Olá amigos!
Este é um texto para quem está pensando em fazer terapia com um profissional da psicologia e quer saber mais sobre cada uma das possibilidades. Também pode ser útil para quem está cursando a faculdade de psicologia e ainda não se decidiu por uma linha teórica.
Explico: a psicologia tem várias linhas ou abordagens e cada uma delas vai ter técnicas específicas. Dizendo de uma maneira bem simples: cada profissional vai ter um “jeito” de atuar. Vamos conhecer os principais tipos?
1) Psicanálise
Começo pela psicanálise de Freud porque ela é consirada uma das 3 forças da psicologia. Durante a faculdade, estudamos muito a obra freudiana e quem deseja se aprofundar acaba fazendo uma pós-graduação ou um curso de formação (que dura cerca de 5 anos).
Antes de desenvolver seu método próprio, Freud utilizava a hipnose. Ele observou que os pacientes melhoravam depois de algumas sessões, mas era frequente o retorno dos sintomas anteriores depois de um tempo. Deste modo, e por não gostar de hipnotizar, ele abandonou a hipnose e passou a utilizar o método da associação livre.
Funciona assim: o paciente chega ao consultório do psicanalista e nas primeiras sessões são realizadas sessões de avaliação, chamadas tecnicamente de entrevistas preliminares. Depois dessa avaliação e se for indicado, o analista explica o método e o paciente deita-se no divã.
O método consiste em falar tudo o que vier à mente, sem criticar o que vier, mesmo que seja bobo, estranho ou sem sentido. O analista, por sua vez, vai ajudar o paciente nesse processo, permitindo com que ele rompa as suas resistências e se abra. Também fará interpretações e com as elaborações do paciente, o processo de análise propicia autoconhecimento e transformação gradual dos sintomas.
Importante notar que é um método não diretivo. Ou seja, o analista não sugere que o paciente faça isto ou aquilo ou diga isto ou aquilo. A análise acontece a partir das associações do paciente e são analisados os sintomas (os sofrimentos) e sonhos, se estes aparecerem.
Muitos pensam que o analista fica quieto a sessão inteira e só o paciente fala. Não é muito por aí. Um bom analista vai interpretar em diversos momentos, embora possa ficar em silêncio durante parte do processo. Quer dizer, um analista que fique a sessão inteira em silêncio – e em todas as sessões – simplesmente não está fazendo o seu trabalho.
A duração de uma análise é extremamente variável e existe uma questão se há ou não o fim da análise (para quem quiser saber mais, recomendo o texto Análise Terminável e Interminável, de Freud). Mas digamos que uma análise para propiciar mudanças leve de 6 meses a 2 anos. Na medida em que é um processo igualmente de autoconhecimento, muitos continuam a análise até depois de terem superado seus sintomas iniciais e alguns ficam dez anos ou mais fazendo análise.
2) Psicologia Analítica de Jung (Análise junguiana)
Jung foi um dos mais importantes psicólogos do século XX. Ajudou na consolidação da psicanálise entre os anos de 1907 e 1912 e foi inclusive o primeiro Presidente da Associação Psicanalítica Internacional. Entretanto, ele discordou de certos pressupostos de Freud.
Na terapia junguiana, nota-se diferenças significativas com relação ao método de Freud. Em primeiro lugar, o analista não fica de costas para o paciente (deitado no divã). Os dois sentam-se frente à frente. Assim como na psicanálise, os sonhos podem vir a ser uma importante fonte de informações sobre o paciente, porém, como a noção de inconsciente é diferente nas duas linhas, vamos encontrar na Psicologia Analítica de Jung o conceito de personificação do inconsciente.
Em outras palavras, quando sonhamos, sonhamos narrativas. Nestas narrativas encontramos certos personagens que, de tempos em tempos, vão mudando.
Para entrar em “contato” com estes personagens Jung preferia utilizar o método da imaginação ativa, ao invés de utilizar o método da associação livre. Na imaginação ativa, o paciente aprende como deixar livre as suas fantasias e a se aproximar destes seus outros lados internos.
Para ajudar na imaginação são utilizadas técnicas geralmente ligadas às artes. Por isso, Jung é bastante estudado em cursos de arteterapia. Não raro são usadas pinturas, esculturas, desenhos, técnicas de escrita, técnica da caixa de areia (Sandplay).
