Olá amigos!
Esta semana eu publiquei um artigo sobre a homossexualidade para Jung. É um texto introdutório que busca mostrar algumas concepções sobre a presença da feminilidade no homem e da masculinidade na mulher, uma embrião dos conceitos de anima e animus. O texto é introdutório – embora com uma indicação completar para leitura – porque se baseia no Livro Vermelho.
Com este texto recebi diversos comentários e emails pedindo para que eu falasse sobre a homossexualidade para Freud. Evidentemente, a questão acaba caindo na mesma intenção do de Jung: a ser uma introdução sobre a temática em Freud, tendo por base uma carta.
Veja também – A Homossexualidade para a neurociência
Caso queira realmente entender a questão, sugiro que você se inscreva para o nosso Curso Três Ensaios sobre a Sexualidade
Carta de Freud para a mãe de um homossexual
Certa vez, a mãe de um jovem homossexual escreveu uma carta a Freud com a intenção de que seu filho fosse “curado” pelo psicanalista. Eis a resposta que – apesar de ter mais de 80 anos – parece ainda igualmente válida para os nossos dias:
19 de abril de 1935
“Minha querida Senhora,
Lendo a sua carta, deduzo que seu filho é homossexual. Chamou fortemente a minha atenção o fato de a senhora não mencionar este termo na informação que acerca dele me enviou. Poderia lhe perguntar por que razão? Não tenho dúvidas que a homossexualidade não representa uma vantagem, no entanto, também não existem motivos para se envergonhar dela, já que isso não supõe vício nem degradação alguma.
Não pode ser qualificada como uma doença e nós a consideramos como uma variante da função sexual, produto de certa interrupção no desenvolvimento sexual. Muitos homens de grande respeito da Antiguidade e Atualidade foram homossexuais, e dentre eles, alguns dos personagens de maior destaque na história como Platão, Miguel Ângelo, Leonardo da Vinci, etc. É uma grande injustiça e também uma crueldade, perseguir a homossexualidade como se esta fosse um delito. Caso não acredite na minha palavra, sugiro-lhe a leitura dos livros de Havelock Ellis.
Ao me perguntar se eu posso lhe oferecer a minha ajuda, imagino que isso seja uma tentativa de indagar acerca da minha posição em relação à abolição da homossexualidade, visando substituí-la por uma heterossexualidade normal. A minha resposta é que, em termos gerais, nada parecido podemos prometer. Em certos casos conseguimos desenvolver rudimentos das tendências heterossexuais presentes em todo homossexual, embora na maioria dos casos não seja possível. A questão fundamenta-se principalmente, na qualidade e idade do sujeito, sem possibilidade de determinar o resultado do tratamento.
A análise pode fazer outra coisa pelo seu filho. Se ele estiver experimentando descontentamento por causa de milhares de conflitos e inibição em relação à sua vida social a análise poderá lhe proporcionar tranqüilidade, paz psíquica e plena eficiência, independentemente de continuar sendo homossexual ou de mudar sua condição.”
Sigmund Freud
O significado da carta
Bem, desejo apontar alguns itens na carta de Freud e, se você tiver alguma opinião sobre ou queira complementar, por favor, escreva abaixo nos comentários (seja educado, comentários preconceituosos não serão publicados).
O primeiro ponto que salta aos olhos é como Freud estava à frente do seu tempo. Esta carta foi escrita em 19 de abril de 1935. Mas você sabia que a homossexualidade ainda era considerada uma doença pela Organização Mundial da Saúde até 17 de maio de 1990?
Isso mesmo! Até 1990!
Como podemos ler na carta do pai da psicanálise, ele diz: “não pode ser qualificada como uma doença e nós a consideramos como uma variante da função sexual, produto de certa interrupção no desenvolvimento sexual”. No original, em inglês, a frase é a seguinte:
“Homosexuality is assuredly no advantage, but it is nothing to be ashamed of, no vice, no degradation, it cannot be classified as an illness; we consider it to be a variation of the sexual function produced by a certain arrest of sexual development”.
Para entendermos o que ele quer dizer com desenvolvimento sexual, teríamos que nos aprofundar nos conceitos de sexualidade, conforme os Três Ensaios sobre a Sexualidade e outros trabalhos.
