Depois de colocar o ponto final na minha tese de doutorado, após 139 mil 777 palavras, respirei aliviado. Ainda que eu fosse há muitos anos fascinado pela psicologia analítica de Jung e ter o gosto de escrever, havia sentido por diversos momentos ao longo dos quatro anos de doutorado o que os escritores profissionais chamam de bloqueio de escritor (writer’s block). Respirei aliviado quando terminei porque sabia que tinha feito um bom trabalho, mas este não teria sido possível sem a ajuda do Coaching.
Tendo tido a experiência pessoal do que é o Coaching e de que ele realmente funciona, fiz eu mesmo um Curso Internacional para ser um Coach. A palavra coach significa treinar e treinador. Em inglês, é muito utilizada, por exemplo, para mencionar o treinador de um time de futebol, baseball ou outro esporte coletivo.
Da forma como vemos hoje, o sistema de Coaching nasceu dentro do universo empresarial. Antes, era muito comum que profissionais capacitados para ajudar as empresas, como psicólogos e administradores, fizessem consultorias, palestras e workshops. Evidentemente, esta prática continua existindo e funciona. Porém, após a realização deste tipo de treinamento, muitas empresas passaram a demandar um acompanhamento mais de perto, individualmente ou em pequenos grupos (para líderes, chefes, executivos).
Podemos entender o Coaching como um processo que conduz à realização de objetivos, objetivos estes bem definidos logo nas primeiras sessões. Terminar uma tese de doutorado, aumentar a produtividade, aprender a liderar são exemplos de objetivos claros e mensuráveis. A diferença com relação à psicologia clínica é que esta aborda questões que podemos chamar de mais “profundas”, como os porquês do comportamento, suas causas e razões, e, apesar de que possam existir objetivos para o paciente, nem sempre a metodologia vai na direção da sua resolução, pois, a psicoterapia pode trabalhar, ao mesmo tempo, com muitas questões inter-relacionadas, com transtornos mentais leves, moderados ou graves e geralmente é mais longa que o Coaching.
Como sou psicólogo e Coach, entendo bem esta diferença. Às vezes, clientes de Coaching precisam, de verdade, de psicoterapia (e são encaminhados). E, às vezes, ocorre o inverso. Também é importante salientar que nada impede que façamos os dois processos, a psicoterapia e o Coaching, simultaneamente.
Sobre a formação para ser Coach
No Brasil e no mundo, não existe uma regulamentação de um órgão sobre quem pode e quem não pode fazer um Curso para ser Coach. Muitos profissionais da psicologia fazem o curso para ter mais ferramentas em seu trabalho (e poder atuar ora como psicólogo(a), ora como Coach). Profissionais ligados às organizações e empresas – como administradores e economistas – também fazem o Curso para aprender habilidades específicas para realizar o Executive Coaching.
Igualmente, muitos profissionais que estão insatisfeitos com suas carreiras estão buscando o Coaching para mudar o seu rumo profissional.
Com os resultados do Coaching, vemos a sua crescente popularização por aqui e ao redor do mundo. Além do Exectuvie Coaching, encontramos outras aplicações específicas como Life Coaching (Coaching para a vida), o Career Coaching (Coaching de Carreira, para a escolha da faculdade, profissão, mudança de rumos profissionais), entre outros.
Como em toda área, existem profissionais capacitados e profissionais mal-capacitados ou que nem deveriam poder atuar.
Leio sempre seus artigos, quero muito fazer o curso de Coach, mas estou em faze de pesquisa…Onde você fez? Quais detalhes orienta ficar atento?
Gratidão.
Parabéns ! Pelo seu trabalho, eu acompanho os textos que você criar, todos São excelentes. Só por curiosidade quantas páginas da 139.777
Ricardo,
Eu fiz no Instituto Holos. Estamos divulgando o Curso Gratuito, que é ótimo! Recomendamos!!
Veja mais aqui – http://bit.ly/artigopsicologiamsn
Joenio, obrigado! Ficamos muito felizes que esteja nos acompanhando!
A minha tese tem 300 páginas, relativamente maior que a maioria das teses de doutorado.
Felipe, parabéns pelo texto! Sou life coach com ênfase em emagrecimento e sinto falta de uma maior divulgação, pois a maioria das pessoas nunca nem ouviram falar. Gravei até um vídeo explicando, se tiver interesse depois dê uma olhada em meu canal :)
Oi Mariana! Obrigado por comentar!
Deixe o link para o vídeo aqui no comentário! Dai quem vier depois poderá ver com facilidade ok
Oi Felipe, tudo bom?!
Li o seu texto mas eu tenho uma ressalva, por experiência própria!
Há alguns anos eu fiz um coaching com um profissional que não era psicólogo, o meu objetivo era entender melhor se eu realmente deveria continuar na mesma carreira.
No final dos encontros acabei vendo o quanto a psicologia fez falta para esse coach, talvez pq eu já seja terapeutizada, enfim.. Acho que existe uma banalização do curso e da carreira, só pq ele é um curso caro, qq executivo que se acha bem sucedido, tambem se acha apto a ser coach vai lá paga e faz. Enfim.. Só um ponto de vista ;)
Obrigado pelo comentário Rachel!
Infelizmente existem profissionais capacitados e mal capacitados em toda profissão, não é mesmo? Eu vejo isso o tempo todo na area da saúde.
O Coaching nos EUA se desenvolveu mais do que aqui. Lá, apesar de não haver a regulamentação também, o pessoal entendeu que existem possibilidades muito interessantes de nichos de mercado. Por exemplo, uma pessoa que tem muito conhecimento de moda pode ser um Coach nesse setor, existe Coaches de produtividade (até de programas específicos como Evernote), entre outros.
Enfim, as possibilidades são enormes. De toda forma, ao contratar um profissional podemos checar suas referências, ver indicações, e também perguntar se ele oferece o tipo de abordagem que estamos precisando.
Olá, Felipe, é sempre um prazer e uma mais-valia a leitura e aprendizagem com os seus artigos. Graças ao seu conselho, sou hoje mais uma aluna do Instituto Holos com formação em “Mentoring e Coaching Holo-Sistêmico (Holomentoring)”. Muito obrigada!