Elaine Weltroth é uma importante autora na área de Design de carreira (Orientação Profissional). Neste texto, compartilharei com vocês as ideias dela sobre a chamada zona de genialidade, que incorpora paixões, habilidades, talentos e valores.

Paixão:

O que você poderia fazer até altas horas da noite (ou muito cedo pela manhã) até mesmo sem receber por isso? Qual atividade(s) você é simples apaixonado(a)?

É ok talvez não saber ao certo o que é a sua paixão. Geralmente a nossa cultura estabelece uma serie de regras, padrões e crenças que nos afastam daquilo que gostamos, daquilo que amamos, daquilo que é e continua sendo a nossa paixão. Por isso, geralmente, ajuda pensar para além das finanças. Se você ganhasse na loteria, o que iria fazer? Se você não precisasse se preocupar com o pagamento das contas… quais atividades continuaria fazendo?

Então, tudo bem não saber exatamente ainda as próprias paixões. Mas vale a pena começar a investigar mais fundo.

O objetivo, no final das contas, é tentar fazer um pouquinho mais daquilo que te dá brilho nos olhos.

Habilidades:

A partir de tudo o que você já viveu até hoje, considerando a história pessoal e profissional, certamente você desenvolveu habilidades que podem ser usadas. No mercado de trabalho, muitas vezes se fala de hard skills and soft skills, que podemos traduzir como habilidades “duras” – que são competências ligadas ao trabalho específico (como saber programar) e habilidades “leves”, que são aquelas mais ligadas ao comportamento e às habilidades sociais, como saber se comunicar.

Assim, cada uma das habilidades que fomos desenvolvendo até aqui podem ajudar na construção do caminho que queremos.

Talentos

Muitas vezes não olhamos para os talentos que temos, que existem em nossa personalidade, em nosso ser. Cada pessoa possui talentos próprios, específicos, que estão desde sempre dentro de si, como uma semente que está presentes a germinar ou que já está presente – como uma árvore com frutos. Porém, muitas vezes não valorizamos e nem notamos nossos próprios talentos.

Uma técnica que pode ajudar é perguntar para as pessoas próximas (que estejam dispostas e sejam gentis) para falar quais são os nossos talentos: o que fazemos bem?

Valores

São como o norte que nos direciona para onde queremos ir. Uma forma de se aproximar dos valores é se perguntar o que importa mais do que dinheiro? Em seguida, pergunte: por que? A resposta vai te ajudar a conectar com o que você valoriza, com os seus valores, com o que é importante para você na vida.

Outra forma de se aproximar dos valores é pensar sobre as pessoas que admiramos. Por que admiramos esta pessoa? O que esta pessoa faz, quais são as suas atitudes e comportamentos que são admiráveis?

Os valores nos ajudar a tomar melhores decisões. Podemos pensar nas oportunidades ou caminhos futuros e considerar se estão ou não alinhados com o que valorizamos.

A Zona de Genialidade como intersecção e união

A ideia é que, ao considerarmos os nossos valores, talentos, habilidades e paixões possamos encontrar oportunidades que considerem estes 4 elementos. Talvez ajude buscar em nossa história pessoal indícios que reúnam e indiquem esta zona de genialidade. Historia pessoal aqui significa lembranças ou eventos que outros possam se recordar desde a infância que tragam características de nosso próprio ser nesta união e intersecção.

Em outras palavras, com o passar dos anos, por vários contextos e influencias, podemos ir deixando de lado os nossos talentos, habilidades, valores, paixões… e a vida pode vir a se tornar uma busca por evitar situações e problemas e não uma vida baseada em ir atrás do que é importante, do que é significativo, do que é o nosso propósito.

São duas formas muito diferentes de viver. Uma nos faz nos afastar do desejável, da nossa zona de genialidade e a outra traz a zona de genialidade para cada vez mais próximo.

Evidentemente, nem tudo é perfeito e nem tudo sai conforme o esperado. Mas, me diga, você prefere viver uma vida fugindo do que é desagradável ou com motivação para construir uma vida que faz sentido (que faz sentido para você e não para o próximo, para a família ou quem quer que seja)?

Conclusão

Este processo de descoberta do que importa, do que é significativo pode levar um tempo. Não precisamos correr com esta descoberta. Exige reflexão e existe dar um tempo para pensar, sentir e ir encontrando as respostas.

Se você precisar de ajudar, lembre-se que você pode sempre procurar um profissional da psicologia.