Pensar os próprios pensamentos é um dos fatores que faz a mente humana algo incrível. Mesmo sendo um processo interminável (já que podemos pensar o pensamento pensado do pensamento que estávamos pensando) é um ato criativo, um ato que cria o nosso mundo. Podemos utilizar esta forma – pensar um pensamento e repensar o pensamento – para criarmos um significado mais coerente, mais saudável e melhor para nossas vidas.

Se eu digo ou penso uma determinada frase, posso em seguida pensar o que acabei de pensar. Desde modo, vamos indo para níveis mais altos de abstração.

Imagine, talvez que você esteja triste ou com raiva por algo que aconteceu. Você pode pensar e descobrir o que é que faz com que você fique triste ou com raiva. O que era esperado que não aconteceu?

E, continuando, você pode pensar o seguinte: será que este jeito que estou pensando é o melhor jeito para se pensar? Ficar triste ou com raiva vai resolver?

A psicologia clinica, em grande parte, trabalha desta forma. O paciente tem um determinado problema – vamos dizer assim e o psicólogo questiona, ajudando o paciente pensar neste problema, ajudando o paciente a pensar de outra forma, por outro ângulo, mudando o seu ponto de vista, seus pressupostos, crenças…

Em minha adolescência gostava de escrever poesia. Algumas acho até hoje que eram interessantes. Estes dias, ao responder um email da seção Pergunte ao Psicólogo, lembrei-me desta:

“Quando eu começo a ficar triste

é que tem algo errado

Mas deixo de sentir

para pensar

E deixo de pensar

para ser quem eu sou”

Claro que é um poema simples, mais um forma de pensar do que propriamente uma poesia, com rima ou métrica.

Mas o que dizia ali se encaixa muito bem com o tema desta postagem. Não é maravilhoso o fato de conseguirmos pensar o que estamos sentindo? O porque e para que estamos sentindo? Não é ainda mais maravilhoso o fato de podermos questionar os nossos próprios pensamentos e mudá-los? E mais ainda: descobrirmos que nós não somos os nossos pensamentos…

Os nossos pensamentos são apenas uma “parte” de que nós somos, já que continuamos sendo, continuamos existindo, mesmo quando ficamos em silêncio…

Esta é a 18° forma de mudarmos que encontramos no Livro Mind Lines, lines for changind minds e faz parte da série Como mudar?