3) Behaviorismo – Comportamental
Quando mencionei a psicanálise, disse que ela é considerada uma das 3 forças da psicologia. A segunda força é a comportamental, já que a Psicologia Analítica de Jung pode ser classificada como uma teoria próxima da psicanálise, nas chamadas psicologias psicodinâmicas (que defendem a existência do inconsciente).
É difícil dizer de um único behaviorismo, pois existem escolas que também divergem entre si sobre determinados aspectos. Mas conseguimos entender a abordagem em geral se percebemos que a sua visão é de que devemos entender e modificar o comportamento.
A psicologia comportamental começa com Watson e é expandida com os geniais estudos de B. F. Skinner, que conseguiu comprovar empiricamente, em laboratório, diversas relações funcionais entre estímulos antecedentes, comportamento e estímulos consequentes.
Um comportamento não é apenas o que fazemos. Os pensamentos, as emoções e a fala também são definidos como comportamentos. E o comportamento humano possui uma estrutura que tem regras. Melhor dizendo, existem leis que nos permitem compreendê-lo e alterá-lo.
Um organismo (um sujeito) se comporta de determinada forma com seus amigos e de outra com sua família. Este é apenas um exemplo de como o comportamento se modifica de acordo com o meio. (O meio também inclui o que pensamos, sentimos internamente, ou seja, o que os outros não conseguem observar diretamente).
Assim, a terapia comportamental foca os seus esforços na modificação dos comportamentos. É uma abordagem mais diretiva. O analista comportamental vai avaliar o que o paciente precisa e vai ajudar com técnicas específicas para a transformação. Técnicas estas que serão direcionadas para o problema particular do indivíduo.
Por exemplo, digamos que o paciente tenha medo de altura. O medo é um resposta condicionada do organismo. Isto significa que a altura elicia uma resposta que o paciente não consegue alterar. Como não consegue alterar por si, ele procura fugir do medo, o que não resolve nada, apenas mantém a resposta de medo com o comportamento de esquiva (de fuga).
Neste caso, o analista pode utilizar uma técnica como a dessensibilização sistemática. A grosso modo, seria como fazer aproximações sucessivas a fim de que o medo vá diminuindo aos poucos com a exposição ao ambiente que gera o medo.
Este é apenas um exemplo. Para cada problema ou transtorno, o analista comportamental possui técnicas específicas para ajudar o paciente. Não raro são passadas “tarefas de casa” para serem feitas entre uma sessão e outra. Por isso falamos que é uma abordagem mais diretiva. Não raro também acontece de o analista sair do seu consultório e ir junto com o paciente para lhe ajudar em uma determinada atividade, como enfrentar o medo de altura.
4) Humanismo
O principal expoente da terapia humanista é o psicólogo Carl Rogers. É difícil dizer em poucas palavras como funciona a sua terapia centrada na pessoa. Mas penso que o seu conceito de aceitação incondicional nos ajuda a entender os seus princípios e o modo como ele conduzia a psicoterapia, individualmente ou em grupo.
Para Rogers, só podemos mudar quando nos aceitamos. Como ele dizia: “O paradoxo curioso é que quando eu me aceito como eu sou, então eu mudo“.
O exemplo clássico para a aceitação ser fundamental para a mudança é o problema do álcool e drogas. Enquanto uma pessoa usa uma determinada substância, ela geralmente acredita que não é viciada e que tem um controle sobre o uso. Pode até brincar sobre o seu abuso, porém não aceita de verdade que tem um problema. É só quando aceita que tem um problema que ela consegue mudar.
Evidentemente, a terapia centrada na pessoa não está ligada apenas a este tipo de mudança. A aceitação incondicional por parte do terapeuta vai propiciar ao paciente a compreensão de si mesmo.
Também conseguimos compreender a utilidade e eficácia da terapia humanista quando percebemos que a autocrítica é terrível para a saúde mental. A aceitação por parte do terapeuta e até o carinho que ele demonstra por seu paciente (chamado preferencialmente de cliente no humanismo) faz com que ele também passe a se autoaceitar como é. E a aceitação gera mudança, e junto gera mais autoconfiança.
As sessões na terapia humanista não são estruturadas. O humanismo é classificado como a terceira força na psicologia e procurou estudar menos as doenças mentais e mais os estados ótimos do ser humano, como os estados de realização pessoal e espiritual.
