é que vemos a importância das escolhas. Uma única escolha errada pode alterar a vida por anos e anos. E, infelizmente, nem sempre temos a capacidade de enxergar longe quando somos mais novos. Afinal, uma das características da adolescência e juventude é a inconsequência. Um de meus amigos, aos quinze, dizia sempre “Dane-se” quando tinha alguma coisa para fazer, como obrigação. Porém, ele logo percebeu que, no fundo, ele se importava e que “Dane-se” durava apenas cinco minutos e logo ele tinha que lidar de novo com a realidade e com as responsabilidades.
Um dado alarmante que observamos nas consultas de psicologia é que, nos problemas de relacionamento, há sempre muita inconsciência sobre si mesmo e sobre os motivos das escolhas amorosas. Freud já alertava que alguém pode se apaixonar por apenas um único detalhe, como a cor dos cabelos… e é comum que a escolha por um tipo de pessoa seja quase aleatória. Não há a percepção de que todos os ex tem características semelhantes (e indesejáveis!), nem consciência sobre em que consiste a escolha. O X da questão é que, antes de escolher, nós temos que conhecer o que queremos, o que desejamos e, mais fundamentalmente, temos que saber mais a respeito de quem somos.
Nas respostas do face, também encontramos falas curiosas, entre o trágico e o cômico, que expressam esta situação das escolhas erradas. Uma das leitoras disse que diria para si mesma no passado: “Não case!”
Ame-se mais!
Ter amor por si mesmo pode parecer estranho para muita gente. Alguns psicanalistas diriam que é sinal de narcisismo, outros já acham que significa arrogância, prepotência, nariz em pé. Mas o que chamamos de auto-elogio ou podemos chamar de auto-reforço é muito importante para o crescimento pessoal.
Se fazemos uma atividade com grande capacidade, porque não reconhecer o fato? Porque não elogiar a si mesmo após um trabalho bem feito? Porque não passar a se cuidar mais, esteticamente e fisicamente?
O argumento para muita gente, para não se amar, é o mesmo dos que consideram que só é possível amar uma única pessoa ou uma única coisa (como um sorvete ou atividade profissional). Ora, podemos amar muitas pessoas diferentes como os nossos pais, irmãos, amigos, além dos animais e, por último na lista mas não menos importante, a nós mesmos. Quer dizer, para muita gente é como se amar a si mesmo fosse sinônimo de incapacidade de amar o próximo.
No face várias pessoas não disseram especificamente “Ame-se” ou “Ame você mesmo” mas disseram frases que tem relação com este tipo de atitude, que pode mudar uma vida: “Você pode”, “Você vencerá”, “Seja você”…
É como se diz, se você não acredita em você, quem vai acreditar? A base da confiança é a autoconfiança.
Conclusão
O passado já passou e, apesar da sua importância, por ter efeitos nos dias atuais, o melhor caminho é pensar daqui para frente. Como dizemos aqui em Minas Gerais, “não adianta chorar o leite derramado”. Se você parou para pensar na frase e no que diria para si mesmo, aproveite a sua frase e as frases compartilhadas neste texto para o uso daqui para frente.
Para concluir, mais três respostas que poderiam ser a minha resposta ou a sua:
“Viva intensamente!”
“Seja feliz!”
“Avante sempre!”
eu diria: dance mais! Para mim a dança é uma das melhores formas de terapia. Você libera estresse, dores psíquicas, mal-estar, reclamações, e passa a refletir sobre tudo antes de reclamar. Amo!
Fiz tudo isto!
Muito bom Felipe! Um cerebro bem aproveitado esbanja reflexividade para si e para os que se veem em estagio inferior de aprofundamento da capacidade pisiquica. O tempo e mesmo a melhor escola q existe; A vivencia desenvolve nos mais observadores um senso comum bem esclarescedor sobres as verdades da vida. Eu imagino uma frase que diz: “Nao suportariamos a velhice, nao fosse por comportar nossa sabedoria”. Mesmo em nivel relativo; quem envelhece tem conviccao de que aprendeu algo da vida. E adimiravel concluirmos q alguem disprovido de conhecimentos cientificos especificos e capaz de superar um estudioso, em algum quisito do almanaque da vida. E muito comum alguem mais velho dizer: “Gostaria de levar a experiencia de hoje pra viver minha juventude do passado”. Eu imagino a tajetoria da vida como uma busca por agua de alguem navegando sobre um volumoso rio. A viagem acontece no sentido contrario a correnteza de maneira a navegarmos em busca da fonte. A medida em que vamos navegando naquela abundancia, deixamos certos criterios de lado; pois ha muita agua… E parece que nunca ira acabar. Mas com um certo tempo de viagem temos a frustracao de perceber que a abundancia era so uma fase; mas por outro lado, a bagagem que nos fez perceber isso tambem nos deu nocao de aprender a aproveiter melhor aqueles recursos que cada vez mais diminuia; porem com uma qualidade significativamente maior. Por ser cada vez mais escasso, aprendemos a nos tornar mais criteriosos e pratico, pois adiquirimos experiencia; a qual entre tantas licoes diz que a vida e breve pra quaquer idade, e que devemos viver intensamente sem demorarmos tanto a decidirmos pelas boas escolhas.
Portanto: “Siga-se.”
“Seja você”.
Olá Ana Cecília!
Excelente dica!
Já vi uma pensamento que dizia o seguinte: “Quando você parou de dançar?”
É uma ótima pergunta para avaliação e para retornar, não é mesmo?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Maria Aparecida!
Obrigado por comentar!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Domingos!
Muito boa a sua metáfora!
É sempre um prazer ler seus comentários por aqui!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Marcos!
