Olá amigos!
A maioria das pessoas que sonha em fazer a faculdade de psicologia imagina o trabalho no consultório. Porém, como sempre falamos aqui no site, a psicologia clínica é somente uma das alternativas para quem se formou na área.
Uma área tão rentável e procurada pelos profissionais é a psicologia organizacional, ou seja, o trabalho dentro de empresas públicas e privadas, nacionais, multinacionais, indústrias. Para quem ainda está conhecendo as possibilidades de atuação, é, portanto, bastante interessante conhecer mais sobre este trabalho. Um sinônimo para psicologia organizacional é Recursos Humanos (Human Resources).
Mas o que faz um profissional da psicologia dentro das empresas? Como é a atuação no RH?
O que um profissional da psicologia faz no RH?
Antes de descrevermos as competências destinadas ao profissional da psicologia no RH, é importante saber o que significa RH. Afinal, o que quer dizer Recursos Humanos?
Uma empresa, desde a mais pequena até a maior de um país, é composta de recursos. Ao criarmos uma empresa, temos que dizer os recursos que ela tem: mesas, cadeiras, computadores, maquinário, dinheiro destinado a investimentos futuros, etc.
Por volta da década de 1970, os psicólogos humanistas e existenciais que começaram a trabalhar dentro das empresas defendiam que uma empresa não é apenas os recursos materiais, visíveis e palpáveis. Na verdade, o que mais importa na empresa são as pessoas que estão ali, diariamente, trabalhando para o seu crescimento.
Assim, ao invés de falarmos de recursos materiais (ou financeiros), falamos dos recursos humanos, psíquicos, mentais, emocionais, comportamentais dos funcionários, do peão ao diretor geral. Será na soma dos seus esforços que a empresa crescerá ou irá à falência.
Podemos dizer que o profissional da psicologia no RH tem 6 funções principais.
As 6 funções principais do profissional da psicologia no RH
1) Recrutamento
Digamos que estamos trabalhando em uma empresa que está expandindo a sua planta para a criação de um novo produto. Com as novas instalações, serão necessários mais 30 funcionários. Como encontrar 30 funcionários competentes, sérios e capazes para serem contratados?
Tudo começa no recrutamento. O recrutamento consiste na procura por candidatos que estejam em busca de uma colocação ou recolocação. O recrutamento pode ser realizado através de diversas formas: em anúncios nos jornais, em sites especializados na internet, na divulgação em empresas que tercerizam o serviço de RH, em cartazes colados em lugares estratégicos da cidade, entre outros.
Portanto, o recrutamento é, basicamente, encontrar um número suficiente de candidatos para participar do processo seletivo. O padrão é chamar um número de 3 a 5 vezes maior do que o número de vagas para ter como avaliar cada candidato e compará-lo com seus concorrentes.
2) Seleção de Pessoal
Depois de realizado o trabalho de recrutamento, é preciso selecionar quais dos candidatos são mais adequados aos perfis das vagas. Se temos 30 vagas e 150 candidatos, teremos que criar um processo para reduzir o número total ao número exato de vagas. Como passar de 150 pessoas para 30 no final do processo?
Assim como acontece em outros tipos de processo seletivo (como vestibulares ou concursos públicos), monta-se uma estrutura para que os melhores (no sentido de terem o perfil desejado) sejam escolhidos.
O mais comum é que sejam realizadas entrevistas individuais, dinâmicas de grupos e a aplicação de testes psicológicos (a única parte de todas as 6 funções que pode ser realizada apenas pelos profissionais da psicologia).
3) Treinamento e Desenvolvimento
Continuando com nosso exemplo, digamos que depois de terem sido escolhidos os 30 candidatos, teremos que explicar os detalhes da empresa e da função. Além disso, em muitos casos, mesmo tendo escolhido os 30 melhores, será preciso passar para os novos candidatos qualidades e competências específicas, pois nem sempre o candidato já os possui.
Por exemplo, se para a nova planta da fábrica, forem destinados 1 supervisor para cada 3 funcionários, certamente será desejável que o supervisor tenha a qualidade de liderança. Mas e se ele for uma pessoa com um excelente currículo e excelente perspectiva de crescimento, mas não tiver ainda desenvolvida a qualidade de liderança?