5) Psicoterapia Corporal – Reich
Reich foi um importante psicanalista. Também discordou de Freud, assim como Jung e Adler, por questões teóricas, políticas e práticas. Para ele, apenas sentar e falar sobre o que se sente e sofre seria insuficiente para a melhora, já que o sofrimento psíquico se reflete no corpo como um todo.
Com a sua interessantíssima teoria das couraças do caráter, ele procurou mostrar esta relação entre tensão muscular e sofrimento psíquico, tratando os sintomas não só a partir da expressão verbal, mas principalmente com a modificação do corpo, com posturas corporais diferentes, mudança no equilíbrio e baricentro, respiração e relaxamento das tensões destas couraças (olhos, boca, garganta, diafragma, genitais, ânus).
A psicoterapia de Reich é, portanto, mais física e corporal e menos verbal e mental. São feitas avaliações individuais para se investigar o que é necessário mudar e técnicas individuais são prescritas tendo em vista a avaliação prévia.
6) Terapia Cognitivo-Comportamental
Falamos acima sobre a terapia comportamental. A Terapia Cognitivo-Comportamental, conhecida como TCC, é uma modificação que surgiu na comportamental a partir especialmente dos trabalhos de Aaron Beck sobre a depressão.
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Curiosamente, Beck começou pesquisando em laboratório se as hipóteses de Freud sobre o luto e a melancolia (depressão) estavam corretas. E, aos poucos, foi entendendo que era a cognição, ou seja, a forma de pensar e interpretar o mundo – peculiar em cada transtorno mental – que fazia o paciente adoecer.
A grosso modo, seria como se cada paciente tivesse uma forma de ver o mundo. Quando esta forma mudava para uma forma “depressiva” ou “ansiosa” ele passava a ter todos os sintomas da depressão ou da ansiedade. Tudo o que o terapeuta, portanto, precisava fazer era ajudar o paciente a voltar a ter uma visão de mundo, uma cognição, diferente e mais adequada para enfrentar os estímulos externos.
A terapia cognitiva comportamental, semelhante à terapia comportamental, é diretiva. Possui sessões estruturadas e geralmente o psicólogo vai informar a média de sessões para o problema que está sendo tratado.
Saiba mais aqui – 10 Princípios da Terapia Cognitiva
7) Transpessoal
Podemos situar a psicologia transpessoal como uma derivação das psicologias humanistas e existenciais, ou seja, Rogers e Maslow, entre outros. Com os estudos dos estados ótimos do ser humano, a psicologia transpessoal começou a notar que era fundamental atentar para as concepções de personalidade e eu.
Em geral, pensamos que a nossa personalidade total é o que vemos, ouvimos, cheiramos, tocamos, pensamos, sentimos, ou seja, tudo o que está relacionado com o eu, com o ego.
Para a psicologia transpessoal, entretanto, o eu é apenas uma parte da personalidade total. E uma parte que pode causar problemas.
Vou tentar explicar. Nós temos uma consciência que se atenta para os estímulos internos e externos. Quando vemos uma flor, nós vemos uma flor. Posso dizer: “estou consciente de que existe uma flor na minha frente”. Mas quando eu tenho um pensamento, eu confundo, e penso que eu sou o meu pensamento. Digo: “eu estou pensando nisso, e por estar pensando nisso, sou assim, gosto disso, gosto daquilo”.
De forma que confundimos. Assim como a flor não é quem somos, o eu (o que se pensa internamente) também não é a nossa essência ou a nossa personalidade integral. Tudo isso pode parecer uma conversa filosófica maluca, porém, quando se trata do sofrimento é muito importante.
Se alguém diz que eu sou burro, novamente, se eu confundo o pensamento com o eu, posso ficar muito magoado. Agora, se eu entendo que o eu, o ego, é apenas uma parte de mim e que a minha essência é maior do que o eu, do que o ego, eu posso ficar mais livre e sofrer menos.
No fundo, é como se passássemos metade da vida ou mais tentando defender um ego, que nem seria tão importante quando imaginamos, perto de quem somos de verdade. Esta é a visão da psicologia transpessoal, a psicologia além da pessoa (do ego).
A terapia transpessoal será extremamente variada. De acordo com cada terapeuta terá um certo tipo de prática.
