Olá amigos!
Recentemente, uma entrevista de um dos maiores especialistas em TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) ficou internacionalmente conhecida: o médico psiquiatra Leon Eisenberg disse que o TDAH é um exemplo de uma doença fictícia. A entrevista foi concedida ao Jornal Der Spiegel no dia 2 de fevereiro de 2012. Neste texto, vamos comentar a respeito deste tema.
O que é uma doença mental?
Bem, a psicologia, a psiquiatria e a psicanálise (cada qual ao seu modo) tem a sua nosologia, quer dizer, do grego antigo νόσος, nósos: “doença” + -λογία -logia, “
Existe uma formulação do psicólogo suíço Carl Jung que diz o seguinte: “Os deuses tornaram-se doenças” (JUNG, 2003, p. 43). Por exemplo, na Grécia Antiga existia o Deus Phobos, filho de Ares e Afrodite. Ares (ou Marte) era o Deus da Guerra e, no campo de batalha, tinha a companhia de Phobos ou Fobos, o seu filho que injetava medo no coração dos guerreiros. Fobos assim deu origem à palavra fobia.
Este é apenas um exemplo de deuses que viraram doenças mentais. Poderíamos levantar outros, mas passemos em frente.
Esta ideia de que os deuses viraram doenças é interessante por vários motivos. O que gostaria de salientar neste momento é que, em princípio, todas as doenças são fictícias. Para o sujeito que morava na Grécia há três, dois milênios os seus sentimentos eram projetados fora, em conteúdos numinosos, sagrados que ele reverenciava. Eram como deuses, os quais ele não tinha controle.
Com todo o nosso desenvolvimento científico, parece seguro e objetivo descrever uma doença em detalhes e procurar causas (não divinas) para o seu surgimento, prognóstico ou remissão. Quando digo que todas as doenças mentais são fictícias ou inventadas, quero dizer apenas que as doenças são um pensamento, uma forma de organização (que poderia ser diferente) do que acontece com o sofrimento humano.
Ou seja, podemos descrever a fobia como um deus que nos aflige, podemos descrever a fobia como uma sintoma de uma neurose obsessiva, podemos descrever a fobia como síndrome do pânico. (Pânico, por sinal, vem do deus grego Pan ou Pã, que também tinha atividades ligadas ao medo).
E o que acontece com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade?
Bem, mais do que outras doenças, este chamado Transtorno é realmente a maior ficção já inventada. Tirando o fato de que toda criança – deixada sentada obrigatoriamente por 4 horas ou mais – ficará agitada, quererá brincar, correr, viver, esta doença mental é fictícia mais ainda pelos seguintes motivos:
Não existe consenso entre os psiquiatras sobre a causa do transtorno. Entretanto, sem mais delongas, já existe um remédio perfeito para o tratamento. Poderia ser dito que o remédio trata o sintoma (desatenção, hiperatividade ou ambos). De todo modo, prescrever uma anfetamina para uma criança é certamente um crime de lesa-humanidade. Afinal, que pai em sã consciência daria uma droga, sim um droga forte – e que é tomada como droga – para o seu filho ou filha?
O tal Leon Eisenberg não foi o criador do TDAH, mas ele foi um dos grandes responsáveis pela popularização desta doença pelo fato de que ele defendeu a hipótese (veja bem, hipótese) de que o Transtorno não era causado pelo ambiente (escola ou família) mas sim provavelmente tinha a sua causa na genética. Retirando deste modo a culpa dos pais e da escola e colocando-a na biologia, na genética, ele abriu espaço para que a indústria farmacêutica pudesse vender sua droga, seu veneno travestido de benesse.
Na entrevista ao Der Spiegel, ele não diz que o TDAH é uma doença inventada, de que é uma mentira, na verdade. O que ele diz é “ADHS ist ein Paradebeispiel für eine fabrizierte Erkrankung”. ADHS é a sigla em alemão para TDAH e a tradução literal seria o “TDAH é uma doença fabricada”.
Em suma, o TDAH é uma doença fabricada, sem causa ou descrição precisa, que possui uma droga (a ritalina é uma das drogas mais vendidas, infelizmente, no Brasil), e cuja seriedade foi contestada no final da vida – Leon Eisenberg – por quem ajudou em sua popularização.
Como diz o psicólogo de Harvard Dr. Jerome Kagan, “Na década de 1950, uma criança entendiada na sala de aula, seria considerada preguiçosa. Hoje, ela é portadora do TDAH”.
Cabe nos perguntar, para finalizar, Cui bono? A quem esta fabricação (da doença e da droga) beneficia? Em minha opinião, não beneficia a criança, não beneficia os pais, não beneficia a escola… como uma doença fabricada, a doença beneficia apenas a indústria que vende o seu remedinho… é possível que beneficie também os médicos que prescrevem estas anfetaminas para crianças…
Adorei o texto sobre TDAH, conheço uma mulher que dá a ritalina para o filho. Sempre achei um absurdo.
Olá Alessandra,
Eu também considero um absurdo!
Ficará para as próximas décadas a mudança, infelizmente. No futuro, esta prática será como dar choques elétricos ou fazer lobotomia. Algo inconcebível.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Sim tenho um filho que não tem atenção, é pessimo na escola ou melhor parou de estudar e não tem concentração em nada, foi explicado a visão de vocês mas qual é a solução para o mesmo.
Olá José,
É necessário considerar que existem diferentes tipos de inteligência.
Por exemplo, frequentemente as pessoas comentam que é um absurdo um jogador de futebol ganhar mais do que um professor. Bem, tirando as questões do capitalismo e do marketing de lado, temos que reconhecer que um excelente jogador de futebol também possui – a seu modo – uma inteligência específica, em especial, a inteligência espacial.
Como dizia Einstein: “Somos todos geniais. Mas se você julgar um peixe por sua capacidade de subir em árvores, ele passará sua vida inteira acreditando ser estúpido”.
