Olá amigos!
Recebi algumas solicitações para falarmos a respeito da Personalidade Borderline ou como também é chamada por aqui – Transtorno da Personalidade Limítrofe. A tradução de Borderline em Limítrofe é bastante acurada e, se pensarmos bem, veremos que faz todo o sentido pois o centro desta desordem psíquica é justamente o conceito de limite ou “linha de borda”. Porém, como o termo mais utilizado é Borderline, utilizaremos no texto apenas este termo.
O que é Borderline?
O CID-10, o Manual Internacional de Estatística para Doenças (mentais e não-mentais) classifica o Transtorno de Personalidade Bordeline como uma desordem de personalidade que se caracteriza de impulsividade e instabilidade dos afetos, relações interpessoais e imagem própria ou auto-imagem. Além disso, a pessoa que é diagnosticada com este transtorno apresenta grande idealização alternada com grande desvalorização sobre as outras pessoas, não raro tendo sintomas de auto-agressão e tentativas de suicídio.
Como sabemos, a tentativa de suicídio e os pensamentos sobre a própria morte tornam uma doença mental um tipo considerado mais grave, já que o indivíduo pode inesperadamente pôr fim à sua vida.
O DSM-IV que é outro Manual de referência para a classificação das doenças (neste caso, especialmente as doenças mentais) relata que o Transtorno Borderline atinge 2% da população mundial. Em clínicas ambulatoriais, este número chega a 10% e em pacientes psiquiátricos internados em instituições, este número pode subir para 20%.
Em geral, nota-se esta doença no início da vida adulta, quando há justamente mais risco de uma tentativa de suicídio. Após os 30-40 anos, o risco cai, havendo normalmente uma maior estabilidade da personalidade, com diminuição dos sintomas.
Vejamos então a lista com os Critérios diagnósticos, segundo o DSM-IV, e, em seguida, comentarei a respeito de cada um deles.
Critérios Diagnósticos para Transtorno Borderline
Um padrão invasivo de instabilidade dos relacionamentos interpessoais, auto-imagem e afetos e acentuada impulsividade, que começa no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos, como indicado por cinco (ou mais) dos seguintes critérios:
(1) esforços frenéticos para evitar um abandono real ou imaginado.
Nota: Não incluir comportamento suicida ou automutilante, coberto no Critério 5[617]
(2) um padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos, caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e desvalorização
(3) perturbação da identidade: instabilidade acentuada e resistente da auto-imagem ou do sentimento de self
(4) impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente prejudiciais à própria pessoa (por ex., gastos financeiros, sexo, abuso de substâncias, direção imprudente, comer compulsivamente).
Nota: Não incluir comportamento suicida ou automutilante, coberto no Critério 5
(5) recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento automutilante
(6) instabilidade afetiva devido a uma acentuada reatividade do humor (por ex., episódios de intensa disforia, irritabilidade ou ansiedade geralmente durando algumas horas e apenas raramente mais de alguns dias)
(7) sentimentos crônicos de vazio
(8) raiva inadequada e intensa ou dificuldade em controlar a raiva (por ex., demonstrações freqüentes de irritação, raiva constante, lutas corporais recorrentes)
(9) ideação paranóide transitória e relacionada ao estresse ou severos sintomas dissociativos
Comentário sobre os Critérios do DSM-IV
(1) esforços frenéticos para evitar um abandono real ou imaginado
As pessoas que apresentam o Transtorno Borderline fazem de tudo para não se sentirem abandonadas. O DSM-IV cita algumas situações nas quais esta tentativa de não ser abandonado por outra pessoa acontece. Por exemplo, quando o psicólogo ou psiquiatra está para terminar a sessão, surgem reações inadequadas visando que a sessão não acabe. No caso, o término da sessão é visto como um abandono (imaginado).
Outras situações semelhantes acontecem, chegando ao ponto de o indivíduo fingir que vai se agredir ou agredir alguém quando sente que está sendo deixado – ainda que seja por alguns momentos apenas.