8) Mindfulness Psychology
E por fim, não poderia deixar de mencionar a Mindfulness Psychology, a Psicologia da Atenção Plena. Em 1979, Jon Kabat-Zinn publicou um livro que foi revolucionário na psicologia e na medicina chamado Full Catastrophe Living.
Basicamente, o que Kabat Zinn fez foi pegar técnicas da meditação budista e utilizar em pacientes internados em hospitais com dor crônica e doenças graves. Ele retirou toda a conotação religiosa e pegou apenas as técnicas. Seria como utilizar a meditação como uma ferramenta.
Na Mindfulness Psychology, então, são utilizadas várias técnicas meditativas: meditação sentada (com foco na respiração), meditação andando, meditação de escaneamento corporal, técnica da uva passa, entre outras.
O que ficou comprovado em centenas de pesquisas científicas publicadas em renomados jornais acadêmicos é que as práticas, se forem realizadas constantemente, auxiliam na redução do stress, da dor, da ansiedade e ajudam em casos de depressão e outros transtornos – quando o paciente já está estabilizado.
Ou seja, as técnicas são úteis para melhorar concentração, atenção mas também podem ser utilizadas concomitantemente com farmacologia ou outros tipos de psicoterapia.
As sessões podem ser individuais, mas geralmente são realizadas em grupos que se encontram por períodos de 8 a 12 semanas.
Conclusão
Neste texto, procurei mostrar os principais tipos de psicoterapia que encontramos na psicologia. Existem outros tipos que não mencionei no texto como a psicologia existencial, fenomenológica, Gestalt-Terapia, psicologia positiva. Segui uma ordem geral conforme a Associação Psicológica Americana. (Caso você saiba e queira complementar, comente abaixo).
Como é um texto breve, ele procura ser geral e detalhado na medida do possível. Se você gostou de um destes tipos, procure saber mais e pergunte para o profissional com o qual pretende se tratar qual o tipo que ele utiliza – ou estude mais a linha teórica caso esteja fazendo psicologia.
Em muitos casos, a psicoterapia não tem sucesso total porque os objetivos pessoais do paciente e as ferramentas utilizadas não são as mais adequadas. Afinal, nem todos os tipos de psicoterapia vão funcionar para todos os tipos de pacientes.
Se você já teve algum tipo de experiência anterior com psicoterapia e, se por ventura não gostou, pode ser a abordagem teórica do profissional. Ou pode ser o profissional. Somos seres sociais e gregários e o fator empatia (ou antipatia) não deve ser desconsiderado em um tratamento.
Dúvidas, sugestões, complementações – desde que educadas – deixe seu comentário abaixo!
Os comentários são moderados. Terei prazer em publicar desde que contribua com o que foi falado no texto e com a leitura dos nossos queridos leitores!
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Conteúdo riquíssimo. Aprendi absurdamente! Muito obrigada.
Olá,
O título que você escolheu menciona as abordagens citadas como as “principais” e corremos o risco de limitar as informações ao público que busca psicoterapia. Como você solicitou que o leitor acrescentasse outras abordagens, eu colocaria o Psicodrama e, se julgar necessário, após a leitura de meu comentário, posso acrescentar a explicação sobre tal abordagem. Att., Ana Elisa.
Olá Ana Elisa!
É verdade!
Se puder acrescentar, será maravilhoso!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Grata pelo conteudo. Faca a parte 2 falando das demais como gestalt e existencial. Por favor. Abcs.
Eu adicionaria, além do Psicodrama, a Gestalt-Terapia. (Que está no bojo das abordagens humanistas, ao lado da ACP de Rogers).
Obrigada pela dedicação e generosidade em contribuir com tamanha riqueza de conteúdo.
Excelente texto, Felipe!! Muito obrigada!!
Me formei no ano passado, tbm em Psicologia, e optei por permanecer na área organizacional, que já atuava desde o início da faculdade. Então pra mim é muito importante esse tipo de conteúdo, pois relembro, me aprofunfo e continuo aprendendo sobre esse mundo tão vasto que a nossa formação nos oferece.
Parabéns… e mais uma vez, obrigada.
Att.,
Taisa Lemos.
Gostaria de saber um pouco mas sobre a abordagem da psicologia sistêmica ! E como ela e trabalhada, e quais são os princípios básicos. Pode ser de forma bem resumida ! como você vez sobre as 8 abordagens
Olá Fernands e Deivison!
