Hoje em dia, qualquer criança que não se adapte à escola é facilmente taxada de hiperativa, desatenta, sem limites e mais facilmente ainda, a criança começa a ser medicada. 


Entretanto, o que a maior parte das pessoas não sabe é a história desta suposta “doença”, intitulada TDHA (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade):

1) Criação do remédio antes da “doença”:. Você já ouviu falar em algo assim? É como criar um remédio (tratamento) para a doença de Alzheimer antes da sua descoberta, em 1906. 


2) Criação da “doença” sem saber a causa: Até os dias atuais, não se sabe a causa da “doença” e, mesmo assim, os medicamentos continuam a ser prescritos. Pense comigo: se eu não sei o qual é a causa, origem de um determinado efeito, e se para combater o efeito eu preciso saber a causa, como eu posso ter um remédio que cura um efeito sem conhecer o que o causa? 


Cito abaixo um trecho da Dissertação de Mestrado de Marleide Mocelin: 

“Embora tenham sido feitos muitos estudos e mesmo tendo havido avanço tecnológico significativo em termos de exames neurológicos, não foi constatada nenhuma alteração orgânica. (…) No interior da própria medicina, a partir da década de 80, começou a haver um movimento crescente que discute a validação do conceito  Portanto, não há consenso sobre o TDAH no que tange ao tratamento. Não há um exame seguro para detectá-lo, suas causas são amplamente especulativas e suas manifestações são relativas aos olhos do observador”.

O próprio DSM-IV (Manual de diagnóstico utilizado por médicos e psiquiatras) diz que no caso do TDAH: “Nenhum teste laboratorial foi estabelecido como diagnóstico na avaliação clínica do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade”. 

Em resumo: o TDAH é uma disfunção ou déficit cerebral desconhecido – inclusive quanto às causas e modo de diagnosticar. Mas não se preocupem: o remédio já foi criado!  
Antes de dizer que alguém tem este suposto TDAH (hiperatividade ou desatenção),  devemos nos perguntar  se não é a escola que possui o problema. Na era da internet, onde o tempo se aproxima do zero (repare no tempo que leva para pesquisar algo no google), assistir à uma aula maçante e tediosa é pedir para que sejamos desatentos… ou que queiramos sair correndo da sala de aula ….

Nesse sentido é importante considerar as palavras de Paracelso, médico e alquimista do século XVI: “O que uma humanidade considera como o cume do saber é considerado pela imediata como errôneo e até prejudicial”. Veremos que ele tem razão se pensarmos que, há não muito tempo atrás, a psiquiatria se gabava de realizar maravilhosas lobotomias, cuja técnica consistia em cortar pedaços do cérebro…

Para saber mais: A produção do fracasso escolar. Autora: Maria Helena Souza Patto. Editora Casa do Psicólogo.



FELIPE DE SOUZA