Ou seja, a questão é apenas encontrar aonde o seu filho pode ser o que ele é e desenvolver o seu pleno potencial.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Oi Felipe!
Passei um mês ajudando minha namorada a fazer um trabalho sobre TDAH na faculdade, ela é Pedagoga :(. Após estas notícias fui pesquisar um pouco, li em algum lugar que antigamente 90 % dos pesquisadores, cientistas e etc recebiam algum tipo de verba da industria farmacêutica, com a desculpa de financiar um “estudo” sobre determinada doença… Hoje em dia sabemos que muitos médicos ganham algum tipo de bônus, receitando certos medicamentos, viagens, eletrodomésticos entre outras coisas.. Isto falo com 100% de certeza. Imagina como não era fácil há 50 anos atrás? Sem possibilidade de investigar uma conta bancária, de interceptar ligações, e-mails… Poucos ou quase nenhum método confiável desta mesma doença ser diagnosticada por outros pesquisadores… Acredito que antigamente ninguem nem ousaria a contestar um estudo feito por algum dos grandes estudiosos da época… Enfim, Antigamente e hj tudo gira em torno de dinheiro, interesses…
Olá Hiuri,
É verdade!
A história da psiquiatria é terrível. Veja o documentário – Psiquiatria: uma industria da morte
Por exemplo, eles começaram a dar choques elétricos na cabeça das pessoas porque tinha uma evidência de que porcos (isto mesmo… porcos!) antes do abate ficavam mais calmos ao receber choques elétricos.
Hoje em dia a psiquiatria – em sua maior parte continua risível (inclusive pelas outras especializações da medicina é considerada ou não-medicina ou a pior medicina possível). Se você for em 10 psiquiatras, terá 10 diagnósticos diferentes e 10 remédios para tomar… ou mais.
Claro que existem exceções, existem sim bons psiquiatras que são sérios e comprometidos com a saúde dos seus pacientes. Mas, infelizmente, são raros.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Felipe!!!
Venho acompanhando seus textos e estou cada vez mais fascinada com seu trabalho. Atuo na área da psicopedagogia e percebo a triste realidade de nossas crianças que cada vez mais tornam-se reféns da indústria farmacêutica na utilização da ritalina e afins.
Parabéns pelo texto…
Um forte abraço!!!
Cléo
Olá Cléo!
Obrigado!
Fico feliz que tenha gostado – e concordado – com o texto.
Desejo compartilhar também este texto – A ritalina e os riscos de um genocídio do futuro
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Então oque que você me diz sobre os sintomas que a pessoa tem desse problema, qual o nome que se pode dar ?
Olá Kessia,
A sua pergunta é bem interessante!
Bem, se você seguiu a argumentação do texto, terá visto que o que temos é um nome para a descrição de fenômenos psíquicos e comportamentais. O exemplo usado foi da fobia. A fobia é um nome para um sentimento, o medo, que pode incapacitar uma série de comportamentos.
Podemos, assim, descrever a fobia como um deus, como um sintoma advindo de uma estrutura psicológica como a neurose obsessiva, ou através do DSM-IV e enquadrá-lo em um transtorno.
Não citei no texto, mas é interessante ver como, por exemplo, o Transtorno Bipolar até há pouco era chamado de Transtorno Maníaco-Depressivo. Ou seja, o nome mudou e apareceram milhares de pessoas bipolares…
A questão nem é tanto o nome ou a descrição, que busca por ordem no nosso mundo caótico. Podemos continuar chamando de TDAH, mas é importante alertar que é apenas um conceito para explicar uma determinada situação psíquica. O que é mais importante ainda é alertar que os medicamentos não tem base científica como solução.
Cida Moysés, pediatra, deu uma entrevista para a Unicamp na qual disse o seguinte: “Um levantamento de 2011, publicado pelo equivalente ao Ministério da Saúde nos Estados Unidos, envolve uma pesquisa feita pelo Centro de Medicina baseado em Evidências da Universidade de McMaster, no Canadá, que analisou todas as publicações de 1980 a 2010 sobre o tratamento de TDAH. O primeiro dado interessante foi que, dos dez mil trabalhos que provaram que o metilfenidato funciona, é seguro, apenas 12 foram considerados publicações científicas. Todo o resto foi descartado por não preencher os critérios de cientificidade. Esse é um aspecto muito importante. Dos 12 trabalhos restantes, o que eles encontraram foi que a orientação familiar tem alta evidência de bons resultados, e o medicamento tem baixa evidência”.
Em outras palavras, não existe cientificidade nenhuma em afirmar que a Ritalina é uma droga eficaz para o TDAH. A orientação familiar e a orientação escolar é muito mais eficiente, e, óbvio, sem efeitos colaterais.
Em suma: a doença é fabricada. Está correto. Em certo sentido, podemos dizer que toda doença é fabricada. Mas argumentar que uma anfetamina será útil para tratamento (de crianças!) é, como digo, um crime.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Qual seria o real tratamento para o TDAH? Seria uma terapia comportamental?
Olá Allan,
Bem, no caso dos sintomas de desatenção ou hipeartividade não só a terapia comportamental é recomendada, quer dizer, todas as terapias da psicologia podem ser úteis. Quando se trata de crianças, a terapia também é recomendável para orientar os pais.
Atenciosamente,
Feliep de Souza
Caro Felipe de Souza, me chamo César Heck e tenho um amigo que – até onde sabia – tem TDAH.
Ele realmente tem esta “capacidade” de ter certos “devaneios” em nossas conversas. Não se limita apenas à mim, ou a mãe, ou à namorada: mas com qualquer um.
Eu não havia lido nada sobre isto – do Transtorno de atenção ser falso ou algo do tipo.
Mas então, fico me perguntando: O que poderia ser esta dificuldade de concentração, ou na verdade esta “falta de atenção” que ele demonstra?