A empresa poderá investir e possibilitar para ele conquistar esta nova habilidade, através de cursos, seminários, workshops dentro e fora da empresa. Todo este processo é nomeado de treinamento e desenvolvimento.
4) Departamento Pessoal
Em muitos filmes americanos, vemos que, quando o funcionário é despedido (ou tem o risco de o ser) ele é chamado para comparecer no Recursos Humanos. Só a menção do nome, RH, já traz desconforto porque pode realmente ser o sinal do desligamento da empresa.
Recomendamos – Curso Departamento Pessoal
Mas como estamos vendo, a parte da empresa responsável pela burocracia da contratação e pela burocracia do desligamento é melhor designada como Departamento Pessoal. É uma área na qual o profissional da psicologia talvez venha a trabalhar, porém, normalmente, a área é mais lotada de profissionais da área de ciências contábeis.
5) Avaliação psicológica
A avaliação psicológica, em minha opinião, é o serviço realizado pela psicologia nas empresas que mais tem relação com a psicologia em si. Como o próprio nome diz, a avaliação psicológica é o procedimento de avaliação de um perfil de um indivíduo ou, em alguns casos, de um grupo de trabalho.
A avaliação psicológica perpasse todas estas áreas de atuação no RH, sendo um importante instrumento para que gerentes e diretores tomem decisões sobre o desempenho dos funcionários ou, antes, se o candidato deve ou não vir a ser contratado ou se, depois, ele pode contribuir com a melhoria da empresa na entrevista de desligamento.
6) Entrevista de desligamento
Quando o funcionário vai deixar a empresa, ele também está deixando para trás os seus supervisores ou chefes (e, se tiver, os seus subordinados). Como está se desligando da empresa, ele não sofre mais nenhum tipo de pressão para esconder determinados fatos.
Por exemplo, na entrevista de desligamento (totalmente sigilosa), ele pode revelar o mau comportamento do seu chefe, a displicência de certo setor ou a necessidade de melhorias no maquinário, na remuneração, nos benefícios.
Conclusão
Em outro texto, eu mostrei as semelhanças e diferenças do profissional da psicologia, do administrador e do tecnólogo em Recursos Humanos.
Veja aqui – Gestão de RH, Psicologia e ADM
Muito esclarecedor e de fácil entendimento.
Obrigado Rosemary!
Parabéns pelo seu trabalho, deixo minha sugestão de texto (Qual o momento correto de mudar de emprego?)
ESTOU ADORANDO SUAS PUBLICAÇÕES,SÃO DE FÁCIL COMPRESSÃO.TRABALHO EM UMA PEQUENA EMPRESA E TENHO MUITA DIFICULDADE EM MOTIVAR MEUS COLEGAS ,SERIA INTERESSANTE UMA MATÉRIA SOBRE ESTA QUESTÃO.
OBRIGADA.
Olá Mirlene, obrigado!
Em breve escreveremos mais sobre motivação!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Me ajudou muito em meu curso de psicologia. Obrigado e parabens!
Olá quero fazer a psicologia por que amo o R&S .
Voce me aconselha fazer psicologia para trabalhar em Empresa ou Consultório?
Qual vai me levar a ter uma vida financeira melhor.
OBRIGADA!
Olá Rafaelly!
Bem, isso vai depender muito das circunstâncias. A psicologia é um curso mais amplo (e longo) e por isso dá maiores possibilidades de atuação (outras áreas além do RH). Se você quer trabalhar no RH, considere Gestão de RH – um curso mais curto – ou Administração – um curso também longo mas mais voltado ao ambiente organizacional do que a psicologia.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
ola sou estudante psicologia e tenho que fazer um trabalho de entrevista de psicologa organizacional gostaria de saber se você poderia me responder umas perguntas por email ou presencialmente
Olá Thain!
Há muitos anos que não trabalho nessa área. Abraços
Pesquisei o seu CRP no conselho federal de Psicologia e não deu resultado, por acaso escreveu errado? Só fiquei com curiosidade.
Olá Gabriella!
Mudei recentemente para São Paulo. O CRP novo é 06/145929.
Abraços