Eu atualizei o texto com o link na conclusão sobre a Gestalt-Terapia.
Mas está faltando no site mesmo falar sobre a existencial. Falaremos em breve.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Anderson!
Realmente a sistêmica também acabou ficando de fora.
É virtualmente impossível falar de todas as linhas em um único texto. Segundo consta, são mais de 100 tipos.
Mas escreveremos mais sobre a sistêmica em breve, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Gostaria de saber mais informações sobre psicologia fenomenologia, vi essa matéria na faculdade e me interessei muito. Desde jjá agradeço.
Olá Teia,
Eu atualizei o texto com links para a fenomenologia também, mais as bases da fenomenologia (filosofia) do que as práticas, mas já dá para começar.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Desculpe Felipe , mas não consegui ver o texto com o links.
Felipe, muito bom. Esse tema interessa à todos. Quem estuda, quem trabalha e quem participa de psicoterapia. Abs,
Teia,
Veja aqui – https://psicologiamsn20220322.mystagingwebsite.com/?s=fenomenologia
Prof. Felipe, creio que o grande expoente da Psicologia Humanista seja o criador da 3ª Escola de Psicoterapia Vienense, Viktor Frankl, o qual acredita que se vemos as pessoas como elas são, as tornamos piores, e se as vemos como poderão ser, as tornamos melhores, como o vc é um profissional de clinica sabe que isto é óbvio Aliás, Carl Rogers rejeitava Frankl quando chegou aos EUA, mas logo Frankl o procurou para um diálogo e Rogers ficou convencido de que sua teoria funcionava no ser humano.
Abs
Muito bom, parabéns!
Apenas um comentário: a Gestalt-terapia também vem da linha humanista. Na verdade a Gestalt tem sua visão de homem é permeada por estas três filosofias: Humanista, Existencial e Fenomenológica. Neste sentido, acho que valeria a pena incrementar o item 4.
Gratidão,
Tatiane
Olá Francisco!
Frankl é fantástico!
Em breve, farei um curso sobre duas obras dele. Totalmente gratuito.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Tatiane!
Obrigado por comentar!
Eu acho o nome Gestalt em Gestalt-Terapia um pouco inadequado. Se estudarmos a Gestalt do início do século, veremos que ela se parece pouco com a Gestalt-Terapia. Então, para mim, me parece um nome um pouco deslocado e que incorpora mais influências de outras vertentes, como você mencionou e até da psicoterapia corporal.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Oi Felipe,achei interessante a sua iniciativa e queria colaborar um pouco
sou psicólogo e estudo a teoria Reichiana a muitos anos
acho importante para quem vai estar escolhendo uma linha dentro da psicologia
gostaria de salientar que as faculdades de psicologia no Brasil estão estruturadas mais em torno da psicanálise e da comportamental
outras linhas são passadas superficialmente aos alunos,e quem quiser conhecer
vai ter que buscar esse conhecimento atraves de artigos ou livros dos autores
queria dizer que há em todas as linhas ramificações
por ex a psicanálise se ramifica em: psicanalise kleiniana,Winnicottiana , Lacaniana, que são outros enfoques sem perder o basico da teoria de Freud
Reich também vem de Freud,assim como Jung,pois Reich chegou a ser diretor da clinica psicanalitica de Viena,fez psicanalise e ajudou Freud na construção da mesma em relação a resistencia do paciente
Reich tira o paciente do divã e o coloca em sua frente para melhor observa-lo
percebe que o que acontece no psiquismo se expressa no corpo de alguma maneira,interferindo na sua postura e respiração e começa a relacionar as duas coisas traduzindo para o paciente o que ele estava vendo na postura ou atitude do mesmo,acreditava tambem que para se atingir problemas ocorridos dos 0 aos 2 anos era necessário acessar a memoria corporal,pois nessa fase não existiam as palavras,portanto não adiantava muito a terapia pela fala
pra não me estender muito queria dizer que assim como Freud teve ramificações Reich tambem teve.
