O livro de PNL, Mind-lines: Lines for changing minds, apresenta 20 modos para que possamos mudar os significados errados ou distorcidos que criamos. Em outras palavras, a PNL descobriu 20 maneiras diferentes de como recriar um significado melhor para pensamentos que nos limitam ou nos fazem sofrer.

Seguirei a ordem do livro, e escreverei sobre todas as 20 formas.

Uma das formas de construir significado é ligando as coisas (um evento externo com um evento interno). Por exemplo: Ela está brava comigo porque ela não sorriu para mim como ela geralmente faz.

As duas frases “Ela não sorriu” (evento externo) e “Ela está brava” (evento interno) são conectadas, são inter-ligadas, produzindo um sentido, produzindo um significado.

A primeira forma de ressignificação consiste em analisar as pequenas partes do significado que construímos. Pegamos a frase que queremos mudar e cortamos ela em pequenas partes. Cada parte é questionada.

Imagine alguém que tenha medo de falar em público. O significado é: “Eu tenho medo de falar em público”. Medo é ligado a falar. Mas é ligado a falar apenas em público. Afinal, falar em público não tem nada a ver com ter medo.

Podemos desconstruir o significado criado de várias formas: O que é o medo? Suor nas mãos é medo? Rubor? Coração batendo mais forte? O medo está em que parte do corpo?

Por outro lado, podemos questionar o falar. Falar para quantas pessoas? Duas, três, vinte? As pessoas para as quais se fala estão em pé ou sentadas? Falar por quanto tempo? Dois segundos (como dizer seu nome) ou falar por 50 minutos?

Acredito que vocês tenham entendido que vamos questionar as partes que compõe a frase “Eu tenho medo de falar em público”. O que se pode ver, ouvir, sentir da palavra público? O que se pode ver, sentir, ouvir a partir da palavra medo? O que se pode ver, ouvir, sentir da palavra falar?

Por exemplo, se a pessoa diz: sinto medo quando percebo que meu coração acelera. Mas o nosso coração também acelera quando corremos, quando respiramos mais rápido, quando estamos apaixonados…

O exemplo do medo de falar em público é um exemplo. Pode-se quebrar um sentido, desconstruir um sentido, e recriar um outro sentido questionando as pequenas partes de qualquer frase que nos limite, que crie problemas para nós.

Se fizermos isso, se quebrarmos a frase em pequenas partes, teremos duas consequências:

1) saber com detalhes o significado criado

2) saber que, provavelmente, mudando um detalhe do signficado, mudamos o seu sentido.

Voltando ao exemplo do medo de falar em público. Vamos dizer que pessoa chega a conclusão que ela sente medo de falar em público porque sente o coração bater mais forte. Ela pode mudar este detalhe (o coração bater mais forte) de várias maneiras: respirando mais lentamente, fazendo exercícios de relaxamento, com um medicamente homeopático, etc.

Ou seja, agora a pessoa vai ter a sua disposição um elemento que ela pode mudar. Muito mais fácil de mudar esse “medo” se soubermos o que é esse medo, que no final das contas, nem existe: é só um coração batendo…

FELIPE DE SOUZA