Olá amigos!
Nestas férias de janeiro, em que fui para Florianópolis, estava assistindo frequentemente uma série americana chamada Grey’s Anatomy, ou Anatomia da Grey. A série retrata os anos de residência de um grupo de médicos em um grande hospital, um dos melhores dos Estados Unidos. Além das dificuldades da especialização em cirurgia, a série também retrata os conflitos amorosos e de relacionamento dos personagens.
Ao longo das temporadas disponíveis (assisti na Netflix) notei que, em diversas ocasiões, eles falavam a seguinte expressão: “worst case scenario”, que pode ser traduzida como no pior dos casos, no pior dos cenários. A expressão era utilizada em casos em que o paciente tinha que se decidir entre fazer ou não uma difícil cirurgia – que poderia ajudar – mas que também poderia ser fatal.
Assim, o paciente perguntava ao médico: “O que pode acontecer de pior?”
O que de pior pode acontecer?
Ontem, em nossa página no facebook, uma querida leitora nos solicitou por uma orientação sobre como decidir. Talvez você não tenha visto ainda, mas temos um texto excelente, de PNL, sobre como decidir:
Além desta técnica, um excelente critério para tomar uma decisão difícil é pensar no que pior pode acontecer. E, com os dados do pior dos cenários, avaliar se vale a pena ou não tomar aquela decisão em especial.
Por exemplo, Timothy Ferris, autor do livro Trabalhe 4 horas por semana, disse em seu livro que esta foi a forma encontrada por ele para mudar toda a sua rotina. Ele tinha uma empresa que estava dando lucros. Porém, trabalhava 12, 14 horas por dia. Cansado desta situação, ele decidiu mudar e tirar férias e encontrar uma forma de fazer a empresa funcionar sem ele.
Sim, ele teve medo de que a empresa falisse, de que os funcionários não dessem conta, de perder tudo. Porém, o que poderia acontecer de pior? Em sua opinião, o que poderia acontecer de pior seria ela perder um estilo de vida que o estava matando. Claro, ele poderia perder a empresa e poderia perder dinheiro. Poderia ter que ficar sem grana, viver com menos e, de repente, até pedir um empréstimo. Mas tudo isso, tudo o que de pior podia acontecer ainda era melhor do que a situação atual.
E, no final das contas, e se o pior não acontecer?
A projeção do futuro é apenas uma projeção
Um dos textos que mais me alegra no site – por ter relatos tão bacanas dos que leem – é o texto no qual falo sobre a idade e o mercado de trabalho.
A idade influencia a entrar no mercado de trabalho?
Imagine que você tem que tomar uma grande decisão. Já que você não é uma pessoa inconsequente, vai considerar as consequências daquela decisão. Digamos que você não tenha dúvidas sobre qual faculdade quer fazer. Porém, ainda resta uma dúvida, um receio, uma preocupação de que não vai dar certo. Talvez você tenha medo de não conseguir acompanhar as aulas, ou tenha medo do novo ambiente, de mudar de cidade ou de investir dinheiro na formação.
Mas, utilizando a dica deste texto, pense: “O que pior pode acontecer?”
Talvez o pior seja abandonar a faculdade ou gastar um dinheiro com educação. Em todos os casos (que eu consigo imaginar) me parece que a perda é muito pequena, se houver uma perda. Pois na faculdade podemos conhecer um outro mundo, podemos encontrar e conhecer outras pessoas e podemos mudar o rumo das nossas vidas.
Este é exemplo do que tenho visto aqui no site, de pessoas que ficam imaginando tudo de ruim para uma decisão. E acabam não tomando a decisão, não tendo por base o que vai acontecer (afinal, o que vai acontecer ainda não aconteceu), mas apenas e tão somente uma expectativa negativa, um projeção ruim do futuro.
Ainda assim, se o pior acontecer… será mesmo tão ruim? Será que não existirão ganhos no processo? Será que não valerá a pena ter tentado?
Conclusão
Eu sou uma pessoa intuitiva, na classificação dos Tipos Psicológicos de Jung. Quer saber mais sobre os tipos, veja o nosso novo Curso – Segredos dos Tipos Psicológicos
Como um intuitivo, acredito profundamente nas possibilidades. As grandes possibilidades do futuro me movem. Nesse sentido, sou sempre otimista e positivo. Considero que as coisas darão certo, que os objetivos serão alcançados, que as metas serão cumpridas, que vai ficar tudo bem. Como gosto excessivamente das possibilidades, acabo criando um milhão de projetos paralelos.
Agora, se você me perguntar se todos os projetos que comecei deram certo, terei que responder: não! Mas aprendi muito no processo de criar, errar, corrigir e recriar.
A minha ideia, sempre que começo uma nova atividade, é pensar em tudo de bom. Alguns poderiam até me chamar de um otimista exagerado, porque eu normalmente não paraliso frente ao que pode dar errado.
Este pensamento me move: “O que pior pode acontecer?”
Quase todas as vezes é: terei investido um tempo, talvez um pouco de dinheiro. Se não tiver retorno sobre o investimento (de tempo e de dinheiro) eu já saberei o que não dá certo. Não o que não dá certo universalmente, mas o que não dá certo para mim.
Por exemplo, já trabalhei como psicólogo em um asilo e já trabalhei como psicólogo em empresas. Pelo menos até agora – passados seis anos desde que estas experiências aconteceram – penso que trabalhar em um asilo ou em empresas não é a minha praia. Pode ser que no futuro eu mude de ideia. Mas aprendi algo mais sobre o que é melhor para mim, errando.
Olhando deste ângulo: ter errado foi um erro?