(mesmo que não seja dado o nome de “TDAH” para isso…)
Ia te dar os parabéns pelos artigos de extrema qualidade e coerência que você escreve, mas na verdade prefiro agradecer por este material que irá – e já vem – me ajudando muito na faculdade e no dia a dia. Obrigado!
Mais um de seus textos excelentes!
Obrigada!
Olá César,
Há um tempo atrás eu escrevi um texto sobre a meditação vipassana
Sugiro que você faça esta meditação (por uma hora). Você verá que você também é desatento, quer dizer, todos nós temos uma grande dificuldade de manter a atenção em um ponto por longos períodos. Longos períodos podem ser tão longos como 10, 15 segundos…
Tanto é que ter a capacidade de manter o foco da atenção em um único objeto é chamado no Oriente de Dharâna, dois estágios antes de atingir o que eles acreditam ser a iluminação espiritual.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Stephannie,
Sempre muito bom receber seus comentários!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá, Felipe.
Eu descobri seu site “sem querer querendo” e desde então, não consigo fechar a página. Adoro seus textos e a forma como você escreve. Sou formada em Psicologia há pouquíssimo tempo e os questionamentos brotam a cada instante, sobretudo para eu não fazer parte dessa máquina, acredito que no tempo do imediatismo é mais fácil para as famílias resolverem questões comportamentos com remédio, ou seja, o problema é da criança e não altera a rotina de ninguém, não se mexe na ferida… E ainda tem mais, o Transtorno desafiador opositivo, que para o mesmo já tentam utilizar algumas drogas similares ao do TDAH, se não estou enganada. A psiquiatrização da infância deve ser discutida… E por isso adorei esse texto. Um abraço e parabéns pelo site e trabalho. Carla Simões.
Olá Carla,
Fico muito feliz com seu comentário, ainda mais por você ser uma colega de profissão!
Sim, creio que a medicalização – não só da infância – deve ser mais discutida.
Como Fritz Pearls dizia: “Menos Prozac e mais consciência”.
Será sempre um prazer contar com sua presença por aqui, Carla!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Eu não entendo nada de Psicologia, mas entendo cada frase que vc escreve. Poderia escrever um pouco sobre Transtorno Afetivo Bipolar? Fico muito grata!
Olá Zípora,
Veja aqui – Transtorno Bipolar no DSM-V
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Felipe, pretendo cursar psicologia e simplesmente adoro seu site, sempre que posso vejo-o, Eu sou uma ”portadora” do Déficit de Atenção e tenho Discalculia, sempre ando me informando e gosto de saber mais sobre. Queria lhe fazer uma pergunta: Fiquei meia confusa com essa matéria que praticamente afirma que o TDAH não existe, mas e a Discalculia? como eu poderia trata-la, além de tomar Ritalina ? Faz já um bom tempo que não a uso, creio que tomei ela por um ano e logo em seguida parei, não tinha condições financeiras para continuar indo ao neurologista, porem desde então não faço mais nenhum tratamento e logo irei fazer faculdade, estou no ultimo ano escolar e estou com medo de não dar conta de cursar psicologia.. tenho uma auto estima extremamente baixa por achar que não sou capaz de conseguir algo devido aos meus Déficits e não sei mais a quem recorrer, você como um dos melhores psicólogos que já conheci adoraria receber uma opinião sobre. por favor, eu ficaria imensamente agradecida se pudesse me responder, desde já obrigado!
Olá Beatriz,
Bem, eu sugiro que você faça terapia.
Na terapia com um psicólogo ou psicólogo você vai passar a se conhecer melhor. E não só: conhecerá também o que chamamos de “Crenças limitantes”, quer dizer, opiniões e pensamentos a respeito de si mesma que te limitam. Sem estas crenças, você terá mais autoconfiança e capacidade para lutar e atingir os seus objetivos, ok?
Por hora, esqueça um pouco destas classificações horríveis. Você não é alguém que tem isso ou aquilo. Você é a Beatriz.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Felipe, sou estudante de psicologia e gostei muito do seu site. Tenho algumas dúvidas a respeito dessa matéria. Esse ano meu pai foi diagnosticado como portador do TDAH, fez pouquissimas sessões de terapia (umas 4 no máximo) e iniciou o uso da medicação (a principio ritalina e agora venvanse) e isso visivelmente mudou a vida dele. Ele sempre teve um péssimo relacionamento com toda a família; péssimo desempenho no trabalho (era demitido com frequencia e passava longos períodos desempregado); teve várias esposas/namoradas por pouquissimo tempo; enfim, infinitos problemas que o tornavam incompetente e desagradável. Mas depois do diagnóstico e do tratamento com a medicação ele mudou muito, passou de funcionário problema a empreendedor dirigindo com sucesso seu próprio negócio na sua area profissional, se tornou uma pessoa mais sociável com a família e agora tem outra postura. E em vista dessa mudança também procurei ajuda profissional, pois estava com depressão pois apesar de me reconhecer inteligente estava desempregada e com desempenho ruim na faculdade porque não conseguia ser uma estudante dedicada apesar de amar meu curso, em suma, me sentia uma fracassada. Depois que iniciei o tratamento tive uma mudança muito rápida e eficaz, consegui recuperar minhas notas da faculdade e passei em um concurso público.
Será que talvez não seja muito radical afirmar que o TDAH simplesmente NÃO EXISTE ao invés de dizer que realmente exista um problema que muitas vezes é “aumentado” e/ou projetado em situações onde não haja o TDAH de fato mas algum problema passageiro e mais leve? Concordo que a indústria farmaceutica inventa muita coisa e dar esse tipo de medicação para crianças é realmente um absurdo (apesar de eu ter sofrido muito na escola), mas dizer que não é nada também não seria muito radical assim como é identificar doenças mentais em qualquer situação?