(2) um padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos, caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e desvalorização
Este é um dos critérios mais importantes que o distingue de outros transtornos de personalidade. Em geral, há de início uma extrema valorização do outro. Quando o outro não atende as expectativas exageradas, o borderline passa a desvalorizar o objeto que, pouco antes, era sobre-valorizado. Em resumo: “Estes indivíduos estão inclinados a mudanças súbitas e dramáticas em suas opiniões sobre os outros, que podem ser vistos alternadamente como suportes benévolos ou como cruelmente punitivos. Tais mudanças freqüentemente refletem a desilusão com uma pessoa cujas qualidades de devotamento foram idealizadas ou cuja rejeição ou abandono são esperados”.
(3) perturbação da identidade: instabilidade acentuada e resistente da auto-imagem ou do sentimento de self
O indivíduo borderline pode apresentar mudanças constantes em sua identidade, ou seja, em quem pensa que é e no que pensa que deve fazer. Com isso, nota-se grande instabilidade em opiniões gerais sobre si e sobre o mundo, frequentes mudanças de atividades profissionais, interesses sexuais, valores e grupos de amigos.
(4) impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente prejudiciais à própria pessoa (por ex., gastos financeiros, sexo, abuso de substâncias, direção imprudente, comer compulsivamente).
Excluindo neste item a autoagressão direta, a pessoa com o transtorno se fere em duas ou mais situações que serão provavelmente inadequadas para a sua saúde ou qualidade de vida. Pode haver uso e abuso de substâncias químicas (drogas), compulsões sexuais ou alimentares, impulsividade e destrutividade em sua gestão financeira, dirigir no limite, entre outros.
(5) recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento automutilante
A automutilação tem sido um sintoma que temos notado com cada vez mais frequência no consultório. Adolescentes e até mesmo crianças tem tido este tipo de comportamento, como, por exemplo, cortar os braços ou pernas com um estilete ou gilete. É importante notar que o sintoma da automutilação não significa necessariamente uma tentativa de suicídio, nem pode ser, como sintoma isolado, um critério para o Transtorno Borderline. Neste, há uma constante recorrência de atitudes que tendem ao suicídio e, também, frequentes episódios de automutilação.
(6) instabilidade afetiva devido a uma acentuada reatividade do humor (por ex., episódios de intensa disforia, irritabilidade ou ansiedade geralmente durando algumas horas e apenas raramente mais de alguns dias)
Como vimos já desde o início, a instabilidade emocional exacerbada é um sintoma que define muito o que é o conceito de Borderline. No DSM-IV, encontramos um resumo deste sexto critério: “O humor disfórico básico dos indivíduos com Transtorno da Personalidade Borderline muitas vezes é perturbado por períodos de raiva, pânico ou desespero e, raramente, é aliviado por períodos de bem-estar ou satisfação. Esses episódios podem refletir a extrema reatividade do indivíduo a estresses interpessoais”.
(7) sentimentos crônicos de vazio
Este critério é fácil de entender e não há necessidade nos alongarmos nele.
(8) raiva inadequada e intensa ou dificuldade em controlar a raiva (por ex., demonstrações freqüentes de irritação, raiva constante, lutas corporais recorrentes)
A chave para entender este critério é a incapacidade ou grande dificuldade de controlar a raiva. A raiva, como uma emoção humana universal, aparece e pode aparecer para todos. Mas no caso da pessoa borderline, os acessos de raiva são por situações que não seriam consideradas importantes, ou seja, seriam tidas pelas outras pessoas como inadequadas, além de possuir grande intensidade, o borderline não a consegue conter.
(9) ideação paranoide transitória e relacionada ao estresse ou severos sintomas dissociativos
Em situações de estresse muito grande, o individuo pode apresentar sintomas paranoicos, porém, estes episódios são em geral breves e não indicam a necessidade de um diagnóstico a mais (de psicose). Ou seja: “Estes episódios ocorrem mais comumente em resposta a um abandono real ou imaginado. Os sintomas tendem a ser transitórios, durando minutos ou horas. O retorno real ou percebido do carinho da pessoa cuidadora pode ocasionar uma remissão dos sintomas”.
