Neste texto, explico de forma breve as fases que compõe a avaliação comportamental, dividindo-a em duas partes: análise do motivo da consulta e estabelecimento das últimas metas do tratamento. 


Fase 1 – Análise do motivo da consulta

A importância de entender e atentar para uma descrição completa de quais podem ser as queixas e demandas do paciente e de seu ambiente deve ser considerada nesta fase, para que o avaliador comportamental se assegure de que a conceitualização teórica do problema representa adequadamente os motivos pelos quais está sendo realizada a consulta.

Atender e esclarecer todo o conglomerado de queixas e demandas apresentadas pelo paciente é necessário e requer uma pesquisa minuciosa e ativa por parte do avaliador. É importante não ficar apenas nos primeiros problemas que vem a tona.

Fase 2 – Estabelecimento das últimas metas do tratamento

Os resultados finais fazem referência aos critérios utilizados para considerar o tratamento um sucesso e à validade clínica e social.

Os resultados finais devem solucionar as demandas do paciente e dos que o cercam e os resultados instrumentais devem atingir outros resultados sem intervenção adicional.

Já os resultados intermediários facilitam a continuação do tratamento ou possibilitam a aplicação de determinadas técnicas de intervenção.

As metas devem ser os últimos objetivos ou resultados da terapia, devem atingir todas as mudanças desejadas e incidir no comportamento e no ambiente do sujeito.

As últimas metas dependem de diferentes terapias, ou seja, do sistema conceitual e de valores do terapeuta.

Considerações Finais

As duas fases que compõe a avaliação comportamental podem ser expressas através de duas perguntas:


– Qual é o motivo da consulta?

– Qual é o objetivo do tratamento?


Em outras palavras, podemos pensar na causa que levou o paciente a buscar o tratamento (que pode ser um acontecimento, um sentimento, uma dificuldade, por exemplo) e o objetivo que visa o tratamento: entender e superar um acontecimento, sentimento ou dificuldade…


Claro que existem e podem existir diversos motivos, causas e finalidades. A variação é tão grande quanto o número de tipos personalidades, ou até o número de pessoas que buscam um tratamento psicológico. Por isso há a necessidade de o psicólogo ou psicóloga ter clareza no modo como avaliará a primeira e as primeiras consultas.