O segundo ponto que gostaria de mencionar é sobre a possibilidade de tratar a homossexualidade, ou seja, transformar uma pessoa homossexual em uma pessoa heterossexual, a ideia de uma “cura gay”, que era possivelmente a ideia da mãe para quem ele escreveu a carta. Ou seja, assim como ela, muitos tem o desejo de “curar a homossexualidade” e outros até chegam a afirmar que o fazem. A resposta de Freud é a seguinte:
“A minha resposta é que, em termos gerais, nada parecido podemos prometer. Em certos casos conseguimos desenvolver rudimentos das tendências heterossexuais presentes em todo homossexual, embora na maioria dos casos não seja possível”.
Em inglês: “The answer is, in a general way, we cannot promise to achieve this. In a certain number of cases we succeed in developing the blighted germs of heterosexual tendencies, which are present in every homosexual; in the majority of cases it is no longer possible”.
Conclusão
Como digo na introdução, este texto é apenas uma introdução ao que podemos encontrar sobre a temática da homossexualidade em Freud. Para nos aprofundar na questão, é realmente necessário que passemos a estudar os conceitos de sexualidade na psicanálise (que não é sinônimo ao que utilizamos no dia-a-dia), desenvolvimento psicossexual e sexualidade infantil.
Veja também – A Homossexualidade para a neurociência
Como continuidade dos estudos, convido todos a participarem do nosso Curso sobre os Três Ensaios sobre a Sexualidade e, claro, a leitura do livro, cujos capítulos tratam diretamente o tema da sexualidade:
Lições do Curso
Lição 1 – AS ABERRAÇÕES SEXUAIS
(1) Desvios com Respeito ao Objeto Sexual
(A) A Inversão
(B) Animais e Pessoas Sexualmente Imaturas como Objetos Sexuais
(2) Desvios com Respeito ao Alvo Sexual
(A) Transgressões Anatômicas
(B) Fixações de Alvos Sexuais Provisórios
(3) Considerações Gerais sobre as Perversões
(4) A Pulsão Sexual nos Neuróticos
(5) Pulsões Parciais e Zonas Erógenas
(6) Esclarecimentos sobre a Aparente Preponderância da Sexualidade Perversa nas Psiconeuroses
(7) Indicação do Infantilismo na Sexualidade
Lição 2 – A SEXUALIDADE INFANTIL
1 O Período de Latência Sexual da Infância e suas Rupturas
2 As Manifestações da Sexualidade Infantil
3 O Alvo Sexual da Sexualidade Infantil
4 As Manifestações Sexuais Masturbatórias
5 A Investigação Sexual Infantil
6 As Fases de Desenvolvimento da Organização Sexual
7 As Fontes da Sexualidade Infantil
Lição 3-AS TRANSFORMAÇÕES DA PUBERDADE
1 O Primado das Zonas Genitais e o Pré-prazer
2 O Problema da Excitação Sexual
3 A Teoria da Libido
4 Diferenciação entre o Homem e a Mulher
5 O Encontro do Objeto
Gostei da questão “Em certos casos conseguimos desenvolver rudimentos das tendências heterossexuais presentes em todo homossexual, embora na maioria dos casos não seja possível”. Hoje com a ampliação do conceito de energia, energia pessoal, energia consciencial, libido, energia psíquica, liberação de energia do consciente para o inconsciente, no momento em que dominarmos a energia pessoal pelo pensamento e vontade, a energia só segue a fisiologia, ela não segue a anti fisiologia, a energia não sabe o que é corpo novo ou corpo velho ela segue a rota, o norte, o foco, o direcionamento dentro das adversidades, portanto é mister aprender a dominar a energia pessoal; no momento que você jogar o resultante de sua energia para algo, tudo será esclarecido.
Adorei os teus artigos, Parabéns! Como estudante de Psicologia, fico feliz em ver alguém que se formou no curso e que está mostrando que tem capacidade e um futuro promissor. Continuarei a vsualizar seus vídeos e visitar sua página! Abraço (:
Olá Clara!
Obrigado querida!
Fico extremamente feliz com o seu comentário, ainda mais por se tratar de uma futura colega de profissão!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Elias,
Obrigado por comentar!
