Caros leitores,

É com um enorme prazer que escrevo nesse blog de meu querido amigo Felipe, explicando sobre um dos principais conceitos da Psicologia Analítica de nosso mestre Carl Gustav Jung.

Mas afinal o que é a SOMBRA?

A sombra é formada desde a infância quando estamos aprendendo o que é bom e o mal. Quando o mal aparece temos que esconder, pois somos colocados de castigo ou ouviremos um sermão… então não podemos ser nós mesmos, e sim ser aquilo que querem que sejamos.

São aqueles desejos reprimidos ou o que passou despercebido e não desenvolvemos. Tudo aquilo não gostaríamos de ser, mas especialmente aquilo que odiamos.

É como se fosse um saco em que você guarda tudo o que não pode soltar senão a sociedade não irá te aceitar. Mas uma hora tudo que está guardado no saco pode aparecer… A sombra, em alguns momentos, é como uma personalidade autônoma, com tendências opostas ao que fazemos.

A sombra não é composta apenas pelo que ficou reprimido ou recalcado: a sombra também é composta de qualidades, instintos, reações que são apropriadas, além de percepções realistas e criatividade. Essas qualidades que podiam pertencer à personalidade são temidas ou são sentidas como se fossem erradas.

Exemplo: Quando se está cansado ou sob algum tipo de pressão, parece que outra personalidade costuma entrar em ação não é mesmo? Quando estamos dirigindo nosso carro e somos fechados por outro carro e o motorista ainda nos xinga e faz gestos obscenos, damos de cara com a verdade de como fica nosso comportamento e a vontade de fazer sabe lá o que com o motorista.

Resumindo:

Sombra seria como olhar suas próprias costas, ou seja, você não a enxerga. Enxergamos a nossa sombra nos outros, nesse fenômeno que chamamos “projeção”, quando coloco no outro aquilo é meu, mas não aceito. Tudo aquilo que negamos e guardamos dentro de nós, mas não sabemos disso.

A sombra é a personificação da parte psíquica que negamos em nós mesmos e que projetamos nos outros.

Um dos objetivos da psicoterapia – da terapia com um psicólogo – é a integração da personalidade: integrar o que parece inferior e que foi ficando de lado, excluído de nossa vida para que possamos ampliar nossa experiência e assumir a responsabilidade por isso.

Bruno Ricardo Pereira Almeida

FSP (Faculdade Sudoeste Paulista)