os continuadores de Reich,se dividem em dois ramos conhecidos como ,pós Reichianos, que seguem a terapeutica de Reich com pequenas modificações e os Néo-Reichianos que mudam um pouco ,ou muito do seu enfoque
como pòs -Reichianos podemos destacar a escola de E.Baker que se mantem nos estados unidos,e a escola de vegetoterapia de Federico Navarro,um neurologista Italiano que sistematiza o trabalho de Reich,existindo escolas de formação em São Paulo e no Rio de Janeiro,seu principal livro para quem tenha interesse se chama “Somatopsicodinâmica ”
Como Néo Reichianos temos : a escola Biodinâmica fundada pela terapeuta Norueguesa Gerda Boyesen, livro básico para quem quiser saber” Entre Psique e Soma “com instituto em São paulo onde são dados cursos de formação de 4 anos ,procurar no google “IBPB” tambem a escola de Biossintese que tem como fundador Daivid Boadela,tambem com cursos de formação em são paulo
e Rio,outra vertente é a escola de Bioenergètica fundada pelo medico Alexander Lowen ,principal livro “Bioenergética ” e a terapia formativa de Stanley Keleman, como vc pode ver são muitos caminhos a se conhecer, e todos partem de Reich,muito mais pode ser dito de Reich ,mas paramos por aqui,espero ter dado um pouco mais de luz sobre os caminhos inumeros do conhecimento do ser humano ,parabens pela iniciativa e abraço.
Fantastica a sua contribuiçāo Roberto!
MUITO obrigado!
Atenciosamente
Felipe de Souza
Não sou brasileira, vivo no Reino Unido, descobri este site por acaso e estou encantada com o seu conteúdo. É muito rico e pertinente.
Obrigada por partilhar o seu conhecimento com o público.
E que venham mais posts!!!!!!
Obrigada!
Professo, parabéns pelo texto. Sou psicanalista e utilizo, dentro das necessidades individuais de cada caso, algumas ferramentas ou sub-abordagens de apoio. Estas abordagens são de apoio por não serem, cada uma delas, a abordagem escolhida como principal no caso. Assim cada uma das cem ou mais é a principal quando eleita para um caso (teoricamente, porque nenhum de nós consegue trabalhar tantas). Assim, numa análise, pode ser que trabalhe com TCC, como pano de fundo, por alguns meses, para os sintomas melhorarem e dar condições de uma caminhada mais lúcida. Houve um caso, por exemplo, que tive que usar a TCC, mas era muito urgente a necessidade de melhora dos sintomas e acrescentei ainda a sub-abordagem por alegorias, que sempre ajuda muito, especialmente com crianças e adolescentes. Eu dava ensinamentos sobre o pensamento e levava a paciente a entender a aceitar a movimentação do material emergente em sua mente e as alegorias a levavam de forma mais suave a considerar os enfrentamentos comportamentais. Bem, escrevi tudo isto com a intenção de mostrar aos recém formados e alunos dos cursos da área PSI que estamos numa época em que não há uma linha rígida a seguir, mas cada profissional da PSI terá seu caminho, no qual todas as principais abordagens interagirão. Daí ser necessário muuuito estudo!! Este tema é tratado com maestria no livro organizado por Forbes, “Psicanálise, a clínica do real”. Muitíssimo obrigado
Olá Gedson!
Obrigado por comentar e sugerir o livro do Forbes!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Faço terapia com base na Análise Transacional atualmente. Das linhas que já conheci como cliente (nos últimos 20 anos), esta tem sido a mais eficiente. Percebo avanços importantes no meu processo com ganho em ampliação de consciência e autonomia. Adoro!
Que interessante Andreia!
Há um tempo que não ouvia falar da Transacional. Uma grande profissional da psicologia, amiga minha, fez sua pós nessa área.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Excelente colocação Gedson Almeida, acredito plenamente nesta forma de trabalho. Parabéns Felipe de Souza, o site é riquíssimo!
Oi Felipe, gostei muito do seu blog, Parabéns! sou estudante de psicologia, porém estou tão confusa em relação as áreas de atuação, na verdade, gostaria que você postasse artigos e textos, em relação as áreas, atuação e também remuneração, ou me oriente se possível.
Olá Larissa!
Temos diversos textos sobre as áreas de atuação.
Veja em nossos Cursos Grátis, especialmente do Curso de Psicologia – https://psicologiamsn20220322.mystagingwebsite.com/2014/08/cursos-gratis-de-psicologia-psicanalise-e-pnl.html
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Felipe,
curso Psicologia e seu espaço tem sido de grande valia para meus estudos. Parabéns.
