Olá amigos!

Nas horas de descanso, atualmente, tenho visto algumas séries. Uma que descobri há pouco foi Drop Dead Diva. Em resumo, uma modelo morre e vai ao lugar no qual será julgada por suas ações. O seu anjo da guarda avalia a sua performance na terra como sendo 0-0, igual a de crianças que possuem este valor simbólico por não terem feito nem o bem e nem o mal. Após saber que não terá como voltar, ela dá um jeito e retorna, porém, em um corpo totalmente diferente do que tinha antes.

É uma série bastante engraçada e eu recomendo, para divertir. Mas estou falando sobre a série porque este “julgamento” 0-0 ficou na minha cabeça. Embora na série, de certo modo, todo o pós-morte seja laico (ela volta ao apertar o Return – retorno – que é o botão Enter), a ideia também está presente nas religiões: a ideia de que somos julgados por nossos atos e, de acordo com o peso de cada um dos lados da balança, somos destinados a um local bom, neutro ou ruim. Claro que cada religião possui as suas especificidades.

Por falar em programas de TV, um dia estava em viagem para Juiz de Fora, aonde faço doutorado e entre os intervalos das aulas voltei para o Hotel e comecei a ver um programa da Oprah. Para quem não conhece, a Oprah é uma grande apresentadora nos Estados Unidos, muito respeitada por sua capacidade de relacionamento interpessoal e por ser uma pessoa generosa. Neste programa que estava assistindo, uma senhora, dona-de-casa, disse que um programa dela havia mudado a sua perspectiva de vida. Neste programa, Oprah e John Travolta conversavam, e o famoso ator de Hollywood fez um questionamento mais ou menos assim: “O que será que vamos deixar de imagem para os outros quando formos embora? Será que vamos deixar a nossa vida em branco?” O contexto deste questionamento dizia respeito às ações que podemos fazer que podem contribuir para um mundo melhor.

A dona-de-casa, então, ao ouvir este questionamento decidiu mudar. E começou um projeto de ajuda para centenas de crianças miseráveis da África.

Entretanto, um aspecto ignorado nesta questão toda sobre o bem ou mal que fazemos é de que as ações não são apenas externas. Não se trata só de dar dinheiro a um mendigo, ou presentes para crianças carentes no Natal, ou contribuir com uma campanha. Uma avaliação moral, ética, deveria também contemplar as ações que se voltam para dentro.

Quando você vai parar de fazer mal a você?

É peculiar conhecer pessoas com sabedoria de vida. Certa vez, tive a oportunidade de conhecer uma velha senhora, quase um arquétipo da Velha Sábia, que dizia que a sua receita para uma vida bem vivida era ter uma vida consciente. E para ter consciência do que estava fazendo, de como estava agindo, ela fazia, todas as noites, um levantamento de tudo o que tinha realizado durante o dia.

O que tinha feito de errado?

O que podia ter feito melhor?

O que não deveria ter dito?

O que posso melhorar?

Um outro senhor, muito rico, estava sendo roubado por um de seus funcionários. Ao saber do que estava acontecendo, ele simplesmente disse: “O que este funcionário está fazendo é enganar a si mesmo. Triste dele”.

Roubar, mentir, enganar são atos imorais e, em certa medida, considerados graves. Mas também são importantes para a paz de espírito os pequenos atos que não dizem respeito aos outros. Embora, segundo o senhor milionário, qualquer ato contra o outro é um ato contra si também. Separar um ato para fora e um ato para dentro é apenas uma abstração com intuitos didáticos.

O intuito é apenas o de mostrar como um pensamento negativo pode afetar uma pessoa. Como manter um rancor pode ser destrutivo. Como cultivar vícios pode maltratar o corpo…

A pergunta “Quando você vai parar de fazer mal a você mesmo” eu li em um livro. Infelizmente não me lembro mais qual. Mas esta frase ficou em mim como uma excelente frase de questionamento para o rumo que estamos tomando. Também podemos perguntar: “Porque não parar agora?” ou “Para que continuar se machucando?”

Como se diz, ter compaixão pelos demais é uma boa atitude, mas uma compaixão que ignore a si próprio, é ignorante, ainda.

Psicólogo Clínico e Online (CRP 06/145929), formado há 16 anos, Mestre (UFSJ) e Doutor (UFJF), Instrutor de Mindfulness pela Unifesp. Como Professor no site Psicologia MSN venho ministrando dezenas de Cursos de Psicologia, através de textos e Vídeos em HD. Faça como centenas de alunos e aprenda psicologia através de Cursos em Vídeo e Ebooks! Loja de Vídeos e Ebooks. Você pode também agendar uma Sessão Online, Terapia Cognitivo Comportamental, Problemas de Relacionamentos, Orientação Profissional e Coaching de Carreira , fazer o Programa de 8 Semanas de Mindfulness Online. E não se esqueça de se inscrever em nosso Canal no Youtube! - no TikTok -, e Instagram! Email - psicologiamsn@gmail.com - Agendar - Whatsapp (11) 9 8415-6913