Sempre lembrando que, quando vamos falar de Freud, temos que entender bem o conceito de libido, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Um texto objetivo que pode auxiliar algumas pessoas em seus pensamentos equivocados. Precisamos cada vez mais respeitar as escolhas do outro. Parabéns!
Olá Raquel!
Obrigado!
Essa carta do Freud acho fantástica! Tinha aqui guardada e ainda não tinha publicado!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá, Felipe! Eu sou heterossexual. Sou casada e tenho um casal de filhos. Eu gostaria que meu filho rapaz agisse como um Homem. Acho que tenho um pouco de preconceito contra os homossexuais. Mas sou contra a violência sobre essas pessoas. Eu tento compreendê-los. Se minha filha ou meu filho me disser no futuro que gosta de pessoas do mesmo sexo eu não vou abominá-lo, muito pelo contrário, vou acolhê-lo e aceitar a situação dele. Eu creio em Deus. Tenho dúvidas ainda quanto a minha religião, sei apenas que creio em Deus e sei que Deus é amor e vai entender e entende, como Freud, a situação de cada ser humano. Ser homossexual não define o caráter de ninguém. Ser mentiroso, trapaceiro, terrorista etc . Isso sim faz mal para sociedade e para o próprio ser humano. Sei que Deus vai me ajudar a vencer esse resquício de preconceito. Esse foi um ótimo texto. Eu não sabia que Platão, da Vinci e Miguel Ângelo eram homossexuais. Esta é uma questão muito antiga, não? Abraços!
Olá Zípora!
É sempre um prazer para mim receber um comentário seu!
Então, a Grécia é sempre uma referência quando se fala na homossexualidade. Por exemplo, a palavra homophilia (homofilia) vem de filos, amor, e homo (o mesmo), é o amor por pessoas do mesmo sexo. (Filos também dá a palavra filosofia = filos + sofia – sabedoria).
Quando digo que é uma referência porque, segundo os estudiosos, a homossexualidade era bem aceita entre os gregos. Também é de lá que herdamos a palavra lésbica, da ilha de Lesbos, ilha da Safo.
Mas você tem razão: não faz sentido associar mentira, trapaça, falta de caráter com uma “opção” sexual.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Felipe,
sou psicóloga e não segui a área clínica e sim acadêmica, por enquanto!!! Quero parabenizá-lo por sua forma de escrever, você é muito didático!!!!
Você tem algum texto sobre o “mal-estar na civilização”?
Te desejo saúde, paz e sucesso em sua vida. Como psicóloga fico feliz em ver um profissional comprometido!
Atenciosamente,
Lucy
Prezado Felipe, gostei muito do assunto aqui abordado. Além do tema bem interessante para estudo, gostei tb por não se apresentar de forma radical, sem ser um produto acabado, como é nossa própria existência. Parabéns !
Bom dia,
Sou pai de um homossexual e de uma lesbica, tenho 5 filhos, em sua educação mostrei que a opção sexual é exatamente o que ela diz… uma opção. Os demais assuntos como carreira e trabalho devem ser de escolhas deles, para a construção de seu futuro. No relacionamento deles mostrei que amar outra pessoa do mesmo sexo não é errado. Errado é fazer o que a maioria dos heteros fazem: – ter varios parceiros, trair e promiscuidade. Por estar vivenciando isso procuro manter sites sobre doenças sexualmente transmissiveis – DST entre outros assuntos como prevenção ao suicidio.
A verdade encontra raizes em outras existencias… E uma das principais coisas que ele deve aprender… é não descriminar ninguem.
Encontrei na homeopatia uma forma de harmoniza-los, decidi fazer um curso sobre o assunto, mais como mostrar a aguia que caiu do ninho e foi criada entre galinhas que ela uma ave que alçar grandes voos… só que depende dela.
Não espero resposta
Obrigado pelo espaço
As regras criadas em sociedade definem o que é certo e errado. Daqui a algum tempo será possível aceitar pedofilia, zoofilia… Concordo com as ideias de Freud no sentido de não considerar o homossexualismo como doença nem associar opção sexual com caráter. Contudo existem parâmetros que nossa sociedade já não valoriza como a ética, a solidariedade, a honestidade; elementos que vêm antes dos argumentos convencionados em uma constituição. As correntes filosóficas contemporâneas defendem, em sua maioria, a expansão da liberdade de expressão, o egocentrismo acentuado quando defende-se a tese: o importante é ser feliz. Não há o intento de considerar a felicidade alheia. A natureza é interpretada de formas subjetivas por pensadores de qualquer espécie. A pureza de uma família estruturada, as figuras paterna e materna, a procriação natural, a preservação da espécie… Daí vai: nem doença, nem falta de caráter. O que restará?