Abs
Oi Felipe, parabéns pelo blog, sou graduada em História e Direito e estou interessada de fazer uma especialização na área de psicanalise para trabalhar com família e casal, porém não sei como fazer, pois onde moro não tem faculdade ou curso nessa área, vendo seu blog senti desejo de pedir orientação sobre o que é mais viável fazer, até porque não tenho como sair daqui para fazer faculdade em outro local. Você acha que apenas uma pós graduação é suficiente para trabalhar na área de psicanalise, em especial com esses grupos família e casa? Gostaria que você me respondesse e se possível uma orientação qual caminho seguir, ainda sobre cursos/pós online ou até mesmo telepresencial. Obrigada.
Olá Selma,
Veja aqui – https://psicologiamsn20220322.mystagingwebsite.com/2014/11/psicologia-ou-psicanalise-qual-devo-escolher.html
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá, professor Felipe. Tenho uma dúvida simples, mas que me “incomoda” muito. A Terapia Cognitivo-Comportamental é composta pela junção de duas Teorias independentes: a Teoria Cognitivista e a Teoria Behaviorista (Comportamental), correto? Logo, existe psicólogos cognitivos-comportamentais. Mas existe também psicólogos SÓ comportamentais e, ainda mais, existe psicólogos SÓ cognitivistas? Ou essas duas teorias, na prática, não funcionam de forma individual?
Espero de me feito entender.
Abraço e parabéns pelo excelente trabalho.
Olá Júlio!
Sim, existe um debate muito grande a este respeito. Muitos psicólogos comportamentais (da linha de Skinner e colaboradores) pensam que as concepções da psicologia cognitiva não são necessárias, que o behaviorismo radical já daria conta de tudo. Nesse sentido, são só psicólogos comportamentais e não cognitivo-comportamentais.
Embora também seja possível ser somente um psicólogo cognitivo (da linha de Aaron Beck), o mais comum é que os cognitivos se apropriem de técnicas e conceitos da comportamental, embora, do seu ponto de vista, a cognitiva seja mais completa e vá mais além (até em termos de pesquisas científicas).
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Parabéns pela iniciativa, Felipe! Muitas pessoas não tem conhecimento dessas informações! E é difícil encontrar profissionais dispostos a falar de outras abordagens além da que trabalham! Muito bom!
Ei Felipe, sou aluna do curso de Psicologia e tenho muito interesse nessa área de TCC. Terei que escolher uma abordagem para atendimento em clínica na faculdade e queria um conselho em qual escolher, já que TCC não está presente.. Apenas psicanálise, comportamental, analítica, humanista e gestalt. Obrigada!
Olá Carol,
Se você tem interesse na TCC, o mais próximo seria a comportamental, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Não entendi a omissão do psicodrama que é uma das mais praticadas no Brasil (inclusive a segunda maior em número de profissionais especializados).
Olá Tiago!
Isso se deve mais ao meu desconhecimento do psicodrama do que de uma omissão proposital ou preconceito de nossa parte, ok?
Normalmente, pelo que acompanho, a linha não está muito presente na graduação. Mas em breve, escreveremos sobre.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá,
Adorei a matéria que li, gostaria de saber se posso usar mais de uma abordagem em minhas terapias, acho que uma completa a outra, posso estar errada,mas será que posso adequar as abordagens de acordo com a queixa e o meu paciente ?
Obrigada.
Olá Felipe! Muito boa a abordagem dessa temática. Reforço aqui o pedido de que aborde também a psicologia sistêmica contemplando suas possibilidades interventivas, não só na psicoterapia de família e casais, mas no âmbito individual também. Abraço.
Olá Jussara!
Em breve teremos um texto específico sobre a sistêmica, ok?
Obrigado pela sugestão! :)
Ola Professor Filipe de Sousa, eu sou Quina Antonio-Mocambicana,
A psicologia e o que eu sonho fazer, nao porque sou boa a psicologia,mas porque quero me conhecer e conhecer os outros. Mas nao tenho como fazer e como comecar.
Olá Quina,
Ter um desejo, uma vontade é o primeiro passo. Talvez as condições do momento não sejam favoráveis, mas logo poderão ser.