Enfim, para que haja o diagnóstico para Transtorno Borderline, cinco ou mais dos critérios acima tem que estar presentes.
Bipolar ou Borderline??? Decidem
Olá, Felipe. Podemos dizer que uma pessoa com Personalidade Borderline costuma se fazer de vítima diante de alguma situação, a fim de evitar o abandono (real ou imaginado)? É uma característica da pessoa Borderline fazer com que os outros sintam pena dela, passando-se por injustiçadas, inventando doenças ou algo do tipo?
Boa tarde, Felipe. Eu gostaria de saber em que tipo de transtorno de personalidade se enquadra uma pessoa que apresenta comportamento infantil, medos bobos, apego excessivo em alguém da família, como a mãe por exemplo, etc. Esse tipo de comportamento se enquadra na Personalidade Borderline?
Uau… Confesso que isso me assustou um pouco. Vi um pouco de mim em cada parte que li.
Olá, Felipe! No decorrer do texto, você aborda como sendo Transtorno Bipolar, mas você não estaria falando do Borderline?!
Olá Dalila, obrigado! Depois te atender o dia e a noite toda, escrevi o texto de madrugada e passou esse erro de digitação. É Borderline mesmo, ok? Atenciosamente, Felipe de Souza
Olá Karol, houve um erro de digitação. Obrigado por avisar! Atenciosamente, Felipe de Souza
Olá Leandra!
Sim, podemos dizer que sim.
Mas é importante notar que apesar destes critérios, cada paciente terá a sua individualidade e apresentará, portanto, sintomas diferentes de outros pacientes, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Rafaela,
Bem, é um pouco difícil de dizer apenas com estas informações.
O ideal é que a pessoa procure um profissional da psicologia para que uma avaliação mais detalhada possa ser realizada, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Thayla,
Bem, é comum que encontremos alguns comportamentos que se enquadram em alguma das centenas de doenças mentais do DSM-IV. Na faculdade até brincávamos que se formos ler o livro do começo ao fim, no final teremos 5 ou 6 doenças…
A questão central é saber se há sofrimento, se um determinado problema é perturbador para si mesmo ou para os que estão ao redor. Se sim, aí é recomendável buscar ajuda.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Adoro os temas que você sempre trás….muito bom!!!!
Olá Tamyres!
Obrigado querida!
Fico muito feliz que esteja gostando!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
boa noite felipe, o tpb é psiquiátrico pois necessita ser medicamentoso ,mas gostaria de saber o procedimento de tratamento a base de remédios que esse paciente deve tomar os tipos de medicamentos e se o psicólogo pode tratar esse paciente com psicoterapia acompanhada sempre de um psiquiatra, ou somente o psiquiatra deve tratar esse paciente.
Olá Francisco,
Não me arrisco a dizer qual é a atuação psiquiátrica neste caso.
Por dois motivos: por não ser minha área e porque a medicação está constantemente mudando, ok?
Na maioria dos casos, é recomendado um tratamento conjunto.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
meu filho é borderline e não consigo sequer coviver com ele, pois nao se deixa ajudar, nem medicar
Olá Helena,
Neste caso, é importante que você procure ajuda profissional para você também aprender a lidar com ele, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Oi Felipe de Souza,fico pensando se isso podera´ser herdado,genetica ou hereditariamente falando.O que voce acha?Com a mesma atençao, Marcida.
Olá!