Olá Lucy!
Obrigado!
Fiquei muito feliz com o seu elogio! rs
Olha, ainda não temos um texto sobre o Mal-Estar, é uma boa pedida. Vou anotar aqui!
Obrigado por sugerir!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Mario!
É verdade!
Além disso, é uma questão complexa, que exige muita elucidação!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá!
Obrigado por comentar!
Muito interessante a sua disposição para informar sobre DST e outros assuntos! Parabéns pelo trabalho!
Também considero a homeopatia fantástica. Comecei o Curso da Universidade de Viçosa, mas infelizmente não foi possível concluir em virtude de minha agenda.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Carlos,
Bem, me pareceu que sua opinião vai em uma direção um pouco equivocada, que continua associando a homossexualidade com falta de ética, de honestidade, de falta de estruturação, etc.
O preconceito é um problema muito sério, que pode levar a todo tipo de violência, que, por sua vez, não leva a nada.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Felipe como já tinha comentado sou estudante de psicologia e adoro seus textos!! Então para curiosidade tive que apresentar um trabalho sobre o Livro O Banquete de Platão e em classe surgiu o tema dos gregos de como era tratado nessa época a homossexualidade. Escrevo aqui um resumo breve que do que se trata no livro do mito do Andrógeno que tinha sexo masculino e feminino e que foi separado por Zeus, dessa divisão eles tinham que encontrar a sua outra metade mas as mulheres primitivas que não chamavam atenção dos homens se inclinavam mais as mulheres e os homens que proveniente de separação de homens primitivos buscavam o sexo masculino e principalmente quando eram jovens! Pode me corrigir se houver algum erro porque eu estudo na Argentina e meus textos são em espanhol.
Olá Mayra!
Eu escrevi sobre este tema, do mito do Andrógeno, aqui – Homossexualidade e Psicologia
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Fico indignada quando alguém compara esse crime hediondo da pedofilia com orientação sexual. Não tem relação alguma! Trata-se de uma doença, de acordo com a CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados á Saúde), uma lista com as doenças conhecidas e descritas pela OMS (Organização Mundial da Saúde). O conceito de pedofilia se refere a um transtorno mental em que a pessoa sente prazer sexual quando tem estímulos que envolvam crianças ou se necessariamente precisa delas para se excitar.
Homossexual não é doente, criminoso ou sofre qualquer tipo de transtorno. Fiquei feliz em saber que o Freud já discordava do termo ‘doença’, convivo com vários gays e sempre participo de palestras, seminários e rodas de debates sobre o preconceito e agora tenho o interesse de fazer da psicologia minha aliada para ajudar quem sofre com o preconceito. Parabéns por essa nova informação, eu não tinha conhecimento dessa carta.
Obrigada!
Olá Ritinha!
Obrigado por comentar!
Você disse melhor que eu o que eu queria dizer…
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá, Felipe.
Não posso ser considerado preconceituoso por expor o que penso e aprendo, e não acompanhar o pensamento alheio. Assim como as palavras “pedófilo” e “homófobo” têm significados distantes dos contextos em que deveriam ser utilizadas. Portanto “preconceito” não se enquadra nesta ocasião (as pessoas ouvem algumas vezes e saem repetindo sem saber o que dizem).
Aqui no Brasil, hediondo crime é a Pedofilia. Homossexualismo, não. Em outros países, o Homossexualismo é reprimido, e a relação sexual entre adultos e crianças, não. Observo que os comentários dos estudiosos não levam em consideração as leis de cada país. Cada nação tem seus próprios argumentos sobre a vida dos seus cidadãos.
Sugiro a leitura de livros sobre Ética e Cidadania e assistir https://www.youtube.com/watch?v=WwaVSydcZ_M
Vamos aprender um pouco mais.
