Breve História
Segundo Veit e Carvalho (2010) desde o final do século XIX, pesquisadores vem tentando tratamentos mais eficazes contra o câncer. Nesse período foi desenvolvida a técnica de anestesia mas tinham dificuldades em localizar o tumor. Contudo, surgiu a radioterapia, como elemento paliativo.
Já no século XX, depois da Segunda Guerra Mundial, pesquisadores dão inicio ao tratamento farmacológico e medicamentoso do câncer. Com o passar dos anos técnicas, tratamentos farmacológicos, cirurgias vem ocasionando aumento de tempo de vida dos pacientes com câncer.
A formalização da Psico-Oncologia nasceu nos Estados Unidos, em um centro médico especializado em câncer, o Memorial Sloan Ketergin Hospital. Originou-se então a constatação que fatores psicológicos e comportamentais estavam envolvidos na etiologia do câncer.
Conceito
A psico-oncologia é a área que insere Psicologia e Oncologia, visando estudar as variáveis do comportamento e psicológica relacionadas ao processo de adoecimento e cura e as intervenções ao longo de todo ele. (VEIT; CARVALHO, 2010)
A importância da psico-oncologia é para que os pacientes que recebem a noticia de estar com câncer façam o tratamento. Se não fizerem, isto terá efeitos não só para o paciente de forma negativa, mas para a família como um todo também. A atuação do Psicólogo é justificada pois evidenciou-se que adesão aos tratamentos está associada a fatores psicológicos e sociais.
No atendimento de indivíduos com alguma enfermidade crônica, tal como câncer, as funções do psicólogo devem: favorecer a adaptação dos limites, das mudanças impostos pela doença e da adesão ao tratamento; auxiliar no manejo da dor e do estresse associados à doença e aos procedimentos necessários; auxiliar na tomada de decisões; preparar o paciente para a realização de procedimentos invasivos dolorosos, e, enfrentamento de possíveis consequências dos mesmos; promover melhoria da qualidade de vida; auxiliar a aquisição de novas habilidades ou retomada de habilidades preexistentes; e revisão de valores para o retorno à vida profissional, familiar e social ou para o final da vida. (SCANNAVINO, 2013, p.37)
Referencia:
SCANNAVINO, Camila Saliba Soubhia et al. Psico-Oncologia: atuação do psicólogo no Hospital de Câncer de Barretos. Psicologia USP, v. 24, n. 1, p. 35-53, 2013.
VEIT, M.T.; CARVALHO, V.A. Psico-Oncologia: um novo olhar para o câncer. O munda da saúde, São Paulo: 2010:34.
Felipe, bom dia!
Primeiramente queria parabenizá-lo por este site maravilhoso, estou viciado nele! Sou da área da Segurança da Informação, mas sempre tive interesse por Psicologia. A maneira com que você compartilha seus conhecimentos é surreal! Bom, eu sempre tive vontade de fazer algo dentro da Psicologia relacionado a crianças, jovens infratores e etc… Este artigo realmente despertou meu interesse por esta área, imaginar que você pode realmente ajudar uma pessoa em um momento tão difícil é muito gratificante. Ajudar também mesmo que as esperanças tenham acabado, no final da vida dessa pessoa é demais… Se possível, poderia falar mais sobre essa área da Psicologia que aborda esses temas mais “pesados”? Também tenho bastante interesse na área da psicologia esportiva. Um grande abraço e parabéns novamente!
Olá Hiuri,
Obrigado! É muito gratificante para todos do site receber avaliações tão positivas como as suas.
Então, já temos planejando dois textos que abordaram os temas sugeridos por você. Sobre temas mais pesados, vamos falar a respeito da atuação do psicólogo nos Caps e Naps (que vieram para substituir os hospitais psiquiátricos).
E também já temos um texto sendo elaborado sobre O que é psicologia do esporte.
Atenciosamente,
Felipe de Souza