Obrigado por comentar!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Rodolfo!
Obrigado por comentar!
Seja você é a frase que sintetiza todo o caminho de individuação, de tornar-se quem se é, um dos mais importantes processos estudados pela psicologia!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Eu gostaria de ter me amado mais!
Olá Zípora!
Como digo no texto, agora é daqui pra frente!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
ter me conhecido mais…
Olá Eliana!
Realmente, o autoconhecimento é fundamental!
Além de muitas outras formas, a terapia é muito útil para nos conhecermos…
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Ame mais, estude mais, se preocupe menos…
Olá, Felipe!
Eu diria: vença seus medos. O medo é uma auto-defesa, mas em excesso acaba nos prejudicando.
Boa semana, Felipe!
deixe viver
Extremamente importante a questão que você levantou quanto o que perguntariamos para nós mesmos daqui 15, 20 anos, isso me fez refletir muito, e vou fazer o possível para daqui 20 anos eu tenha boas respostas.
“Vai com calma!” E ao mesmo tempo “a hora é agora”…. Mas são muitas coisas que gostaria de dizer …..
eu nnão eria emotiva, eu choraria menos, sofreria menos.
Eu teria sem dúvida aproveitado mais as oportunidades de trabalho, e teria estudado mais, jamais teria feito as escolhas que fiz.
Bom Dia Felipe!
Estou no primeiro semestre da graduação,e sinceramente muitas das vezes me pego pensando se esta carreira ira me proporcionar aquilo que espero.
Gosto de lidar com pessoas,gosto de ouvi-las. Quando me inscrevi no curso,sabia das dificuldades,da leitura,da filosofia,e etc.Porém,meus professores estão me passando uma imagem de um profissional frio e metódico!
Não ouvi ninguém ainda me dizendo dos reais prazeres de ser um psicologo. Ok,não estamos lá para “se conhecer” já que um médico não faz medicina para se auto operar,nem para ajudar os outros,pois se fosse é melhor ajudar velhinhos a atravessarem a rua. (Escuto isso o dia todo). Eles querem nos dizer que somos CIENTISTAS.
Mas afinal,isto esta correto? É por impressão minha ou talvez ingenuidade,não estou no curso certo onde poderei de alguma forma proporcionar o bem ao próximo?
Achava que psicologia era estudar o comportamento humano como ser humano em si,e não como um experimento.
Isso tem me causado certas duvidas perante ao curso,ao mesmo tempo que sei que ainda é cedo,tenho medo de seguir um caminho errado. Não quero trabalhar sem paixão,sem amor. Se for assim prefiro continuar sendo secretária,com meus relatórios e planilhas. Pelo menos não vou ficar cinco anos pagando mais de mil reais mensais pra nada!
Me ajuda,por favor!!
Bjsss
Eu diria a mim mesma: Estude psicologia.
Mas como tu disse “O passado já passou e, apesar da sua importância, por ter efeitos nos dias atuais, o melhor caminho é pensar daqui para frente.”
E é isso que estou fazendo, acompanhando seu site, estudando tudo o que posso =)
Parabéns pelo site :)
Não mude nada continue assim! Pois são através dos erros e acertos é que somos quem somos hoje!.
Olá Inez!
Excelentes considerações…
Existe um livro que achei fantástico chamado “Não leve a vida tão a sério”…rsrs
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Míriam,
É verdade!
Não sei se você já leu o nosso texto – 6 medos básicos da humanidade
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Solange!
Ótima resposta!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Lady Lu!
Muito bacana a frase que você marcou!
E vamos que vamos!
Atenciosamente
Felipe de Souza
Seja leve!
Olá Maria Helena!
Sim, dai na sua resposta podemos ver a importância da autoestima!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Alessandra,
Justamente, este é o ponto principal que eu gostaria de levantar com o texto!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Tamyres,
A mensagem em 2 palavras é interessante porque resume e pode dar como se fosse um conselho ou dica (que pode ser utilizado daqui pra frente também).
Mas claro! Podemos dizer muito mais!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Bruna!
Excelente sua questão!
Bem, a psicologia é considera uma ciência, assim como a sociologia, biologia, química, física, etc porque utiliza os métodos de estuda da ciência. Porém, também podemos dizer que não é uma ciência, ou melhor, que é uma ciência que precisa de métodos particulares. Assim, por exemplo, é a visão do humanismo e do existencialismo que acredita em um outro tipo de ciência. É a mesma ideia por trás de ciência humana, quer dizer, a psicologia não pode ser igual á física já que o objeto é o ser humano (por isso, ciência humana!)
Só que por outro lado, vamos ter que lidar sim com os laboratórios, com estatísticas “frias”, com um método sério e distanciado. Isto, por incrível que pareça, nos ajuda a entender melhor o paciente, ou o cliente, ou o funcionário (se for em uma empresa).
Por isso gosto tanto da perspectiva de Jung que diz o seguinte: “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”.
Tente procurar pelo humanismo e pela psicologia analítica, que vão ser perspectivas mais próximas da sua visão de mundo, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Jocilene!
Entendo. Mas e daqui pra frente? Será que não dá para estudar mais e aproveitar mais as oportunidades?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Lana!
Tirar um pouco o peso das contas e relaxar, né?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Adymara!
Obrigado por comentar!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Duas coisas:priemeira:Seja você e a segunda; segue em frente
Olá!
Obrigado por compartilhar!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Eu diria a mim mesmo pra me preocupar menos com as coisas. Acho que daqui a alguns anos direi o mesmo para mim hoje: “Sê menos paranoico. Sabes muito bem que isso é apenas um pensamento.”
Eu diria: Bitcoin + Coaching.