Olá Karine,
A intenção do texto é menos descaracterizar o TDHA do que mostrar que as doenças mentais são construtos teóricos (que podem ser utilizados para o bem ou para o mal). Quem sabe chegaremos ao dia em que os sintomas possam ser melhores descritos em termos cerebrais e tratados igualmente de uma maneira mais digna e certeira.
Obrigado por ter comentado!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Ola muito interessante seu texto eu fui ter conhecimento deste “transtorno” a alguns anos quando meu filho q na época tinha 5 quase 6 anos foi sugerido q eu o levasse ao neurologista pois o mesmo tinha características de hiperatividade e deficit de atenção e nao tinha o mesmo desempenho q seus coleguinhas no qual ainda nao reconhecia algumas letras ou formava palavras e nao lia sem contar q ele era daquelas crianças q nao andava corria!logo sempre caia, tropecava ou derrubava outras crianças levei em um neuro o qual pefiu um eletroencefalograma e o encaminhou a uma psicologa para fazer um diagnóstico se era portador do trânstorno foram 10 sessoes muitas viagem pra uma cidade a 70 km e muito dinheiro gasto e o resultado foi q comparando com seus pacientes ele nao tinha tdha .nao satisfeito o a psicologa do colégio e professoras e psicopedagoga insistiam e ne recomendaram um neuropediatra renomado e especialista em distúrbios de aprendizagem em Curitiba 450 km de onde moro e q tambem nao trsbalhava com planos de saude levamos ele la e o diagnóstico ele tem uma leve hiperatividade akem do deficit de atenção so q também dislexia recomendou fono, aulas de reforço e terapia alem da ritalina logico nao gostei mais dei para meu filho e ele tomou por 6 anos para ir na escola somente , a ritalina realmente o ajudou no final de 2013 eu e meu marido decidimos nao dar mais ritalina ano passado meu filho nao tomou o remédio e reprovou na escola e ele faz aula de reforco ate hj nao coloquei a culpa na falta de ritalina e sim na sua falta de esforço e comprometimento juntamente com a aborrescencia…ele vai 14 anos ja esta mais calmo se controla e sabe q tem q pensar antes de fazer algo nao esta mais tao impulsivo mais continua ansioso e a raramente impulsivo creio q e pir causa da maturidade sei q precisa de ajuda ainda mas nao pretendo mais dar remédio estou interessada em neurofedback fomos ate em uma consulta sobre o assunto mais fica inviável viajar 2 x por semana 400 km durante 8 meses enquanto isso tento conscientiza lo q ele tem q estudar e melhorar se dedicar e também ele sempre praticou bastante esporte o q ajudou hj ele e atleta da escola campeão em duas modalidades handebol e futsal frequentemente escolhido como destaque incentivamos bastante ele se dedicar ao esporte e sempre ressaltamos a importância dos estudos mas ele detesta estudar e ler.espero poder ajuda lo mais ah ja ia esquecendo resolvi parar de dar ritalina quando o mesmo colégio me recomendou a levar o irmaozinho dele de 4 anos pra uma consulta com neuro ja ressalto q ele e completamente diferente do irmão! o q esta acontecendo com o sistema educacional?
Olá Gisele,
Infelizmente ainda temos muitos problemas na educação em nosso país. De certa forma, temos um sistema criado há muitos séculos, professores formados no século passado e alunos do século XXI. Por isso, vemos o descompasso entre as partes que compõe a educação.
Evidentemente, podemos falar em certos tipos de problema de aprendizagem, mas também temos que levar em conta as diferenças individuais. Como geralmente a escola é massificante (pensa mais no grupo do que no indivíduo), os que estão fora da média (em termos de comportamento e notas) sofrem. Isto é válido igualmente para os superdotados.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
olá felipe, vc respondeu a um comentario dizendo `A intenção do texto é menos descaracterizar o TDHA do que mostrar que as doenças mentais são construtos teóricos´ mas o titulo do texto não é justamente `o transtorno de deficit de atenção é uma mentira´?
minha filha sempre teve problemas de aprendizagem desde o primario mas eu e o pai dela nunca demos atenção pois ela sempre demonstrou ser muito inteligente e lidavamos com isso como “preguiça´´ dela. ela nunca reprovava de ano pq mesmo com difuculdades conseguia no fim de cada serie alcançar a media das notas pq sempre foi inteligente. 2 anos atras quando entrou no ensino medio sentiu dificuldades pois entrou no contexto de estudar pro vestibular e resolvemos leva-la a uma neuropsicologa que fez alguns testes com ela e constatou que ela é portadora do tdah alem de ter um qi de 131 ou seja nao era problema de inteligencia rsrs. faz 2 anos que ela vem fazendo uso da ritalina e mudou radicalmente não so no desempenho na escola como sua organização dentro de casa (que sempre foi pessima). na minha opinião ter tratado isso inicialmente como preguiça foi pior do que teria sido submeter ela ao remedio pois imagino que se nos tivessmos dado a devida importancia talvez ela tivesse desenvolvido melhor suas habilidades desde o começo. nao me sinto culpada mas defendo que essa doença não é uma mentira mas pode ter sido atribuida muitas vezes a casos onde nao há doença.
Olá Márcia,
Na época em que escrevi o texto estava em discussão esta frase que o Leon disse. Foi traduzida com equívoco do alemão para o inglês (ou do inglês para o português). A grande questão é o superdiagnóstico e mesmo a prescrição de um medicamento que não se sabe muito bem os riscos no longo prazo.
Evidente que se vendem drogas em uma farmácia (por isso também é chamada de drograria). Como toda droga, pode ser um remédio ou um veneno. Por isso temos que ficar atentos. Casos bizarros não são raros na psiquiatria. Por exemplo, no começo do século passado receitava-se cocaína…
Atenciosamente,
Felipe de Souza
E quanto a tantos casos de pessoas que relataram melhoras substanciais na sua vida e que nunca ficaram dependentes, usavam a ritalina durante a semana, mas final de semana não usavam. Dizem terem se tornado pessoas muito mais disciplinadas com os estudos, as notas melhoraram, conseguiram ser mais organizadas e planejar melhor as atividades??
