Olá amigos,

Este é um texto de reflexão a respeito da relação entre a psicologia e a música, sugerido pelo meu amigo Gabriel  Aquino Capparros. Eu poderia escolher diversos caminhos para falar com vocês sobre este tema e preferi escolher um jeito mais informal do que científico (das neurociências) ou metafísico (sobre as ondas sonoras e as vibrações) ou prático (como é o lindo trabalho da musicoterapia). Eu preferi uma abordagem mais direta e pessoal por ser a música, ao lado da psicologia, uma das minhas paixões.

Em verdade, se tivesse talento, com certeza seria músico.

Definição de música

A música, assim como o tempo, parecer ser de difícil definição. Muitos professores começam a ensinar dizendo que a música é a junção de 3 elementos básicos: ritmo, melodia e harmonia. A grosso modo, podemos entender o ritmo como o a frequência e repetição de sons em um compasso, a melodia como a sequência de notas e a harmonia como a relação das notas em um mesmo tempo.

Provavelmente esta não deve ser a melhor definição de música já escrita. Porém, assim como o tempo, não precisamos definir o que é música, não é mesmo? Todos nós sabemos o que é música, quando ouvimos em nosso ambiente.

A influência da música em nossas vidas

O mais incrível sobre a vida, em minha opinião, são as diferenças individuais. Sempre me lembro de uma frase de um autor da PNL que dizia que se pudéssemos trocar por um dia de corpo com outra pessoa, incorporando junto seus sentimentos e pensamentos seria estranhíssimo. Seria como ir para outro planeta.

Então, tomando este princípio da individualidade da psicologia, podemos começar dizendo que a influência da música – e de uma música – sobre a psique é totalmente única. Por incrível que pareça, existem pessoas que não gostam de música. Que não tem um grupo ou estilo ou uma coleção de músicas… De forma que para estas pessoas a música seria completamente indiferente. Mas será verdade?

Outra arte que aprecio extremamente é o cinema. Se levássemos esta pessoa que não gosta de música para um ver, no cinema, um filme de terror, com certeza a música do filme não seria indiferente. Até porque mais da metade do medo em um filme de terror advém dos sons e músicas que nos afetam extremamente. Para fazer a prova, basta ver um filme terrível (para mim o Exorcista é o pior) no mudo. O filme simplesmente perde a graça.

Estilos musicais e emoções

Agora imaginando as pessoas que gostam de música, vamos encontrar um fato curioso. Provavelmente quem gosta de música e tem uma coleção no computador, no celular, tablet e afins não gosta de todas as músicas e estilos musicais. Quem gosta de rock provavelmente não vai gostar de funk, e quem gosta de música clássica provavelmente não vai gostar de axé.

E isto pode até ser levado ao extremo de ser criado ódio de um grupo para outro. Mas não é disso que gostaria de salientar aqui.

Ao pensarmos que as pessoas geralmente se identificam com estilos musicais, e, ainda que possam gostar de estilos musicais diferentes, qual é a influência de cada estilo e de cada música específica no eliciamento das emoções? Em outras palavras, será que músicas diferentes despertam emoções diferentes?

Infelizmente não consegui encontrar um comercial de TV americano que vi há alguns anos. A cena é a seguinte: um taxi está entrando na cidade de Nova York. O taxista põe um rap para tocar e o visitante olha ao redor para os prédios e ruas. A cena volta, o carro entra novamente na cidade e o taxista, ao invés de rap coloca uma música clássica. Os prédios e ruas são os mesmos. Mas, assim como para o passageiro, a sensação é outra…

Não é preciso muito para comprovar a influência de diferentes músicas em nossas emoções. É até bastante fácil ficarmos tristes, se quisermos. Basta escolhermos uma música que nos lembre um período conturbado, aflitivo, triste… e se ficarmos ouvindo esta música, que imediatamente nos lembra de cenas e momentos difíceis, rapidinho também ficaremos mal. E o mesmo ocorre com músicas alegras, divertidas, emocionantes…

Conclusão

É um fato que uma música antiga nos traz lembranças e sentimentos do passado, quase que no segundo que começa a tocar. Esta influência é rápida e pode até ser inconsciente, mas o interessante é que podemos utilizar esta influência a nosso favor. Podemos escolher outras músicas para tocar, músicas que nos motivem, nos deixem alegres, nos faça relembrar de períodos bons.

Também podemos escolher e descobrir músicas para relaxar, para estudar (como Bach) ou músicas para dançar. Como disse no começo, este é tão somente um texto de reflexão sobre a influência da música em nossas vidas. E para vocês, o que vocês sentem e pensam a respeito?

Psicólogo Clínico e Online (CRP 06/145929), formado há 16 anos, Mestre (UFSJ) e Doutor (UFJF), Instrutor de Mindfulness pela Unifesp. Como Professor no site Psicologia MSN venho ministrando dezenas de Cursos de Psicologia, através de textos e Vídeos em HD. Faça como centenas de alunos e aprenda psicologia através de Cursos em Vídeo e Ebooks! Loja de Vídeos e Ebooks. Você pode também agendar uma Sessão Online, Terapia Cognitivo Comportamental, Problemas de Relacionamentos, Orientação Profissional e Coaching de Carreira , fazer o Programa de 8 Semanas de Mindfulness Online. E não se esqueça de se inscrever em nosso Canal no Youtube! - no TikTok -, e Instagram! Email - psicologiamsn@gmail.com - Agendar - Whatsapp (11) 9 8415-6913