Bem, segundo diversas pesquisas é possível que esta doença acabe reaparecendo nos filhos, o que indicaria uma possível causa genética. Entretanto, é importante salientar que apesar das dificuldades, é possível tratar o transtorno borderleine com psicoterapia, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Tenho um filho de 20 anos que, embora não se enquadre em cinco dos critérios – pelo menos até onde percebo – tem certamente um nível de resposta ao stress que parece inadequado e explosões de raiva onde me xinga, e às vezes, chega a jogar coisas no chão. É muito nervoso desde pequeno e o comportamento mais violento começou no início da adolescência. Moro só com ele e não tenho família ou ninguem que me ajude. Fiz alguns anos de terapia que pode ter sido bom para outras coisas, mas não me ajudou muito na questão. Ele recusa qualquer sugestão de terapia de qualquer tipo, meditação, yoga ou tudo que pude imaginar. Tentei tirar mesada, recompensar o bom comportamento, tirar computador, devolver computador, conversar, ouvir… nada parece ter ajudado. Ele parece achar que como é excelente estudante, tem vida social, estagia, não há problema nas crises de raiva. Não sei mais o que fazer e, literalmente, me vejo refém da situação, com vergonha dos vizinhos, medo de convidar alguém à minha casa… agradeço imensamente quqlquer sugestão.
Olá Helena,
O ideal seria que ele fizesse terapia mesmo.
Mas sugiro que você faça a terapia cognitiva. Vai te ajudar a lidar melhor com ele, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Gostaria de saber se existe algum curso para esta pessoas que tem esse tipo de dificuldade, pois meu filho foi tem este problema , minha preocupação e dar uma qualidade de vida para ele .
Cristina Paiva
Olá Cristina!
Que eu saiba, não. Não é uma questão tanto de ter um curso sobre. É mais uma questão de aprender como lidar, ok? O que é possível fazendo um tratamento psicoterapêutico.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Oi Felipe.eu acho q tenho isso.eu me automutilo, ja tentei suicídio e tal.a minha família n entende oq passo.e me julga.oq eu faço??me ajuda please!!!
Olá Suzan,
Quantos anos você tem?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
15 anos
Olá!
Então, neste caso é recomendável que você converse com alguém próximo, alguém em quem você confie para que você possa encontrar tratamento, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
ta .vou fazer isso.obrigada =)
Ah, amei o blog.vou visitar sempre agr.bjoes =)
Nossa, eu tenho tds esses criterios.mas eu queria saber + 1 coisa.Ter pensamentos homicidas tbm tem haver com TPB?
Olá Suzan,
O diagnóstico tem que ser feito sempre individualmente e por um profissional, ok?
Por isso, não vale a pena ficar contando quantos sintomas ou quais possamos vir a ter. Mas se há qualquer tipo de sofrimento, temos que buscar ajuda.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
rs tenho um pouco d medo, mas vou ao psicologo.Obrigada! bjs
Tem textos na internet q falam q tem tratamento mas n tem cura.outros falam q sim, tem cura.fico confusa. :( tem mts pss q n procuram tratamento simplesmente por ouvirem dizer q n tem.é triste :( to mt confusa
Olá Suzan,
Em um texto que escrevi um tempo atrás, eu mostro como estas definições são úteis para os médicos ou psicólogos, mas não são úteis para quem está sofrendo. Cada pessoa tem o seu próprio sofrimento e com a avaliação e cuidado adequado pode melhorar sim, ok?
Por isso é tão importante buscar o tratamento.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Tenho um filho com 31 anos de idade e, nasceu com problema de atresia de esôfago e por isso sofreu muito desde então. Muitas internações, cirurgias, etc…. Sempre fez acompanhamento psicoterápicos. Muito inteligente, aprendeu ler muito cedo, mas sempre notei algo diferente. Agora, depois de tantos anos, foi à uma neorologista que solicitou três tipos de exames do crâneo, polissonografia, eletroencefalograma e ressonancia. Segundo ela, ele sofre de transtorno de personalidade borderline. Pela primeira vez ouvi falar nessa doença. Gostaria de saber se só com esses exames já dá para diagnosticar que ele tem borderline? Já está fazendo terapia e vou levá-lo a um psiquiatra, pois a médica disse que ele não tem nenhum problema neurológico. Gostaria de saber, tbm se com esse transtorno ele pode trabalhar normalmente? Não consegue fixar em emprego. Por favor me responda, pois amo demais meu filho e não sei o que fazer. Obrigada!!!