Estou fazendo essa pergunta por que hoje tenho 31 anos, demorei muito para me formar, por ter sido medíocre em tudo que fiz, até naquilo que eu considero ser tão bom e gostar muito, se eu não for obrigado, não busco me aprofundar.Tenho passado por muitas dificuldades na minha vida atualmente.Vou contar um pouco da minha história:
Meu nome é Jessé R. Dantas, sou arquiteto de profissão, porém amo de verdade Desenhar , ilustrações digitais, computação gráfica em geral e ilustrações 3D.
A minha vida escolar inteira, perdia as explicações dos professores porque ficava desenhando ou sonhando acordado, fui diversas vezes também expulso de sala de aula por conversar bastante.Para compensar me esforçava um pouco mais em casa estudando, mas nem consigo contar quantas vezes tirei notas medianas por erros de falta de atenção.Era (era não, ainda sou) visto por outros colegas como bobo, infantil, por isso as vezes brigava bastante na época de colégio. Sou realmente explosivo, mas naquela época era mais fácil, era só brigar ou xingar muito toda a árvore genealógica da pessoa que minha raiva passava.
Então entrei na faculdade de arquitetura, achei que porque gostava de desenhar era a melhor opção na minha cidade tão atrasada. Fui levando a faculdade empurrando com a barriga, até que arrumei o primeiro estagio….decepção total, com os estudos eu ja sabia como lidar, era só tentar pegar o que minha concentração permitisse em sala de aula, e estudar mais cedo para as provas, pois como eu não conseguia me concentrar nas leituras, principalmente de textos com linguagem muito complexa, uma coisa que dava pra estudar em 1 dia, eu começava a estudar 4 dias antes da prova. Porém, trabalhar era diferente e tive minha primeira frustração profissional. Fui taxado de tudo naquela época, lesado, burro, irresponsável. Porém eu ainda não entendia o que acontecia, e simplesmente colocava a culpa nos outros, ” Eles não me deram uma chance, não quiseram me ensinar, sabiam que eu era inexperiente, meu chefe é um arrogante,por que não foram mais pacientes comigo??”…e isso se repetiu em outros estágios. Até que conheci o 3D e o Photoshop, me identifiquei bastante, porem não conseguia trabalhos nessa área, mas estava decidido a me formar e me especializar na área de computação gráfica ou jogos digitais.
Minha namorada engravidou faltando 1 semestre para minha formatura, todos os planos e ideias não serviam mais, estava juntando dinheiro a mais de 1 ano para estudar fora, pois no Brasil o ramo ainda era muito fraco,mas foi tudo para bebê que estava por vir. Então tive que arrumar emprego como arquiteto mesmo.
Ja trabalhando como arquiteto no meu primeiro emprego, diversas vezes recebia chamada por errar besteiras, deixar passar erros bobos, minha chefe diversas vezes dizia que não sabia mais o que fazer comigo, varias vezes voltava para casa e via meu filho com apenas 8 meses brincando no chão, tão indefeso e dependente, me sentia um lixo, corria para o banheiro e chorava sem saber mais o que fazer. Minha auto estima estava totalmente dilacerada, tinha vergonha de dizer a verdade para minha esposa, e costumava dizer somente que era muito perseguido no trabalho. Porém ja havia notado que na empresa tinha um setor de computação gráfica bem forte, foi quando tomei coragem de abandonar minha profissão. Me sai muito bem , passei 3 anos na empresa trabalhando como designer, porem, meu filho estava crescendo e as responsabilidades também, de uma certa forma, eu ganhava melhor que a maioria dos arquitetos recém formados da época, mas nesta empresa não tínhamos horários fixos, as vezes trabalhávamos de 8:00 a 00:00 e finais de semana, durante meses desta forma, não recebíamos hora extra, nem 13°salário, então comecei a me entediar com o local, amava o que fazia, mas não queria mais aquele tipo de vida, perder finais de semanas e o crescimento do meu filho sem ganhar nada em troca.Então decidi que iria estudar para concurso, que seria a melhor forma de ter uma segurança para minha família. Porém , se eu continuasse naquela empresa jamais teria tempo para estudar, precisava me dedicar.
Por muita influencia da minha família também,decidi que iria procurar outro emprego na área de 3D que fosse carteira assinada, tudo direitinho ,mas não encontrei nada, na verdade toda empresa onde eu ia ser entrevistado, era do mesmo jeito. Ja quase desistindo, um amigo me enviou uma proposta de emprego em uma construtora , mas para trabalhar como Arquiteto, porém dessa vez com todos os direitos trabalhistas garantidos. Porém a velha desgraça da falta de concentração, dos erros, da lentidão, voltaram, e o pior de tudo, por ser arquiteto formado escuto constantemente …”Você não é estagiário pra cometer esse tipo de erro, você já deveria saber isso”…nossa…são 8 meses de pura angustia, ansiedade. Quase todos os dias durmo desejando que não amanheça. Já acordo com dor no peito, e falta de ar. Trabalho com 6 pessoas na mesma sala e tenho a impressão que ninguém gosta de mim.Tudo isso me afeta até nos estudos, pois não consigo me concentrar, as vezes saio tão triste do trabalho, que não sinto vontade de fazer mais nada, além de ficar prostrado na cama.
Decidi buscar ajuda, não sabia que tipo de profissional me dirigir, então fui a uma psicologa, que quando escutou meu relato, me encaminhou a um psiquiatra. Minha primeira consulta será dia 27/02/15, estou com muita esperança e ansioso para que o dia chegue logo.
Ao ler o seu texto, fiquei extremamente com medo de que minhas esperanças sejam falsas, que se o processo for longo de mais, eu não consiga recuperar a tempo todo o mal que fiz a minha própria imagem na empresa atual. Também não quero desistir do meu objetivo maior, que é passar em um concurso, simplesmente pq não consigo me concentrar, não consigo ficar sentado 5 minutos lendo um texto ou assistindo uma vídeo aula.