Portanto, o pior dos casos nem sempre é o pior dos casos. Na maioria das vezes, o pior mesmo nem chega a acontecer. Se der errado, ganhamos experiência. Se der certo, ganhamos felicidade, segundo o conceito de Lair Ribeiro de que: “Sucesso é conseguir o que você quer e Felicidade é querer o que você conseguiu”.
Enfim, se você não tentar… como vai conseguir? Se você não tentar, como vai saber que conseguiu o que queira?
Obrigda por tantas contribuições…. Porem esta é para mim algo de grande importancia pois, estava orando a Deus pedindo uma rsposta para uma decisão que necessitava tomar. Este texto chegou no momento exato.
Que Deus te abençoe,
Solange Freitas
Gostei muito do texto! A cognitiva trabalha muito com este questionamento que vc abordou.
Olá Solange!
Fico muito feliz que o texto tenha lhe ajudado a encontrar a melhor decisão!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Cecília!
Que legal! Não sabia, rsrs. Tenho que estudar mais a cognitiva!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Felipe muito obrigado por seus seus textos são super motivacionais,um abrção.
Olá Mario!
Obrigado!
Fico muito feliz que esteja gostando dos textos!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá, Felipe!
Gosto bastante dos seus textos, que são sempre cheios de boas colocações.
A Psicologia vem me fascinado ao longo dos 7 períodos (6 e meio, na verdade) estudados.
Um abraço!
Olá Valéria!
Obrigado querida!
Sucesso para ti ai nos estudos!
Qualquer coisa, estamos por aqui!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá. Meu nome é Aline e eu não tive muita oportunidade de estudar quando eu era mais nova. Aos 30 anos terminei o ensino médio por meio do (EJA) e meus professores me incentivaram a fazer uma prova do Enem. Eu relutei de início porque não achava que iria dar certo. Mas deu. Eu passei na prova e consegui uma vaga na Unifesp.
Mas quando parecia estar tudo dando certo, eu comecei a sentir que não deveria ingressar na Universidade porque eu já estava muito velha. A minha turma de Ciências Ambientais só tinha adolescentes. Então eu resolvi desistir embora fosse algo que eu queria muito.
Se eu tivesse lido seus textos antes…
Olá Aline!
O importante sempre é aprender com a experiência!
O que você pretende para os próximos anos?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Muito bom o texto, eu hoje estou em um dilema para tomar uma decisão, afinal sempre tive dificuldades para decidir sobre coisas da minha vida. Me sinto péssima pois tenho q sofrer calada porque não quero preocupar a minha família com meus problemas. Fiz uma faculdade e não conseguir nenhuma oportunidade de emprego, e o pior foi q por me dedicar a essa faculdade não adquiri experiência profissional em nenhuma outra área e agora sem experiência de nada não consigo um emprego em área alguma. Tenho uma grande tristeza e frustação por ter deixado minha juventude passar me dedicando a algo que não me deu nenhuma oportunidade (apesar q ainda estou na casa dos 20). Tenho medo de entrar em depressão por me sentir tão inútil com me sinto hoje. Penso em começar tudo de novo e fazer uma área nova, mas aí está o problema pois eu não me vejo em nada porque sinto que não sei fazer nada. Enfim não dá pra escrever tudo pois é muita coisa rsrs. Espero tomar uma decisão que me ajude de alguma forma a sair desta situação.
Olá Sabrina!
Em seu comentário você não disse se você gosta da área na qual se formou.
Se a resposta for afirmativa, se você gosta, talvez seja o caso de tentar encontrar oportunidades em outras cidades ou até estados. Às vezes o que acontece é não termos portas abertas em nossa região.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Felipe!
Gostei muito do texto. Eu sou graduada em Ciências Biológicas (2011) e acabei de finalizar o mestrado (na área de Ciências Ambientais). Percebo-me pessimista na fase atual. Estou buscando alternativas para resgatar o elo perdido com o meu otimismo, como foi colocado no texto: “O que pior pode acontecer?”.
Att.
Boa sorte Simone!
A dica é conseguir tornar claro o que queremos (objetivos) e, em seguida, tornar claro o percurso, o caminho entre o estado atual e o estado desejado.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá, obrigada por sua atenção em responder. E respondendo o q perguntou o que acontece é que a área tem vários caminhos q se pode seguir, mas eu me identifico somente com dois. O que acontece é q para ter uma chance nessas áreas a pessoa tem q ter muita experiência e currículo vasto, além de restringir muito aos concursos públicos. Realmente você tem razão pois vejo que onde moro as oportunidades são escassas, a não ser que seja por indicação. Infelizmente não tenho como sair da minha cidade por falta de recursos senão era o que eu já teria feito.
Felipe,
Colocarei a sua dica em prática. Acredito que seja comum faltar fôlego na caminhada rumo ao desconhecido… nada que um bom planejamento não resolva.
Parabéns por seu trabalho.
Obrigada!
Muito obrigado, eu estou muito em dúvida, sobre fazer ou não uma faculdade para mudar de vida,porque tenho 40 anos e estou com muito medo de mudar de profissão, pensei em administração ou pedagogia, mas será que terei alguma chance no mercado, eu só técnica de enfermagem, mas trabalho em um laboratório e ganho super pouco, eu me desiludi desta profissão , preciso mudar de ambiente de vida estou ficando depressiva
Olá Regiane,
Quando nós não obtemos o que gostaríamos de obter (um bom salário por exemplo), temos a tendência de ficarmos tristes ou com raiva. O jeito é realmente encontrar alternativas, pois estas existem..
Avalie com calma qual área de estudos / trabalho será mais gratificante para você.
Atenciosamente,
Felipe de Souza