Olá amigos!
Nestas últimas semanas um de meus textos começou a aparecer em primeiro lugar no google, um texto que nunca projetei para ter este fim, pois não é um texto especificamente de psicologia. Mas começou a aparecer porque muitas pessoas estão participando de um concurso nacional e o tema era exatamente o tema do título do texto – A influência da música em nossas vidas.
Coincidência ou não, foi curioso reler um texto que tinha escrito, de forma mais lúdica e menos teórica, a pedido de um querido amigo do site. E hoje tive de novo a forte sensação que me fez escrever este texto sobre a música. A música, além de afetar diretamente o nosso estado emocional, é capaz de, em segundos, nos transportar na imaginação para um outro tempo.
E ao ser levado de volta para a minha época da graduação em psicologia, no famoso ABC 102, pelas músicas que tanto ouvíamos, não posso deixar de pensar em como o tempo, psicológico, é extremamente misterioso. Não só este passado não volta mais… mas como diz a criança: “porque nos lembramos do passado e não conseguimos nos lembrar do futuro?”
Mas o que me assombra é o fato de não ter volta, embora, como o historiador Jankelevitch, imerso no tema da história, do tempo e do passado ousou dizer: “Aquele que foi já não pode mais não ter sido: doravante ,esse fato misterioso, profundamente obscuro de ter sido é o seu viático para a eternidade.” (Vladimir Jankelevitch).
Quer dizer, não é só extremamente incrível que o passado tenha sido (tão bom quanto foi!), mas também não possa voltar a ser. O fato de ter sido fará com que o que foi, seja…eternamente. Entendem?
O que foi, foi. E terá sido do jeito que foi… para sempre.
A nostalgia do passado
Quando ficamos assim, nostálgicos como idosos, por uma simples música de uma banda, podemos começar a imaginar que o passado era fantástico. Como os trailers dos filmes que resumem só as melhores cenas e deixam de lado as cenas desinteressantes, tediosas ou de ligação. E este é outro aspecto muito curioso do tempo. Porque temos que fazer esta seleção a partir do que sentimos?
Quer dizer, se estou me sentindo extremamente feliz e nostálgico com um determinado passado, porque praticamente só consigo me lembrar o que aconteceu de bom?
E, de igual modo, porque se estou entristecido, só consigo focar no que não deu certo? No que foi inconveniente, no que não fez concordância entre o pensamento e a reação externa?
Bem, este é um fato interessantíssimo e com certeza retomaremos em outro texto, se houver demanda.
Aproveitar o tempo
Aproveitar o tempo… esta é outra ideia que parece surgir, como que necessidade, ao olharmos para o passado. Talvez se pense: “deveria ter aproveitado mais”… ou não. Talvez tenha aproveitado demais. De toda forma, não importa qual seja a avaliação, outro misterioso fato da nossa existência no tempo, é que o momento presente também será um passado logo mais.
Se não for sentido como passado amanhã, será sentido como uma passado daqui a alguns anos. Será que hoje devemos aproveitar mais, fazer mais, sentir mais para que – no futuro – esta data tenha sido significativa?
Como o anúncio que diz… “E se você não tivesse medo?”
E como Alice no País das Maravilhas, geleia hoje!
Geleia hoje
“Quando Alice estava tomando chá com o Chapeleiro Louco, ela notou que não havia geléia. Pediu, então geleia, e ele disse: “A geleia é servida dia sim, dia não. ”Alice reclamou: ”Mas ontem também não havia geléia!” ‘Isso mesmo’ respondeu o Chapeleiro Louco. ’A regra é esta: geleia sempre ontem e geleia amanhã, nunca geleia hoje…porque hoje não é ontem nem amanhã.
Segundo Osho, um dos sujeitos mais contraditórios que se poderia encontrar e, por isso, digno de nota explica: “E é assim que você está vivendo: geléia ontem, geléia amanhã, nunca geléia hoje. E é aí que está a geléia! Assim você imagina; você vive em um estado dopado, sonolento. Você esqueceu completamente que este momento é o único momento real. E, se quiser algum contato com a realidade, acorde aqui e agora!”