Gostaria de pedir desculpas pelo texto enorme, e principalmente se ele não parece ter uma ordem lógica, mas fui escrevendo o que vinha na mente no momento.
Olá Jessé!
Bem, você já tem idade suficiente para escolher se quer tomar uma medicação (no fundo uma droga) ou não.
Como toda droga terá os seus efeitos (positivos) e efeitos colaterais (negativos), inclusive com possibilidade de se criar dependência química.
Mas enfim, é uma escolha que cabe à você e somente à você.
Como digo em um outro comentário acima, nós aprendemos muita coisa na escola, mas não aprendemos sobre os nossos sentimentos, nossas sensações e sobre como estudar. Não é engraçado?
Uma linha que tem se fortalecido e ajudado milhões de pessoas no mundo é a Mindfulness Psychology, a Psicologia da Atenção Plena.
Veja aqui – https://psicologiamsn20220322.mystagingwebsite.com/?s=mindfulness
Atenciosamente,
Felipe de Souza
É uma pena mesmo Professor,
Pessoas da minha idade, talvez muitas passem pelo mesmo problema, mas conseguiram se adaptar de alguma forma, conheço alguns que abandonaram tudo para trabalhar com algo que eles consideravam mais fácil,de menos complexidade.Eu mesmo não fazia ideia que poderia ter algo do tipo, mesmo com todos os sinais aparentes. Minha esposa costumava dizer que sou autista…kkkkkkkk….pois eu nunca presto atenção no que ela me pede pra fazer ou dou atenção a alguma historia que ela conta…então passei a escrever quase tudo, como forma de me forçar a dar a devida atenção, desligo ou dou pause nos filmes, não sei se é correto, mas vou conversar sobre isso com minha psicóloga!!
Olá Jessé!
Entendo, mas existem pessoas que são mais criativas e menos organizadas mentalmente – o que não é ruim em si, já que as pessoas são diferentes.
Apenas para constar, gostaria de compartilhar os efeitos colaterais da Ritalina:
Efeitos colaterais da Ritalina
O nervosismo e a insônia são reações adversas muito comuns que ocorrem no início do tratamento com Ritalina, mas podem usualmente ser controladas pela redução da dose e/ou pela omissão da dose da tarde ou da noite.
A diminuição de apetite é também comum, mas geralmente transitória. Dores abdominais, náuseas e vômitos são comuns, e ocorrem usualmente no início do tratamento e pode ser aliviada pela alimentação concomitante.
As reações adversas do Quadro 1 são classificadas conforme as seguintes frequências estimadas: muito comuns > 10%; comuns > 1% e < 10%; incomuns > 0,1% e < 1%; raras > 0,01% e < 0,1%; muito raras < 0,01%. Quadro 1 Distúrbios do sangue e sistema linfático Muito raras: Leucopenia, trombocitopenia, anemia. Distúrbios do sistema imunológico Muito raras: Reações de hipersensibilidade. Distúrbios do metabolismo e nutrição Raras: Redução moderada do ganho de peso durante uso prolongado em crianças. Distúrbios psiquiátricos Muito raras: Hiperatividade, psicose (algumas vezes com alucinações visuais e tácteis), humor depressivo transitório. Distúrbios do sistema nervoso Comuns: Cefaleia, sonolência, tontura e discinesia. Muito raras: Convulsões, movimentos coreoatetoides, tiques ou exacerbação de tiques pré-existentes e síndrome de Tourette, distúrbios cerebrovasculares incluindo vasculite, hemorragias cerebrais e acidentes cerebrovasculares. Distúrbios visuais Raras: Dificuldades de acomodação da visão e visão embaçada. Distúrbios cardíacos Comuns: Taquicardia, palpitação, arritmias, alterações da pressão arterial e do ritmo cardíaco (geralmente aumentado). Raras: Angina pectoris. Distúrbios gastrintestinais Comuns: Dor abdominal, náusea, vômito, boca seca. Distúrbios hepatobiliares Muito raras: Função hepática anormal, estendendo-se desde um aumento de transaminase até um coma hepático. Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos Comuns: Rash (erupção cutânea), prurido, urticária, febre e queda de cabelo. Muito raras: Púrpura trombocitopênica, dermatite esfoliativa e eritema multiforme. Distúrbios dos tecidos musculoesqueléticos e conectivos Comuns: Artralgia Muito raras: Cãibras musculares Distúrbios gerais Raras: Leve retardamento do crescimento durante o uso prolongado em crianças. Há relatos muito raros de síndrome neuroléptica maligna (SNM) fracamente documentada. Na maioria destes relatos, os pacientes estavam também tomando outros medicamentos. O papel da Ritalina nestes casos é incerto.
Sou portador de TDAH e descobrir o mesmo aos 23 anos, EXISTE DUAS VIDAS, UMA ANTES E A OUTRA DEPOIS DA RITALINA, vejo nitidamente que o medicamento me ajuda e muito, e dizer que TDAH não existe, é um absurdo. eu sou a prova viva do quanto eu sofri durante toda minha infância até a fase adulta, por um transtorno na qual as pessoas rotulavam como peguiçoso e etc…. pode até existir uma distribuição desenfreada do metilfenidato, porem, esse transtorno já foi relatado a mais de 100 anos. se aumenta o conhecimento sobre o tema, logo aumenta o numero de diagnostico que por sua vez aumenta o numero de vendas da ritalina. Ler artigos científicos é muito diferente de ser um portador de algum transtorno mental. durante 22 anos da minha vida, eu tentei terapia ou qualquer outra coisa relacionada a esse meu jeito desconhecido de ser, fui em psicólogos e nenhum me diagnosticou como TDAH, e foram desses em que não vi resultado nenhum em minha vida. até que um dia, cansado e por conta propria resolvi procurar um medico e relatar minha vida pra ele, eu nem sabia o que era TDAH, nem imaginava o que era deficite de atenção. até o medico me diagonosticar, me medicar e mudar minha vida pra melhor.
