Desde os tempos mais longínquos o mundo se interessa pela interpretação dos sonhos. A visão pré-histórica estava relacionada com as revelações divinas e demoníacas, e tinham como finalidade predizer o futuro.

Os povos antigos esperavam importantes conseqüências dos sonhos, mas era impossível dizer se os sonhos estavam fazendo comunicações importantes, isso foi de incentivo para que se elaborasse um método compreensível e significativo para os sonhos.

Maury disse “Sonhamos com o que vimos, dissemos, desejamos ou fizemos” e foi Sigmund Freud que comprovou que os sonhos são passiveis de serem interpretados. Freud constatou que cada fragmento tem um sentido diferente em pessoas e contextos diferentes, este método de decifração desbanca guias de sonhos onde tudo é padronizado, cada individuo é um ser único, com vivências próprias, então seria um erro dizer que a montanha russa do meu sonho tem o mesmo significado que a montanha russa do sonho de outra pessoa.

Nessa época, Freud rema contra maré, uma época em que todos explicavam tudo a partir do pensamento racional, a consciência, Freud surge com a psicanálise explorando um novo campo, o inconsciente, onde estaria tudo o que a consciência considerou insuportável e preferiu negar,recalcar.

É fácil perceber que a consciência rejeita algumas de nossas vivencias, quem nunca sonhou que estava em um lugar e poderia jurar que nunca viu e nem esteve nesse lugar? Ou sonhou com uma pessoa que jura nunca ter visto?

Bom, nossos sonhos são sempre cheios de coisas, pessoas e lugares estranhos que não podemos nos recordar, mas que de alguma forma esteve presente em nossas vidas, como pela televisão ou mesmo por uma viagem, dessa forma somos levados a admitir que sabíamos de algo que estava fora do alcance de nossa consciência.

No livro “o futuro de uma ilusão” consta um fragmento da carta que Sigmund Freud escrevera para Oskar Pfister dizendo-lhe que “Ao tratar da análise leiga, pretendia proteger a psicanálise dos médicos, ao passo que em O futuro de uma ilusão, procuro defendê-la dos padres”.

Para o entendimento dos sonhos Freud propõe aos seus pacientes que eles lhes contem todos seus sonhos sem manipulações,tudo o lhes vier a cabeça(associação livre),o veiculo para a cura,para o entendimento seria a fala.

Porém não se trata nem de uma confissão,como a fala a um padre,nem uma consulta médica. Ana Freud aos 8 anos de idade conta que sonhou que comia morangos que foi impedida durante o dia de come-los, Sigmund Freud prova que os sonhos são realizações de desejos, por isso a psicanálise dirige a cura e não o paciente.

ENTÃO FICA A DICA: sonho é realização de desejo? Então baby durma, sonhe e vá “além do principio do prazer”.