Pense em alguém que tem a seguinte crença: “Câncer causa morte”. Essa frase reúne câncer e morte como se um não pudesse ser pensado sem o outro. Se em alguns casos a doença realmente provoca a morte, em milhares de outros casos isso não é verdade.       Como podemos criar um outro significado utilizando a 5ª e 6ª formas de ressignificar da PNL?Usaremos as explicações encontradas no livro Mind-lines, lines for changing minds, de Michael Hall.

A diferença entre a 5ª e 6ª formas não é muito grande e, por este motivo, tratamos as duas formas em apenas um texto. Veja a diferença através do exemplo:

“Câncer causa morte”:

5° forma: – Você diz que câncer causa morte, mas e se essa crença morresse para você? O que aconteceria?

6° forma: – Você diz que câncer causa morte. Se isso fosse verdade, não faria sentido a existência de tratamentos que realmente curam e muitas pessoas que eu conheço já teriam morrido!

Nestas duas formas de ressignificar, mudamos o sentido, o significado da frase direcionando a ideia para “outro lado”. Na 5 forma, direcionamos o sentido para a própria pessoa que disse a frase. Na 6 forma, direcionamos o sentido para o ouvinte.

Em um texto anterior, usamos o seguinte exemplo: – “Você não me ligou na hora combinada. Isso significa que você não me ama”. Nessa frase, o fato de não ligar é vinculado a não amar. A resposta (utilizando a 5° forma) seria a seguinte: – ”Então quer dizer que toda vez em que você se atrasou para ligar – mesmo que fosse alguns segundos – queria dizer que você não me amava?

Vamos pegar um outro exemplo, utilizando estas duas técnicas de PNL:

– Toda vez que eu erro me sinto um fracasso. Sou realmente um fracassado.

5° forma, aplicada ao falante: – “E se você fracassasse em ter uma crença como essa? Você ainda seria um fracassado?

6° forma, aplicada ao ouvinte: – “Se eu, como psicólogo, não conseguir te ajudar a superar essa crença, serei também um fracassado? Então meu sucesso depende desta conversa!”

Esta forma de ressignificação é resumida em poucas palavras pelo autor, Hall: “Como esse sistema de crença ficaria se eu voltasse a frase em direção à outra pessoa ou à mim mesmo como ouvinte?”

As seguintes perguntas abaixo podem ajudar a utilizarmos estas duas formas:

E se como falante eu aplicasse isso a mim?

A quem mais essa frase ou crença poderia ser aplicada?

A pessoa que falou a frase gostaria que o mesmo fosse aplicado a ele ou ela?

Mudar a direção do significado para o ouvinte ou para o falante é uma das 20 formas que encontramos para transformar significados que causam sofrimento. Na próxima postagem, falaremos da 7° forma, que consiste em utilizar um exemplo que modifica totalmente o sentido.

FELIPE DE SOUZA