Olá Franklin!
Obrigado por comentar!
Se esta droga está sendo boa para ti, então tudo bem. Qualquer droga pode ser um veneno ou um remédio. Até o álcool, desde que utilizado com moderação, pode ser útil para certas situações.
É importante notar que pode gerar dependência e tem efeitos colaterais como mencionamos acima.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Ola pessoal, boa noite.
Como prometido,vim relatar como foi minha consulta ontem, dia 27/02.
Foi simplesmente frustrante,o psiquiatra nem quis me ouvir, simplesmente me receitou 1 antidepressivo(Escilex) um remédio pra insonia(sendo que eu disse que durmo tarde pq estudo até tarde, ou pelo menos tento estudar, sei que se eu deitar agora irei dormir como uma pedra até amanha)…e me receitou tbem o OLCADIL para momentos de extrema ansiedade.
Fiquei meio assustado e não comprei nada, por sorte era dia de ver minha psicologa também. Falei tudo, ela não disse nada sobre o medico, mas vi em seu rosto que não aprovava a atitude dele. Como ela me achou meio diferente no dia, elétrico e fazendo piadas das minhas desgraças, ela perguntou se eu tinha comprado algum dos remédios receitados pelo psiquiatra….kkkkkkkkk!!! Mas não perdi as esperanças, acredito que logo logo encontrarei alguém que me atenda melhor e que não me trate como médico de emergência, aquele tipo de médico que vc mal abre a boca e ele ja diz…”VIROSE”!!
Não desanima Jessé! Também acho que o médico acabou sendo relapso, hoje em dia isso é bem comum como sabemos, infelizmente. Há muitos tambem que mal chegam a investigar pois pensam que é mais alguma pessoa sem problemas reais de concentração e que só está atrás da medicação. Por conta desse tipo de coisa que pessoas que realmente têm dificuldades acabam prejudicadas quando recebem esse tipo de tratamento ou quando há quem diga que o déficit de atenção nem exista de fato,
Como disse o Franklin mais acima “existem duas vidas, uma antes é a outra depois da ritalina” pra quem tem o problema, que imagino ser o seu caso. Boa sorte na próxima!
Olá Felipe! Estou fazendo um trabalho sobre TDAH para minha pós e gostaria que vc me indicasse autores e livros para este tema!!
Obrigada! :D
Olá Belle!
A fonte principal vai ser o DSM-5, mas também você encontrará artigos sobre (a favor e contra este diagnóstico).
Atenciosamente,
Felipe de Souza
A Ritalina não é uma Anfetamina e sim um Metilfenidato, são coisas diferentes, o metilfenidato pode ter origem da Anfetamina, mas não quer dizer quer seja e que tenha o mesmo efeito. O Canabidiol é extraído da maconha e tem pai que vai buscar nos Estados Unidos para dar para os filhos que estão sofrendo com alguma doença como a CDKL5, uma síndrome genética.
Eu tenho TDAH e desde jovem fui diagnosticado por 4 médicos diferentes com testes e exames e hoje tenho 30 anos, não tomo Ritalina, mas tomo o Venvanse que é mais forte. O Pediatra da minha filha já está ciente desse problema genético (TDAH) e se ela herdou ele vai tratar ela com remédio sim, além de toda uma equipe de profissionais, como meus colegas Psicólogos que aceitem tratar TDAH.
Só quem tem sabe o que é a vida antes do remédio e a vida depois.
Detalhe, o Departamento de Psicobiologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo fez um estudo comprovando que a Ritalina não tem efeito em pessoas que não tem TDAH, se a pessoa não tem ela está tomando placebo de R$300.
Agora é aquele negócio, em toda profissão tem o bom e o mal profissional, não pode confiar em qualquer medico que aparece na sua frente afirmando que seu filho tem TDAH (lembrando do Jessé a cima) como também não pode acredita no primeiro psicólogo que aparece falando que você não precisa dar remédio para o seu filho. Psicólogo nem pode falar isto, ele não estudou para prescrever ou descontinuar um tratamento medicamentoso, é perigoso parar de tomar um remédio sem conselho médico, principalmente os psicoestimulantes e antidepressivos.
Pessoal vamos lá, existe casos e casos.
Olá Rafael,
Como disse em outros comentários, se está sendo bom para ti, então está sendo bom.
A Unifesp, Universidade de São Paulo, possui este texto sobre o grupo de anfetaminas:
As anfetaminas são drogas estimulantes da atividade do sistema nervoso central, isto é, fazem o cérebro trabalhar mais depressa, deixando as pessoas mais “acesas”, “ligadas” com “menos sono”, “elétricas”, etc. É chamada de rebite principalmente entre os motoristas que precisam dirigir durante várias horas seguidas sem descanso, a fim de cumprir prazos pré-determinados. Também é conhecida como bolinha por estudantes que passam noites inteiras estudando, ou por pessoas que costumam fazer regimes de emagrecimento sem o acompanhamento médico.
Nos USA, a metanfetamina (uma anfetamina) tem sido muito consumida na forma fumada em cachimbos, recebendo o nome de “ICE” C gelo).
Outra anfetamina, metilenodióximetanfetamina (MDMA), também conhecida pelo nome de “Êxtase”, tem sido uma das drogas com maior aceitação pela juventude inglesa e agora, também, com um consumo crescente nos USA.
As anfetaminas são drogas sintéticas, fabricadas em laboratório. Não são, portanto, produtos naturais. Existem várias drogas sintéticas que pertencem ao grupo das anfetaminas e como cada uma delas pode ser comercializada sob a forma de remédio, por vários laboratórios e com diferentes nomes de fantasia, temos um grande número destes medicamentos, conforme mostra a tabela.