Olá!
Não há teste para diagnosticar os transtornos mentais. O clínico (psiquiatra ou psicólogo) fará o diagnóstico com base no comportamento.
Então, com relação ao trabalho, é consenso que na grande maioria dos transtornos mentais que o trabalho ajuda a pessoa a melhorar.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Felipe!
Tenho lido sobre esse TPB e me identifico muito! Preciso de ajuda, mas não sei onde buscar, pois não tenho condições financeiras para fazer tratamentos e os SPAs comunitários que encontrei são muito voltados a psicanálise, sei lá, só sei que não me identifiquei onde fui. Vi na net, que seria interessante TCC ou terapia de esquema. Não sei, tô perdida! Sabe de algum local que tenha atendimento comunitário ou mais em conta e que possam me ajudar em caso de eu ter mesmo TPB?
Olá Rachel,
Realmente, o que tem sido mais indicado para Borderline (se for o caso mesmo, é sempre importante um diagnóstico de um profissional capacitado), é a terapia cognitiva-comportamental, baseada em Mindfulness.
Recomendo este livro – Vencendo o Transtorno da Personalidade Borderline – Com a Terapia Cognitivo-comportamental – Marsha Linehan
Este é um livro prático, chamado de Manual do Paciente. Entenda como uma “auto-ajuda” mas profunda. Claro que não substitui o tratamento.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Obrigada! Vou ler o livro sugerido.
Poderia me indicar algum profissional em Niterói ou RJ?
Olá Rachel!
Infelizmente não tenho contatos ai, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Ok. Obrigada!
Olá Felipe! Estive hoje em um SPA comunitário e ao perguntar qual linha a pessoa que me atendeu seguia, ela falou que era psicologia transdisciplinar. Bom, como lhe falei, eu buscava TCC, entretanto não conheço nada dessa coisa de transdisciplinar. Poderia me dar uma luz, me ajudar a entender como funciona isso de transdisciplinar e se no caso, eu for mesmo border, essa linha é interessante?
Olá Rachel,
Infelizmente não conheço esta abordagem. Quando falamos em transdisciplinaridade, isto significa que o profissional trabalha com outros profissionais (médicos, nutricionistas, fisioterapeutas, etc, ou seja, com várias disciplinas de formação para atender um paciente). Porém, pelo vi me parece que existe uma linha que chamam de psicologia transdisciplinar. Não sei se o profissional que você teve contato falou em um sentido (da relação com outros profissionais) ou no outro (de ser uma abordagem).
De toda forma, é importante que você busque fazer terapia, especialmente com um profissional que você sinta confiança, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Pois bem, acho que meu filho é borderline, entretanto ele não tem episódios de automutilação!
Oi, eu acho que tenho esse transtorno…
Meu dermatologista me indicou um antidepressivo, pq possuo escoriação neurótica…
Quanso fico muito nervosa/ansiosa, me cutuco sem parar e sem perceber…
Eu ñ chego a ser agressiva, mas sou explosiva sim quando me sinto ofendida e as pessoas me julgam, sabe? Ficam dizendo que tenho problema…
E mesmo que eu tenha (já tenho depressão), isso ñ dá o direito de ficarem me provocando só para eu reagir.
Enfim, preciso de um tratamento pra saber se tenho esse transtorno, se sou bipolar ou se é só depressão mesmo.
O certo é procurar um psicólogo ou psiquiatra?
Olá! Tenho 22 anos, e sofri muito dos 10 aos 17 anos, após sofrer abuso sexual por um familiar em quem eu confiava muito. Com terapia, e a ajuda da família, fazendo tudo pra me tirar das “situações fantasiosas” nas quais eu me escondia, hoje tenho pouquíssimos traços do transtorno, com os quais consigo conviver normalmente, inclusive trabalhando e estudando.
Você pode procurar os dois ou um deles inicialmente. Se for necessário, haverá a indicação de tratamento conjunto. Abraços