Um futuro brilhante pela frente
Acabei de mencionar a pergunta capciosa do garotinho sobre o porquê de não nos lembrarmos do futuro. O futuro, na linha do tempo, é o que há de mais… mais aberto a adjetivações. O futuro é como um papel em branco, é incerto, é brilhante, é um mundo de possibilidades, é o Brasil, país do futuro…
Enfim, o futuro não existe. Mas não existe de jeito igual ao passado que não volta mais. O passado também não existe, afinal, o passado não existe mais, pois já foi, ainda que exista em nossa lembrança.
E você? Você consegue se lembrar do seu futuro?
Passado, presente, futuro
O que é mais curioso ao se pensar na continuidade do passado, do presente e do futuro é a questão de que, se tivessem sido feitas outras escolhas, o presente seria diferente. Assim como se fizermos outras escolhas hoje, o futuro será diferente.
Talvez absurdamente diferente. Afinal, “há sempre razões para emigrar para quem não está de cama”, quer dizer, o que te impede de ir morar na Islândia? De mudar de emprego? De ter ou adotar dez filhos? De começar a falar dinamarquês ou dançar tango?
Será que os limites, barreiras, medos, empecilhos, justificativas para não fazer – tudo isto – há tanto tempo – não está na hora de acabar?
Ou será que no dia de nossa morte, vamos pedir para voltar, ter mais uma chance de fazer diferente?
Excelente texto. Parei por vários minutos na frase “E se você não tivesse medo?” ahhh eu faria tantas coisas hehehe :)
Tenho estudado e comprado cursos para mudar o futuro, mas confesso que penso constantemente que, se eu tivesse feito outras escolhas o presente seria diferente. Não sei como me livrar dessa sensação. Mesmo me dedicando agora como não fiz no passado, a angustia de não ter feito certo lá atrás ainda me atormenta cada manhã.
Por que será que é tão difícil, ou pelo menos tem sido, viver o presente? Você tem algum texto que ajude a sanar essa sensação de culpa e nostalgia pelo passado?
Abraços e muito sucesso.
Nunca li um texto tão bom… Minha géleia tem que ter hoje….. Vou tentar viver meu presente e aproveita o meu dia! Obrigada!
Felipe, estou adorando os seus textos! Esse então, achei muito interessante, estava precisando dele rs
Estou cursando o 1º período de psicologia, e os seus textos me incentivam e influenciam bastante, tanto no que quero ser quanto no que sou. Muito bom o seu trabalho!
Texto muito bom, Felipe!!
Realmente, o passado e o futuro não existem, mas podemos alterar o futuro de acordo com as escolhas do presente!
Abraço!
Olá Zípora!
Obrigado querida!
Geleia hoje!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Míria!
Que bacana!
Fico muito feliz com a sua avaliação, ainda mais por se tratar de uma futura colega de profissão!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Stephannie!
Fico muito feliz que tenha gostado!
Engraçado como, quando estava escrevendo, não estava tão certo de que todos iriam gostar!
Atenciosamente
Felipe de Souza
O que me impede de ser feliz hoje? Hoje é o dia de grandes conquistas com a ajuda de Deus. Obrigada Felipe por enviar coisas que enriquecem a minha futura profissão. Gostaria de pedir se possível, você enviar algo sobre a Psicologia Ambiental. Obrigada e um abraço.
Olá Vânia,
Obrigado! Fico muito feliz que esteja gostando dos textos!
Bem, para ser sincero, não conheço muito a respeito de psicologia ambiental, mas prometo escrever um texto sobre o tema, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Lady Lu!
Fico muito feliz que tenha gostado do texto!
Bem, não adianta pensar muito no que não fizemos não é mesmo? A não ser para considerar o que ainda queremos fazer…
Sobre o presente, recomendo o livro O poder do Agora. Veja aqui – Mais agora?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Você conseguiu verbalizar algo que eu sentia mas não conseguia explicar em palavras! Muito bom o texto!
Olá Elisângela!
Obrigado querida!
Fico muito feliz que tenha gostado!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Ótimo texto! Parâmetro colocado de forma singular, de fácil entendimento, e a importância de direcionar-se para o presente, o real. Obrigada. Sou estudante de psicologia do 3º período e gosto de ler seus textos, que incentivam muito o nosso estudo.
Olá Ana Tércia!
Obrigado!
Fico muito contente com a sua avaliação, ainda mais por se tratar de uma futura colega de profissão!
Atenciosamente,
Felipe de Souza