Antes de criticar as declarações dos homens nestes vídeos, procure pesquisar quem são e a carga de conhecimento que levam.
Desculpe. Freud foi uma base importantíssima para o futuro. E o futuro de Freud possui mais descobertas.
Olá Carlos,
Existem muitas definições para preconceito. Mas, enfim, não precisamos usar esta palavra, até porque aqui no site eu posto todo tipo de comentário que vise contribuir.
Como você deve saber, embora as palavras pedófilo e pederastra tenham origem etimológica muito parecida (no campo semântico), com Kraft-Ebbing (que foi inclusive o psiquiatra que fez Jung se interessar pela psiquiatria) o termo pedofilia tomou o sentido que atribuímos hoje em dia.
Com isso, atualmente, não faz sentido associar a homossexualidade com a pedofilia. Assim como não faz sentido associar com a zoofilia.
Seria mais ou menos como se eu estivesse falando do conflito na Palestina e alguém dissesse: mas e o Corínthias? E a panela de pressão? E o disco-voador? Entende? São conceitos e problemas muito diferentes que não devem ser unidos.
Com relação ao vídeo, muito interessante. Existem alguns autores que aventam a hipótese de que é a própria natureza quem cria homossexuais para que a população de uma dada espécie (não só do homem) não cresça de forma tão grande que fique impossível a preservação do indivíduo.
De toda forma, o argumento do Enéas é inválido. Seria também como dizer que se alguém é gay, ele quer fazer com que todos sejam gays. Ora, mas quem disse que o objetivo é esse?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
‘O segundo ponto que gostaria de mencionar é sobre a possibilidade de tratar a homossexualidade, ou seja, transformar uma pessoa homossexual em uma pessoa heterossexual, a ideia de uma “cura gay”.’
Cura gay? Onde foi que ELE disse isso? Fala-se em “desenvolver rudimentos das tendências heterossexuais presentes em todo homossexual.”
Seria interessante questionar essas ‘tendências’ ao invés de afirmar “uma cura gay”.
E de pensar também sobre o que esse curso pode proporcionar e o que essa faculdade te trouxe, pois, afirmar isso em um texto de Freud… ficou difícil dar algum crédito a vocês.
William,
O Freud não disse de cura gay. O que quis mostrar ao utilizar este termo que tem sido muito falado na mídia atualmente é que o interesse da mãe para quem ele enviou a carta era, provavelmente, o de curar o seu filho da homossexualidade. Que é o mesmo intento de quem afirma que é possível transformar um homossexual em um heterossexual e, em seguida, apresento e comento a resposta de Freud, de que isso é praticamente impossível.
Se você ler com calma conseguirá entender o que eu disse, pois você realmente não entendeu.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Isso me fez lembrar d um filme eu vi q tinha um grt homossexual.a pressao da mae arruinou a vida dl.o filme n era mt bom mas fiquei triste com o q aconteceu com ele pq meu melhor amg é gay e sei oq eles enfrentam. :(
Dr Felipe Souza, parabéns pelo texto; é muito interessante.
Estou surpresa com tanta informação, visto que poucos profissionais
dessa área, escrevem essas informações com tanto interesse. Me
rendo e tiro o chapéu com “excelência” para si.
Subi escrevo- Francisca Preto
Olá Francisca!
Obrigado querida!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Felipe,
Você tem algum texto que fale sobre os tipos de violência sofrida pelos LGBTs no ato da prostituição?
Olá Cristiane!
Infelizmente não temos.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Felipe,
boa tarde!
Gosto muito da forma honesta e comprometida com que posta seu conhecimento de forma acessível! Conheci o seu canal a pouco tempo, mas confesso que estou encantada.
Sou psicóloga também é atuo na clínica e no SUAS. Amo o que faço! Vejo isso nos seus relatos.
Ainda não tinha tido acesso à carta de Freud à essa mãe. Fiquei encantada!
A forma cuidadosa e compreensível com que Freud trata a demanda e anseios materno.
Tomei a liberdade de divulgá lá no meu face. Mas darei o seu crédito. Parabéns pelos posts e por ser tão acessível! Você presta um serviço à psicologia e à sociedade!
Grande abraço psicolega!
Olá Tereza!
Obrigado!
É muito bom ter feedbacks positivos como o seu!