Boa sorte!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
OLá! Sinto muitíssimo que não tenha acrescido ás principais intervenções a Sistêmica! É importantíssimo trabalhar o sistema onde nos situamos como indivíduos. As interações sociais são desde a mais tenra infância a base da nossa constituição psíquica.
Texto bom..mas lembro do psicoterapia de Moreno.
Acredito que o link aberto para falar sobre a fenomenologia não deixou clara a clínica embasada nesta perspectiva já que apresentou a teoria.
Itala, obrigado por comentar!
Realmente, não sou um especialista em fenomenologia. Mas temos outros materiais sobre aqui – http://www.psicologiamsn.com/?s=fenomenologia
Boa noite! Eu comecei a me tratar com uma psicóloga que não quis me dizer sua linha teórica. Ela ficava calada me olhando fixamente. Isso acontecia também com outras perguntas que eu fazia, tipo “você conhece minha cidade?” Outro dia, eu a encontrei nos corredores da clínica e quis fazer uma pergunta e ela grosseiramente disse q só me responderia durante a sessão, mas logo depois disso ela atendeu, no mesmo corredor, uma paciente fora de sua sessão. Eu a abandonei imediatamente. Estou aguardando uma nova profissional porque dependo de vaga de algum que atenda pelo plano de saúde. Como foi mencionado, não tenho como me abrir com uma pessoa que não teve empatia. Abraços!
Rosilene, isso pode acontecer com qualquer profissional não é? É importante lembrar que podemos procurar por outro…
Olá, Felipe! Sou psicóloga com especialização em Reich. Adorei sua iniciativa. Tem uma energia vibrante e acolhedora seu trabalho. Abraço.
Olá Professor Felipe. Parabéns por mais um belo trabalho!!!
No entanto, eu acho que nessa lista deveria constar sem dúvidas a ACT, Terapia de Aceitação e Compromisso de Steven Hayes. Na minha humilde opinião é hoje, uma das principais teorias da Psicologia. E eu gostaria de fazer um pedido, se possível for é claro: que o Sr. possa falar um pouco das duas teorias que mais me chamaram a atenção até agora, são elas: ACT, (Terapia de Aceitação e Compromisso) e a TCC, ( Terapia Cognitiva Comportamental), explicando por exemplo o que as duas têm em comum e o que têm de diferente, e qual das duas possuem mais estudos de eficácia comprovada, e por fim, qual das duas o Sr. indicaria para uma especialização. Explico, é que sou estudante de Psicologia e estou em um dilema: sou apaixonado pela TCC de Back, mas tem alguma coisa que me atrai muito na ACT, de Hayes e eu não estou conseguindo me decidir entre essas duas teorias. Gostaria de uma opinião pessoal sua. Qual seria a melhor para se especializar e seguir carreira?
Perdão pelo texto longo e confuso.
Obrigado.
AH! só mais uma coisa por favor! a final como se conceitua corretamente a ACT Terapia de Aceitação e Compromisso? é uma teoria puramente comportamental, como a análise do comportamento aplicada que não faz menção a cognição, ou seria uma evolução da TCC de Back? ou seja, ela possui um lado mais cognitivo ou mais comportamental?
Boa Noite!
Obrigado por compartilhar seu valioso conhecimento!
Oie!
Recomendo estudar as duas abordagens, rsrs.
Já temos vários textos aqui sobre ACT. É só pesquisar ok.
A ACT é considerada uma abordagem dentro da chamada terceira onda das TCC’s.
Abraços
Texto muito rico, achei interessante a grande quantidade de informações dentro de um texto relativamente curto.
Senti a falta da Logoterapia, Psicodrama e Sócio-histórica, visto que são abordagens com bastante ênfase nas últimas décadas!
Eu posso atuar na área Organizacional usando a Terapia Cognitivo-Comportamental?
Sendo fluente em algum idioma, posso ser contratado por uma empresa em outro país?
Obrigado.
Sim sim Hebert. Lembrando que para trabalhar com psicologia é preciso ter a graduação.
Obrigado Filiphe!
Temos alguns textos sobre logoterapia. Sobre psicodrama e sócio-histórica não tenho tantos conhecimentos. Abraços
Parabéns aprendi muito
Felipe obrigado por esse espaço. Que bom vc estar compartilhando conhecimento. Faço faculdade de psicologia e ainda não tinha me situado bem com as abordagens. Aqui tirei muitas dúvidas.
Abraços