Muitas pessoas não sabem que existe a terapia breve, que pode ser realizada em pouquíssimas sessões e, em alguns casos, até mesmo em uma única sessão. Além disso, as sessões podem durar de 25 a 30 minutos. Os locais de intervenção podem ser instituições de saúde como, por exemplo, hospitais, clínicas e, claro, também consultórios.

A Terapia de Aceitação e Compromisso Focada (Focused Acceptance and Commitment Therapy), FACT, foi criada por Kirk Strosahl e Patricia Robinson, autores também de um curso online que estou fazendo agora.

Os princípios são da Terapia de Aceitação e Compromisso, mas incluem novidades interessantes. Neste texto, falarei sobre a avaliação inicial e sobre os 3 pilares da FACT para a intervenção.

Avaliação inicial

A avaliação inicial centra-se em 4 áreas da vida:

  • Relacionamentos (família, amigos, relacionamentos amorosos),
  • Trabalho e/ ou estudo,
  • Saúde,
  • Entretenimento, diversão lazer.

Tendo uma visão geral dessas áreas, passamos para o que podemos chamar de problema central, a queixa que trouxe a pessoa até a sessão, que muitas vezes está relacionada às áreas anteriores.

Os 3 Pilares de intervenção

Na ACT utilizamos os 6 processos do hexaflex:

  • Aceitação
  • Presença
  • Desfusão Cognitiva
  • Eu observador
  • Valores
  • Ações compromissadas com os valores

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Na FACT os 6 processos são sintetizados em 3 pilares:

– Abertura

– Consciência

– Engajamento

Abertura significa ir contra a evitação emocional, ou seja, passar a sentir e se abrir aos sentimentos e emoções e sensações físicas. Uma parte significativa dos problemas psicológicos tem relação com evitação. Entender que sentir uma emoção “negativa” como tristeza ou ansiedade é normal e poder se abrir para elas possibilita uma melhora importante, ao passarmos a não mais tentar fugir do que sentimos, nem buscar refúgio em falsos refúgios como acontece com os vícios.

Consciência é ter mais atenção para o que está acontecendo aqui e agora, bem para o que está passando na nossa mente, como pensamentos e imagens. Outra parte significativa dos transtornos consiste na fusão cognitiva, acreditar piamente nos pensamentos que surgem sem ter consciência de que são pensamentos apenas.

Os pensamentos também aparecem como regras rígidas como “tenho que acertar sempre” ou “tenho que ter um trabalho X para ser um excelente profissional. Se for um excelente profissional, serei uma pessoa digna”. E muitos outros que são bem conhecidos na terapia cognitivo comportamental.

E, por fim, o terceiro pilar é o engajamento, que consiste em ativar comportamentos que pararam de ser realizados ou começar hábitos e comportamentos novos que sejam condizentes com o que é importante para a pessoa.

Assim, na FACT, após a avaliação inicial das áreas da vida e do problema central, no final da sessão é proposto um experimento comportamental que a pessoa se sente confiante em fazer ou um exercício ou prática que envolva o aumento da abertura ou da consciência.

Conclusão

Evidentemente que a terapia breve, que é realizada em poucas ou mesmo numa única sessão, não é indicada para todos os casos. Muitos casos precisam de um acompanhamento de meses ou anos.

Porém, é importante para profissionais e pacientes saberem da possibilidade da terapia breve, que pode ajudar muito em momentos pontuais de nossas vidas.

Agende uma sessão – Dr Felipe de Souza – 11984156914