Será sempre um prazer contar com sua participação aqui!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Creio que tão interessante quanto a presente situação seria se Freud houvesse escrito uma carta para a mãe de um heterossexual.
Sou hétero,porem, não tenho nada contra a homossexualidade.Sou espiritualista e no espiritualismo, não se julga a sexualidade do individuo e sim a sua capacidade de ajudar ao próximo através da caridade sem querer ou requerer nada em troca.Fico muito triste em ver lideres de certas religiões que tentam colocar a homossexualidade de forma ruim, vil e doentia.Como foi dito aki,Deus prega o amor incondicionalmente.O que importa é a dignidade.Seu filho pode ser gay e ser um belo cirurgião,um esplendido advogado ou simplesmente um trabalhador comum.Feio é ser hipócrita,corrupto, ladão.Fiquem bem.
Olha,o terrível eh quando se tem filho gay, mentiroso, sem caráter, promíscuo, sem coração, como eh meu caso.
“Em certos casos conseguimos desenvolver rudimentos das tendências heterossexuais presentes em todo homossexual, embora na maioria dos casos não seja possível”.
Não vejo utilidade nisso, tão pouco essencialidade ou necessariedade.
“Desde quando a heterossexualidade é a sexualidade da norma e da moral?”
O que percebo é uma ideologia heteronormativista, qual a mesma sustenta de que a norma moral vigente é de que expressemos condutas e comportamentos ou mesmo desejos que sejam considerados heterossexuais.
Determinada ideologia remonta um passado que já manifestava interesse na objetivação de uma “Cura gay” indiretamente.
Só quem tem desejos homossexuais sabe o que é isso. As pessoas que falam mal, que isso é doença, mal caratismo e etc… Não entendem que é uma coisa que nasce com a gente.
Ninguem é obrigado a viver como homossexual ou heterosseuxal… no sentido físico da coisa. Ninguem é obrigado a ter uma vida sexualmente ativa. Eu não sinto atração por mulheres, só por homens… ja tive relações com homens… mas como não acho certo, decidir não ter uma vida sexual.
Muito legal o texto do Freud, e a maioria dos comentários das pessoas.
Desejos sexuais, sejam hetero ou homo não são escolhas… satisfazer esses desejos sim.
Ahh não sou psicologo nem nada disso kkk apenas um visitante do site.
Abraço.
Professor gostaria de fazer uma pergunta sobre a homossexualidade
Partindo da logica de que Um transtorno médico deve estar associado a uma angústia subjetiva, sofrimento ou incapacidade da função social-
Me pergunto sobre os gays que querem ter filhos pois eles são obviamente incapazes de telos esses gays que querem ter filhos não estão desconfortáveis sendo gays
Sabendo que não os terrao?
Sendo assim não seria uma angustia sofrimento ?
O avanço da tecnologia e a adoção elimina isso?
Essa duvida surgiu na minha cabeca.me desculpe se estou falando besteira por favor me responda logo !obrigado.
Oi Carlos,
Existe a diferença entre ser um transtorno a homossexualidade (não é) e ter um sofrimento psíquico ligado á sexualidade. Não só gays podem sofrer por não ter filhos, heteros com certos problemas biológicos também. Neste caso, a psicologia pode ajudar.
Achei muito interessante o artigo. Não sou psicólogo. O que entendi e que está na carta, é justamente o que nós, seres racionais devemos seguir. Eu sou conservador em muitos pontos, mas não tenho preconceito quanto as escolhas de cada um. Gostaria até que você, como Psicólogo, me enviasse alguns artigos sobre essa nova inserção cultural da ideologia de gênero. Eu penso que a família, os pais principalmente, é que devem educar seus filhos para que respeitem as pessoas como seres humanos como fator único. Hoje vemos uma tentativa de movimentos e governos de calar nossas opiniões contrárias ao homossexualismo e ideologias de desconstrução que visam mudar radicalmente nossas gerações e acabar com famílias e a parte científica e comprovada biologicamente de homens e mulheres. Creio que a sociedade tem que ensinar amor, respeito e normalidade das diferenças, mas não as impor como regra e soberania sobre as concepções.
Ainda chegaremos o dia em que a sexualidade de uma pessoa não será discutida. Algo como comer alface ou couve, ninguém discute.