Interpretação dos sonhos – Capítulo 3 – Freud

Capítulo 3 – O sonho é uma realização de um desejo

Breve resumo

No capítulo 3, do livro Interpretação dos Sonhos, Freud desenvolve o ponto de vista,segundo o qual os sonhos são realizações de um desejo. “Não são, portanto, destituídos de sentido, não são absurdos. Pelo contrário, são fenômenos psíquicos de inteira validade, realizações de desejos”.

No segundo capítulo, do sonho modelo, já havia desenvolvido esta “descoberta”: “quando o trabalho de interpretação se conclui, percebemos que o sonho é a realização de um desejo”.

Freud se questiona sobre a origem da forma enigmática do sonho, pelas alterações dos pensamentos oníricos no sonho manifesto, pela fonte das peculiaridades do sonho, e averigua então se os sonhos, todos eles, podem ser considerados como realização de desejo.

Em outras palavras, o sonho manifesto é o sonho tal qual é relatado da primeira vez. Pode ocorrer que o sonho manifesto não aponte de imediato o desejo que lhe corresponde no chamado sonho latente.

Após mostrar as peculiaridades dos sonhos e a diferença entre o sonho manifesto e o sonho latente, Freud passa sem seguida a demonstrar exemplos, como os da realização do desejo de beber água, o desejo de continuar dormindo, sonhos que predizem a gravidez e o desejo dessas mulheres de ficar grávida ou ficar mais tempo livre da maternidade. Também aparecem no texto sonhos de crianças.

Estes últimos são “pura realização desejos. Não levantam problemas a ser solucionados, mas são de inestimável importância para provar que, em sua natureza essencial, os sonhos representam realizações de desejos”. Freud descreve então alguns sonhos de seus próprios filhos.

Considera que as crianças às vezes apresentam sonhos mais complexos e os adultos em condições adversas sonhos “infantis”. E conclui o capítulo mostrando alguns provérbios alemães, judeus e húngaros que corroboram a sua tese: os sonhos são realizações de desejo.