5 Comentários

1. 

   Augusto Amaral Dutra no 31/10/2015 a partir do 15:15

   Muito bom, parabéns

2. 

   Raquel no 31/10/2015 a partir do 16:23

   Felipe, muito interessante a sua explicação. Excelente didática.

3. 

   Professor Felipe de Souza no 31/10/2015 a partir do 18:15

   Obrigado!
   :)

4. 

   Mercedes Requena no 31/10/2015 a partir do 19:17

   Olá Felipe, muito bom o seu comentário desta técnica muito difundida atualmente, porém, sem tirar o mérito da mesma, devo dizer que ela não é nada mais do que a meditação praticada há milênios pelo budismo e induísmo. Há décadas alguns mestres como Osho, por exemplo, ensinou várias meditações (ativas e passivas) justamente para desenvolver aquilo que hoje conhecemos como atenção plena. Mesmo este conceito, a meditação budista a usa desde sempre, como disse, há vários anos.
   É importante reconhecer que mindfullness não é novidade e não é criação de nenhum psicólogo norte americano, sem desmerecê-los. Devo citar também, Gurdjief que deixou um grande legado com técnicas fantásticas de atenção plena e hoje em dia ninguém fala e muitas pessoas desconhecem o seu trabalho. Os rosacruzes que também tem como base de seus ensinamentos místicos várias técnicas de atenção plena, sendo que a meditação é livre e aberta a todas as pessoas interessadas em desenvolver-se.
   E citando ainda neste “breve” comentário mestres do passado como Patânjali (360 A !), reconhecido como um dos grandes codificadores do Yoga e, sem dúvida, uma autoridade no assunto, e tantos outros ao longo da história.

   Obrigada e pratiquemos, independente dos nomes, pois a humanidade precisa disto para ficar mais saudável.
   Meditação, seja ativa, passiva, ou outro nome que queiramos dar deve ser livre e aberta para todos.

5. 

   Professor Felipe de Souza no 31/10/2015 a partir do 20:18

   Mercedes,

   Bem, esta é uma questão muito interessante e eu posso mais pra frente publicar um texto só sobre este tema. Por um lado, é verdade que as técnicas meditativas vem do oriente e mais especificamente do budismo. (Entretanto, também sabemos que estas técnicas são muito anteriores ao Gotama, que diz ter aprendido técnicas de Shamata com outros mestres).

   Se considerarmos que o estado de atenção plena é uma função psíquica, um estado psicológico ou mental, não fará sentido designá-lo como budista ou hindu. Assim como não faz sentido dizer que os sonhos são freudianos, por exemplo.

   Nas últimas décadas, devido às pesquisas científicas das Terapias Baseadas em Mindfulness, os benefícios sobre a prática de técnicas de Mindfulness e meditação tem se tornado mais claras. Isso acontece porque, até então, havia dúvida e receio da comunidade científica, especialmente da medicina e da psicologia, sobre os motivos pelos quais seriam indicadas as práticas, em virtude de sua origem supostamente religiosa.

   Este vídeo é muito bom sobre o tema – https://www.youtube.com/watch?v=0QgDXzV6OOc

   De acordo com Ausiàs Cebolla i Martí,as primeiras pesquisas foram realizadas por Jon Kabat-Zinn a fim de comprovar a eficácia do Programa MBSR, Mindfulness para redução do Stress, aplicado à dor crônica (1982) e à ansiedade (1995), embora já houvessem pesquisas sobre o zen e a meditação transcendental antes, é comum demarcar o início do crescimento e divulgação das práticas de Mindfulness com Kabat-Zinn.

   Tais pesquisas tinham por objetivo investigar a eficácia das práticas em determinadas doenças e transtornos mentais. Somente em uma segunda etapa é que os objetivos visaram entender os mecanismos psicológicos que acontecem no processo. Esta segunda etapa é normalmente creditada a Zyndel Segal, John Teasdale e Mark Williams.

   Por fim, é isso mesmo! As técnicas de Mindfulness, por serem laicas, podem atrair um número maior de ocidentais e ser utilizada em diversos contextos. Depois de conhecer as possibilidades, as pessoas podem (ou não!) buscar as origens nas tradições.

   Atenciosamente,
   Felipe de Souza

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