Tabela – Nomes comerciais de alguns medicamentos à base de drogas do tipo anfetamina, vendidos no Brasil. Dados obtidos do Dicionário de Especialidades Farmacêuticas – DEF – ano 1996/1997.
Droga do tipo Anfetamina – Produtos (remédios comerciais) vendidos nas farmácias
Dietilpropiona ou Anfepramona = Dualid S; Hipofagin S; Inibex S; Moderine
Fenproporex = Desobesi-M; Lipomax AP; Inobesin
Mazindol = Dasten; Fagolipo; Absten-Plus; Diazinil; Dobesix
Metanfetamina = Pervitin*
Metilfenidato = Ritalina
No último feriado meu pai, que tem TDAH mas interrompeu o tratamento e a medicação pelo alto custo, foi à padaria buscar uma sobremesa, comprou um pudim e quando estava na rua de casa lembrou que esqueceu o pudim na padaria. Buscou e quando chegou em casa estava todo melado de calda pq tinha virado a embalagem, que acabou vazando também no banco do carro dele. Entrou pra pegar um pano molhado pra limpar o carro e quando chegou no portão as visitas chegaram, ele abriu o portão pra guardarem o carro na nossa garagem. Meu pai entrou no carro e enquanto limpava o banco, sem querer, apertou o botão do controle do portão automático que começou a fechar sem ele perceber, mesmo com os convidados gritando e até buzinando pra ele parar o portão. O portão fechou em cima do carro da minha tia até amassar a lateral, meu pai percebeu o que estava acontecendo tarde demais. Tudo isso num espaço de tempo de 1h. Isso acabou com a semana dele. O TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO É UMA MENTIRA SIM. Muito cuidado para, nessa tentativa de impedir esse consumo desenfreado e desnecessário de medicamentos por pessoas que não sofrem do transtorno, acabar amedrontando gente que precisa de tratamento e tem uma vida totalmente conturbada mas que acaba somente se culpando e destruíndo a própria auto estima pelos fracassos constantes em seu cotidiano. Entendo que as pessoas cada vez mais estão abusando desse tipo de medicação pra “aumentar o potencial” de seus cérebros mas o seu texto foi bem parcial e pode acabar prejudicando o outro grupo que é o que mais precisa de ajuda.
Olá Felipe. Gostei muito do seu texto e concordo com ele em vários pontos. Porém, não acho que seja a maneira mais adequada (ou ideal) de abordar esse problema.
Sou estudante de Medicina do 5º ano e tenho um gosto especial por tais reflexões mais profundas sobre doenças, especialmente psiquiátricas como a TDAH.
Acredito que, realmente: a TDAH é um rótulo que se deve pensar MUITO bem antes de fornecê-lo a uma pessoa. Porém, já convivi com portadores desse transtorno e, olhando de fora do problema, posso entender o quão é necessário um tratamento adequado.
Já utilizei Ritalina certa vez buscando a tal melhora no sistema cognitivo para longos períodos de estudo mas, sendo uma pessoa normal, não senti NENHUM efeito com a droga: nem a nível psicológico, nem a nível físico (efeitos simpaticomiméticos das anfetaminas).
Porém, tenho conhecidos que foram diagnosticados com TDAH e utilizam Ritalina com um ganho substancial da capacidade cognitiva.
O argumento que você utiliza para reforçar a “mentira” de uma doença como a TDAH, a meu ver, não é válido. Na história do nosso planeta, muitas doenças recebem nomes diferentes com o evoluir dos estudos sobre elas e isso é algo benéfico.
A questão é que, como a Karine comentou logo acima, opiniões muito agressivas a respeito de um diagnóstico como esse podem privar pessoas que poderiam se beneficiar do seu tratamento de obterem a terapêutica adequada.
Sem a menor sombra de dúvidas, concordo que a mente de cada um trabalha de uma forma específica e não convém a nós julgarmos tal forma de funcionamento como errada ou correta. Porém, quando existe um PREJUÍZO FUNCIONAL, por algum motivo, isso deve ser algo a ser avaliado e tratado, quando possível.
O TDAH e o TAB são dois grandes exemplos disso. Na mania e hipomania características do TAB, existe um aumento grande da energia, das atividades dirigidas a objetivos, de atividades prazerosas e libido. Porém, com tudo isso, temos ainda aceleração do pensamento que pode causar fuga de ideiass, um discurso tangencial e com pressão para falar e ideias delirantes ou de grandeza, com a CRÍTICA PREJUDICADA.
Portadores do rótulo “TDAH” corretamente experienciam uma série de dificuldades para se concentrar, com uma fuga substancial das ideias e falta de foco. Isso é um problema e os derivados da Anfetamina (bem como psicoterapia, associada ou não) podem tratá-la. Portanto, por que não?
Podemos fazer uma analogia com um paciente pré-diabético. Medicamentos como diuréticos podem trazer uma série de problemas como aumento do potássio no sangue que pode levar a alterações graves da fisiologia elétrica do coração e, mesmo assim, é importante tratá-los.
Como com qualquer fármaco, seus benefícios devem prevalecer sobre malefícios, considerando o perifl de efeitos colaterais de cada medicamento.
Resumindo, concordo com você que a TDAH é um rótulo perigoso de ser dado e os derivados de Anfetamina não devem ser prescritos na quantidade que são hoje, especialmente a crianças e jovens em fase de desenvolvimento e plasticidade neuronal. Porém, excluir a TDAH como síndrome e chamá-la de “mentira” impede que as pessoas que têm prejuízo funcional por essa condição sejam tratadas. O resultado, de uma forma ou de outra, é prejudicial a essas pessoas.
Dizem alguns especialistas que os transtornos de personalidade esquizóide e esquizotípica também são fictícios criados para vender medicamentos e enriquecer a indústria farmacêutica.
Meu irmão foi diagnosticado com isso só porque ele nunca casou.